Aluno cria dispositivo que facilita comunicação entre atletas surdos e árbitro

Estudante do curso de Engenharia Elétrica pretende transformar projeto de iniciação científica em produto que possa ser colocado no mercado

por Redação | 15/04/2019

Uma partida de handebol de atletas surdos em 2016 foi o pontapé inicial para que Maurício Negrão Filho se debruçasse em um projeto de iniciação científica que visa a inclusão de surdos no esporte. Incomodado com a dificuldade que os jogadores com deficiência auditiva enfrentavam para se comunicar com o árbitro, o aluno do curso de Engenharia Elétrica desenvolveu um sistema, que funciona com dois dispositivos, o apito e uma pulseira colocada no braço do atleta. Quando acionado, o apito envia um sinal à pulseira, que ativa um motor de vibração, fazendo com que o atleta perceba que algo foi marcado pelo juiz. “Como realizei o projeto no segundo e terceiro ano da faculdade, meus conhecimentos técnicos ainda eram muito escassos e tive que estudar e assimilar o conteúdo de disciplinas muito avançadas para aquele estágio do curso. Segui a sugestão do meu orientador, o professor John Paul Lima, de desenvolver o projeto de maneira totalmente analógica. Utilizei alguns componentes eletrônicos, chaves mecânicas, módulos de rádio frequência, impressões 3D, e cheguei num protótipo funcional”, explica o aluno, que atualmente está no quinto ano do curso.

Segundo o estudante, o equipamento chegou a ser testado em partidas com atletas ouvintes e a avaliação foi bastante positiva. “Realizei testes em um jogo de handebol no Parque do Povo e em algumas partidas de futebol. Como só tinha um protótipo, os testes eram limitados, porém o retorno que tive dos atletas foi indescritível, o que me deu muito mais ânimo para não deixar a ideia numa gaveta e correr atrás”.

Os próximos passos são a digitalização do dispositivo e a adequação para as frequências permitidas pela Anatel. “Vejo o esporte como uma das principais ferramentas sociais e acredito sim que transformar este projeto em um produto que possa ser oferecido no mercado poderá torná-lo mais inclusivo”.

Para saber mais sobre o projeto do aluno Maurício Negrão Filho, confira a matéria produzida pelo Canal Futura, parceiro da PUC-SP, clicando aqui.

                                                                       

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