PUC-SP sedia encontro de reitores de universidades comunitárias promovido pela ABRUC
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“Digo que 'vivi', e não só que 'estive', porque realmente foi uma imersão desafiadora, tanto para sair da bolha em que vivemos, para nos adaptarmos às limitações da comunidade e lidarmos com a medicina.”
Giovana Ragazzoni
Seis alunas do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP participaram do Projeto Canudos entre os dias 3 e 9/7. Giulia de Moraes Grilo, Giovana Ragazzoni Mangini, Izabela Fiuza, Isabella Pacífico Hildebrandi, Ana Beatriz Potecasu e Alicia Bernardes levaram atendimento médico e ações sociais a comunidades carentes na região de Canudos, no sertão da Bahia.
O Projeto Canudos é organizado pelo Instituto Brasileiro de Expedições Sociais, que atua nas áreas de saúde, educação, direitos humanos, cultura, geração de renda, tecnologia e meio ambiente. O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável e a inclusão social em comunidades vulneráveis, além de favorecer o diálogo com a comunidade e fortalecer a formação acadêmica dos estudantes universitários envolvidos.
Ana Beatriz: “Participar do Projeto Canudos foi uma experiência enriquecedora, tanto acadêmica quanto pessoalmente. Estar tão perto, vivendo o dia a dia de uma população vulnerável, amplia nossos pontos de vista e consciência social. Ficar ao lado de médicas excepcionais nesse cenário imersivo fez com que eu aprendesse a lidar com diversas intercorrências e realizasse, por conta própria e sob supervisão, os atendimentos recorrentes e condutas.”
Giulia Grilo: “O projeto foi uma experiência inesquecível. Ele me permitiu conhecer e entrar em uma realidade totalmente diferente da que vivemos, a qual, muitas vezes, nem imaginamos. Esses dias tão intensos nos proporcionaram uma troca incrível, pois, da mesma forma que nos doamos para cada morador de Canudos, também recebemos e aprendemos muito. Vou levar para sempre tudo que vivi aqui.”
Isabella Pacífico: “Foi uma experiência indescritível. Poder conhecer um pouco da rotina e dos costumes dos sertanejos e viver um pouco da realidade deles foi muito especial. Além disso, ter contato com uma realidade médica muito diferente, que acrescentou bastante sobre o ponto de vista profissional, permitiu um crescimento pessoal enorme. Foram vivências e pessoas que eu jamais vou esquecer!”
Izabela Fiuza: “O projeto proporcionou muito mais do que eu buscava e esperava. Foi uma experiência que me ensinou todos os dias sobre resiliência, empatia, persistência, dedicação e amor. A expedição foi essencial para mim como pessoa e como profissional, e eu vou levar para sempre no coração as pessoas e tudo que foi vivido.”
Giovana Ragazzoni: “Digo que ‘vivi’, e não só que ‘estive', porque realmente foi uma imersão desafiadora, tanto para sair da bolha que vivemos em São Paulo, no dia a dia, quanto para nos adaptarmos às limitações da comunidade e lidarmos com a medicina. Foi incrível estar nesse projeto, poder doar um pouco de mim e dos meus conhecimentos. Em contrapartida, recebi tanta gratidão da população de Canudos, das comunidades do Raso, do Rio do Soturno e do Rosário, que atendemos nesse período tão rico que passamos por aqui.”
Alícia Bernardes: “Fazer parte desse projeto tão especial nos faz lembrar por que escolhemos a medicina; nos faz resgatar os principais valores dessa profissão, que, muitas vezes, se perdem no dia a dia corrido da faculdade. Aqui, somos forçados a sermos mais do que um técnico em medicina: precisamos ser profissionais que enxergam a realidade por trás de cada paciente, levando em consideração sua condição e seus desafios diários. Assim, conseguimos traçar juntos uma relação médico-paciente de confiança, respeito e carinho. Estar inserido dentro da realidade dessas pessoas, morar na casa das nossas 'mainhas' e viver o cotidiano deles é um diferencial muito importante para o exercício diário de empatia que fazemos aqui. Sou extrema e eternamente grata por tudo que vivi e aprendi; um lugar que me recebeu com o coração aberto e que levarei para sempre comigo.”