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"Brasil Sob a Fumaça da Desinformação" foi realizado por Camilo Mota, Gabriela Costa, Julio César Ferreira e Malu Marinho, com orientação dos profs. Aldo Quiroga e Dácio Nitrini
O documentário Brasil Sob a Fumaça da Desinformação (assista ao vídeo no final da reportagem ou clique aqui) é o vencedor do 13º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, iniciativa do Instituto Vladimir Herzog.
A reportagem é de autoria dos estudantes de Jornalismo Camilo Mota, Gabriela Costa, Julio César Ferreira e Malu Marinho, com orientação dos profs. Aldo Quiroga e Dácio Nitrini.
O processo de produção do documentário foi inicialmente dividido em duas partes construídas simultaneamente: o contato com as fontes e a pesquisa para a matéria.
“Durante a fase de busca por fontes, contatamos os especialistas e jornalistas selecionados previamente na construção de pauta, mas por questões como ausência de respostas ou indisponibilidade de agendas, esses nomes se modificaram algumas vezes”, afirmam os estudantes. No final, foram quatro entrevistados não-indígenas: Thaís Lazzeri, para dar a perspectiva de jornalistas, Spensy Pimentel, com um olhar mais acadêmico sobre o tema, Carlos Nobre, climatologista, e Ricardo Galvão, com uma visão sobre o desmonte científico do país.
Os estudantes contam que o contato com algumas aldeias indígenas também foi iniciado durante essa fase, porque tinham a intenção de conversar com lideranças locais e entender a realidade desses povos. “Visitamos tanto a aldeia Krukutu, em Parelheiros, quanto a Tekoa Ytu, no Jaraguá. E conversamos virtualmente com Ane Kethleen, indígena da etnia Pataxó, que atende por seu nome em Patxohã: Waiã Pataxó, da aldeia Tibá, localizada no sul da Bahia”, afirmam.
Simultaneamente à busca por fontes, o grupo realizou o processo de pesquisa, que também se desenvolveu e consistiu no “levantamento das falas mentirosas do presidente tanto sobre os povos originários quanto sobre o meio-ambiente. Além disso, analisamos relatórios e estudos sobre os efeitos da desinformação na realidade e sua relação com a piora do cenário ambiental e do aumento da violência contra povos indígenas. Com esses dados e informações em mãos, houve a necessidade de solicitar para que um designer gráfico produzisse algumas animações e gráficos para que esses números fossem assimilados da forma mais visual e didática possível”.
Após a finalização das gravações, os estudantes começaram o processo de decupagem das entrevistas e elaboração de um esqueleto de roteiro, já com uma versão prévia das locuções em off. “Esse documento foi apresentado para os nossos orientadores e o professor Aldo Quiroga nos deu instruções sobre como construir um roteiro audiovisual de uma forma que facilitasse tanto a visualização das informações quanto o processo de edição”, contam.
Depois da construção da versão final do roteiro e de sua aprovação pelos orientadores, teve início o processo de edição, que foi dividido em tarefas menores, como realizar os cortes nos vídeos das entrevistas, gravar a narração e realizar a pós-produção. Durante o desenvolvimento dessa fase foi feita uma amostra para os orientadores acompanharem o projeto, o que implicou algumas modificações julgadas necessárias para melhor estruturar o documentário.
“Realizar o documentário foi uma aventura desde o começo, já que nossa turma não teve aulas presenciais de vídeo reportagem por causa da pandemia. A parte mais desafiadora, na minha opinião, foi a visita às aldeias, pois entendemos o quão delicado é entrar em contato com outra cultura. Não queríamos que parecesse ‘oportunismo’ nossa presença lá e nem deixá-los desconfortáveis de qualquer forma”, relata a estudante Malu Marinho, uma das autoras do documentário premiado.
Assista a seguir: