Tucarena: "Jandira - em busca do bonde perdido”, solo com Isabel Teixeira estreia dia 11/10

Depois de temporada carioca de sucesso, o último texto da atriz e dramaturga Jandira Martini (1945-2024) chega a São Paulo. Peça é um relato autobiográfico bem-humorado e poético sobre a tomada de consciência da finitude

por Redação | 10/10/2024

Inspirada em sua própria jornada pessoal e na sua dedicação ao teatro, a atriz e dramaturga Jandira Martini (falecida em janeiro deste ano) escreveu sua última dramaturgia para o teatro JANDIRA – em busca do bonde perdido. E é ela quem define: “Um monólogo sobre uma situação imprevista, surpreendente. Uma atriz que se revela, diante de seu público, ao narrar, com humor, sua inesperada e assustadora experiência. Auto ficção? Sem dúvida. Um stand-up? Seria, se fosse cômico. E cômico não chega a ser. Nem trágico. Apenas dramático.”

Inédito em São Paulo, espetáculo estreia dia 11 de outubro, no Tucarena. A temporada segue até dia 08 de dezembro, sextas às 21h, sábados às 19hs e domingo às 17hs

Isabel Teixeira, um dos nomes mais relevantes do teatro brasileiro, com 40 anos de carreira e diversos prêmios, entre eles, APCA, APETESP e SHELL, é a atriz que dá voz ao texto autobiográfico de Jandira Martini neste tocante solo. Para dirigir o espetáculo, nada mais apropriado do que Marcos Caruso, amigo e dupla constante de Jandira, com quem escreveu inúmeras peças e roteiros de audiovisual. Ambos foram convidados para este projeto pelos produtores Fernando Cardoso e Roberto Monteiro, sócios na Mesa2 Produções.

A peça convida o público a um passeio pelas memórias mais marcantes da autora através de um texto direto, enxuto e coloquial, evocando os blocos carnavalescos da cidade de Santos - sua terra natal -, as descobertas da infância, momentos dramáticos e a vida dedicada ao teatro.

“O texto é uma corajosa exposição. Uma improvável abertura de sentimentos de uma das pessoas mais fechadas que conheci. Uma peça que fala de uma dor de todos nós, com um grau elevado de bom humor e poesia. O convite da Mesa2 e dos filhos de Jandira Martini me permite continuar ao lado dela, num ciclo iniciado em 1984. que resultou em muitas peças de teatro, roteiros de cinema, novelas e séries para TV. Uma escrita vitoriosa. Um grande acerto foi convidar Bel Teixeira. Bel respira e transpira Teatro. Bel é Jandira.”, celebra Marcos Caruso, diretor.

Ao que retribui Isabel Teixeira: “Caruso (o diretor) e Jandira (a autora) são atores que escrevem. A cada dia vivido nos ensaios dessa peça, percebi que a parceria de uma vida continua, e que eles ainda estão escrevendo juntos e se divertindo com isso. E agora (como atriz) faço parte dessa escrita, assim como toda a equipe da peça, celebrando a vida de uma atriz, a cena, o teatro, a vida.”

Em seus momentos mais difíceis, a personagem/narradora busca socorro nas palavras e pensamentos de Molière, Machado de Assis, Oscar Wilde, Shakespeare e outros deuses da escrita, sua grande paixão.

“Como lidar com uma condição que te atravessa e, a princípio, é impossível aceitar? A escrita, aqui, é um fluxo que conduz ao entendimento pessoal e transborda na cena para quem quiser ouvir. ‘Talvez valha a pena’, escreveu Jandira. E eu digo e quero repetir todas as noites para o público: ‘talvez valha a pena’.

“Jandira é uma atriz/autora que escreve com humor, força e coragem para entender o que está passando, mas que o faz (como sempre, durante toda uma vida) com a leveza e simplicidade de quem consegue encaixar as palavras no coração.”, reflete Isabel Teixeira.

Sobre a montagem, o diretor Marcos Caruso completa: “Concebi um espetáculo onde o absolutamente imprescindível e o essencialmente necessário estarão em cena. Essa foi a maneira que encontrei de honrar Jandira e, assim, poder continuar escrevendo com ela, para que, este ano, possamos completar nossos 40 anos de parceria.”

SINOPSE

Um diagnóstico inesperado desencadeia o maior dos dramas humanos, que a todos iguala: a tomada de consciência da finitude, da fragilidade humana e do inevitável confronto com a morte. Mas, se o tema é transitoriedade e vulnerabilidade, para além disso há uma narrativa de paixão pelo próprio ofício, pelas pessoas, vivências e, sobretudo, uma declaração de amor à vida.

 

Informações e ingresso: www.teatrotuca.com.br/espetaculos/jandira-em-busca-do-bonde-perdido.html.

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