Tucarena: sucesso de crítica e público a peça “Todas as Coisas Maravilhosas” tem temporada extendida
Espetáculo conta a história de menino que ao descobrir que sua mãe sofre de depressão...
Estamos vivendo num mundo onde novas drogas ilícitas, conhecidas na medicina como psicoativas, estão sendo comercializadas com “nome estranhos e que deixam as pessoas esquisitas” como Krokodil, Pó de Anjo, Flakka, Miau Miau, NBOMe, entre outras. Produzidas frequentemente em laboratórios clandestinos, esses novos “venenos”, dirigidos principalmente para adolescentes e adultos jovens, têm causado preocupação na sociedade moderna e principalmente nos profissionais de saúde. Não sem razão. É preciso que os pais estejam atentos a sinais de uso de drogas porque há sempre quem queira vender e aqueles que se enganam achando que as consumir melhora sua performance, facilita ficar enturmado e proporciona um aproveitamento diferenciado nas baladas. Vamos tratar brevemente de algumas delas:
De origem russa, seu uso crônico causa descamação e enrugamento em várias partes do corpo, podendo determinar uma pigmentação escura, que pode lembrar a pele dos crocodilos. Ulcerações (feridas abertas), necrose e gangrena são frequentes nos locais de aplicação, que muitas vezes infeccionam. Um dos compostos presentes na droga é a alfa-clorodida, que também pode ter auxiliado no nome exótico que carrega. Assim como causa euforia, pode também dar forças para o usuário se suicidar. Na receita desse bolo, misturam-se iodo, codeína, gasolina, solvente, heroína e fósforo vermelho, mas nada que o usuário não possa inventar sua própria receita, adicionando outros ingredientes.
A fenciclidina, é um entorpecente alucinógeno, de aspecto branco e de aparência cristalina, que foi criado para ser um anestésico para uso humano e veterinário (cavalos), mas foi banido das prescrições médicas em centros cirúrgicos pelos seus efeitos psicoativos, causando alucinações e surtos. Tem um efeito parecido com o do “boa noite cinderela”. Caracteriza-se por provocar taquicardia, comportamento hipersexual,
aumento da pressão arterial, febre, convulsões, podendo levar ao coma e até mesmo a morte, a depender da dosagem.
Esse novo entorpecente, alucinógeno, de origem chinesa, é uma versão sintética da catinona (semelhante a anfetamina). Muito potente, provoca um comportamento muito estranho nos usuários, que ficam excitados, agressivos, alucinam e podem até virar canibais. Essa droga provoca efeitos semelhantes à adrenalina e noradrenalina, que são neurotransmissores importantes na reação de alarme do organismo levando à taquicardia, aumento da força e da temperatura copórea, pressão alta, dor no peito, tremores, além daqueles observados no sistema nervoso central.
Prima da flakka, esta droga é um estimulante de ação rápida chamada mefedrona (ou metil-metacatilona). É um pó branco e pode ser vendida como fertilizante utilizado em plantas, sais de banho e até em incensos. Tem efeitos parecidos com o ecstasy (MMDA).
É um alucinógeno sintético produzido a partir de um cacto. O 25I-NBOMe, ou “25I”, é a forma mais utilizada entre as 11 existentes, com maior potência e efeitos muito duradouros. O NBOMe é vendido como líquido, pó ou é embebido em papel mata-borrão, podendo ser ingerido, inalado, injetado, fumado e até mesmo colocado via retal. Seu formato pode ser confundido com o LSD, assim como os sintomas, mas o “barato” é maior e as consequências ainda mais funestas.
O canabinoide sintético é um entorpecente com mais de 300 variedades já identificadas até 2022. Feitas em laboratórios clandestinos, de forma improvisada, tentam imitar a estrutura química do THC da cannabis sativa natural. Determinam sensação de prazer e
relaxamento num primeiro momento, mas depois aparece confusão mental, ansiedade, taquicardia e alterações do sistema nervoso central. Os usuários ficam como zumbis.
Existem outras drogas ilícitas além dessas, com diferentes formas de administração e potências e, só as proibir, sem que se planeje um conjunto de medidas, é o caminho mais rápido para que se encontrem novas fórmulas. Produzidas em um mercado ilegal e perigoso, movimentam dinheiro, tráfico, violência e agravos à saúde.
O caminho contrário à intoxicação é a educação e o diálogo qualificado intersetorial que traga informações claras e verdadeiras para que nossas crianças e jovens façam melhores escolhas em suas vidas do que virar zumbis, anjos, super-heróis, sair miando ou se transformar em crocodilo. Isso, quando não encontram a morte prematura.