A Privatização da Segurança no Brasil e no Mundo

21 de agosto de 2020

Apesar de tradicionalmente relegada ao Estado, a segurança doméstica e novas práticas de policiamento têm sido, nos últimos anos, conduzidas por atores privados. No cenário brasileiro, as empresas particulares de vigilância e policiamento têm ganhado bastante espaço e sua presença pode ser observada principalmente nas grandes cidades, onde a instalação de guaritas, câmeras, cercas elétricas e o trabalho de vigias faz parte da paisagem urbana. Dados de 2019 da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores indicam a existência 2.694 empresas privadas de segurança, com a região sudeste concentrando cerca de 40% delas. Essas empresas englobam atividades como vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal. A privatização da segurança não ocorre apenas no Brasil – ela é um fenômeno global. Desde pelo menos a metade do século passado, temos testemunhado uma expansão da segurança privada. Há uma multiplicidade de hipóteses para explicar esse fenômeno, como a questão do aumento da criminalidade e violência, ou até mesmo as conexões com o capitalismo globalmente. Para conversar sobre essas questões, teremos o prazer de receber Cléber Lopes, professor de Ciência Política da Universidade Estadual de Londrina, coordenador do Laboratório de Estudos sobre Governança da Segurança (LEGS) e especialista em temas como segurança pública e privada, criminalidade urbana e redes de segurança.

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