PUC-SP sedia encontro de reitores de universidades comunitárias promovido pela ABRUC
A reitora Maria Amalia Andery recebeu o prêmio Mérito Educação Comunitária pela sua...
Na terça-feira, dia 29/10, o Cineclube Arlindo Machado (CAM) exibirá quatro curtas da cineasta experimental Cristiana Miranda: Sobre Aquilo que Nos Diz Respeito, Tantas Vozes no Silêncio do Agora, A Hidra de Iguaçu, Visões do Paraíso. As quatro obras trabalham com a memória colonial e um resgate dessa história que acaba levantando questões relevantes e atuais.
A exibição contará com a presença da diretora que apresentará as obras e debaterá sobre a arqueologia do arquivo colonial. A sessão é um evento especial na programação do Cineclube que conta com a participação de artistas contemporâneos e suas interações com a linguagem do cinema.
Atividade acontece às 19h no auditório Paulo Freire (andar superior do TUCA).
Sobre a cineasta
Cristiana Miranda é artista visual, curadora e pesquisadora, realizou diversos filmes experimentais exibidos em festivais e exposições como Crossroads Film Festival, San Francisco Museum of Modern Art (USA), Alchemy Film & Art Festival (Hawick, Escócia),
Féstival des Cinémas Différents de Paris (França), Espaços do Ainda (Paço Imperial, Rio de Janeiro e CCSP, São Paulo), entre outros.
Como curadora, é criadora e diretora do Festival Internacional de Cinema Experimental DOBRA. Doutorado em Artes pelo PPGArtes/UERJ e professora do curso de Cinema da Faculdade Hélio Alonso FACHA/RJ. Realizou uma retrospectiva de seus filmes na Cinemateca do MAM-RJ, ‘Pequenos Poemas - Filmes de Cristiana Miranda’.
Curadoria : Profa. Christine Mello
Christine Mello é teórica, crítica e curadora. Professora da PUC-SP, atua no Programa de Comunicação e Semiótica. Com doutorado em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e pós-doutorado em Artes pela ECA/USP (2008-2009) é autora do livro Extremidades do vídeo (Senac, 2008) entre outras publicações. Trabalhou em instituições como Bienal Internacional de São Paulo, Museo Reina Sofia, Itaú Cultural e Videobrasil. Coordena o Grupo de Pesquisa eXtremidades e a Coleção eXtremidades (www.extremidades.art)
Os filmes serão exibidos na seguinte sequência:
♦ Sobre Aquilo que Nos Diz Respeito - 9min
Sinopse: A palha e a pedra, um jardim de rostos cobertos. Antigas histórias de espíritos e estátuas
♦Tantas Vozes no Silêncio Agora - 12min
Sinopse: Um coro de vozes femininas, murmúrio profundo de águas subterrâneas. Palavras escritas e sonhadas, memória redescoberta, êxtase e iluminação.
♦A Hidra de Iguaçu - 14min
Sinopse: A Hidra do Iguaçu investiga o avesso da história colonial, as linhas cruzadas por trás das imagens celebradas, em busca de uma memória que seja um ato de reinvenção e re-encantamento da vida.
♦Visões do Paraíso - 24min
Sinopse: “Visões do Paraíso” parte de uma pesquisa acerca da iconografia histórica da paisagem fluminense em torno de 1822. Reunindo as imagens deixadas pelos artistas viajantes que vieram ao Brasil no início do século XIX, o filme desenvolve uma reflexão audiovisual experimental filmada em 16mm acerca das disputas pela terra durante os processos migratórios ocorridos no Rio de Janeiro, na ocasião da independência do Brasil. Colonos suíços chegaram ao Rio de Janeiro fugindo da fome a que estavam submetidos em seu país, em busca de terras para viver e prosperar. Comunidades quilombolas habitavam as montanhas há muito ocupadas por indígenas Aimorés. O filme retoma a antiga disputa de terra na Serra do Mar fluminense, em especial no território de Casimiro de Abreu, no Morro do Quilombo, desde seus primórdios até o momento atual, acompanhando a trajetória da família do quilombola Seu Cici, expulso de suas terras, tendo sua casa queimada e suas plantações destruídas, durante a ditadura civil militar em torno de 1972.
