Privatização da Segurança e Práticas de Violência em Perspectiva internacional

30 de novembro de 2020

Na véspera do dia da Consciência Negra no Brasil, os brasileiros assistiram horrorizados ao assassinato de Joao Alberto Silveira Freitas, homem negro espancado até a morte em um supermercado Carrefour em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em decorrência desta atrocidade milhares de brasileirxs se manifestaram nas principais capitais do país clamando por justiça e ressaltando a necessidade da luta antiracista no país. Entretanto o fenômeno não é uma novidade. Neste ano mobilizações sociais no mundo todo ocorreram em decorrência do assassinato de George Floyd, em Minnesota, mas também tantos outros brutamente violentados por ações de agentes de segurança. Em grande medida, as manifestações antiracistas no mundo inteiro tendem a acusar a brutalidade policial como a ponta do iceberg do racismo estrutural embrenhado globalmente. No entanto o que chama atenção no caso de João Alberto, é o fato de que os perpetradores do crime não se trata de policiais, mas sim agentes de segurança funcionários de uma empresa de segurança privada. Isso nos faz pensar diversas questões: qual o escopo legal que permitem seguranças privados agirem como policiais? Os agentes de segurança privada refletem a mesma lógica de regra de engajamento que policiais? De onde surgiu esse fenômeno de empresas privadas de segurança? Elas estão ocupando o espaço de segurança pública que seria da polícia? Para responder essas perguntas e entender o quadro global de atuação de empresas privadas de segurança, o Terra em Transe receberá Tomaz Paoliello, professor de Relações Internacionais da PUCSP e do mestrado profissional em Governança Global e Formulação de Políticas Internacionais.

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