Cuidados com doenças típicas da transição do inverno para a primavera

por Redação | 13/09/2023

Com a chegada da estação das flores, as temperaturas se elevam e o país se enfeita de cores vivas, despertando a admiração e elevando o ânimo da população.

No entanto, a primavera não traz apenas elementos positivos. Um fenômeno recorrente e preocupante merece atenção: o aumento na incidência de doenças respiratórias.

Grupos considerados vulneráveis, incluindo idosos e crianças, além de indivíduos com comorbidades preexistentes, são os mais suscetíveis a complicações relacionadas à saúde respiratória.

A professora-doutora Camila Bicalho, infectologista e docente do curso de Medicina da PUC-SP, explica que, de setembro a dezembro, aumenta a circulação de vírus como o metapneumovírus humano e o rinovírus, por exemplo. Eles são responsáveis por enfermidades como o resfriado comum, sinusite viral e faringite viral.

“Além disso, há a persistência daqueles mais associados ao inverno, como influenza e o vírus sincicial respiratório”, acrescenta.

O Ministério da Saúde ressalta que a circulação desses vírus pode culminar em um aumento de casos de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), com sintomas como tosse e coriza sendo os indicativos mais comuns.

O professor-doutor Fábio Junqueira, também infectologista e docente da PUC-SP, pontua: “Esses sintomas são compartilhados com alergias sazonais, o que pode dificultar um diagnóstico preciso”.

A flutuação térmica típica do período é um fator adicional de preocupação. "No inverno, assim como em dias frios fora desta estação, a circulação dos vírus respiratórios aumenta. Como sabemos, ambientes fechados facilitam a transmissão desses patógenos. A baixa temperatura e a baixa umidade, características dos meses mais frios, são fatores que contribuem para quadros de tosse de causas não infecciosas," adverte Fábio.

Mesmo as pessoas imunizadas contra a gripe podem ficar doentes. Segundo Camila, "a vacina contém os tipos de vírus que mais circularam no ano anterior, mas não cobre todos os subtipos de influenza A e B. Portanto, ainda é possível contrair a gripe, mesmo após a vacinação”.

Os dados mais recentes da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) apontam um crescimento promissor na cobertura vacinal contra a gripe no estado de São Paulo, alcançando 47,8% no final de julho, em comparação aos 44,5% registrados no mês anterior.

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