Terra em Transe | Migração e Refúgio na Era Biden: Mudança ou Continuidade?

15 de junho de 2021

Com a primeira vice presidente mulher, negra e filha de imigrantes, Kamala Harris, a eleição do democrata Joe Biden prometia uma mudança de postura em relação à migração nos Estados Unidos. No entanto, na prática, o declínio da postura conservadora de Trump se deu mais no discurso do que nas políticas. Harris, em sua primeira viagem internacional, para a Guatemala, alertou os migrantes: “não venham”. A vice prometeu que os EUA manterá suas fronteiras fechadas. O país enfrenta o maior fluxo de migrantes em 20 anos, segundo o secretário de Segurança Interna. Fatores como instabilidade política e econômica nos países de origem, além de mudanças climáticas, fazem com que a situação de migrantes e refugiados tenha potencial para se agravar nos próximos anos em todo o mundo. Embora a retórica trumpista apelasse para a xenofobia aberta, Biden não parecem se distanciar tanto do antecessor. Na Europa, crises como a dos migrantes marroquinos em Ceuta e o endurecimento de legislação de asilo e refúgio, como na Dinamarca, mantém o mesmo tom. No Brasil, apesar da crise econômica e da má gestão da pandemia, o fluxo de migrantes de países vizinhos, como a Venezuela, continua firme.

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