Jornal da PUC-SP

"Ouvimos sobre primar pela saúde física dos alunos. Creia: eles realmente passam por um estresse enorme e singular. Cuidar da saúde, incentivando ao esporte, ao lado espiritual e à empatia, me deu a certeza de que minha filha está no lugar onde eu gostaria que ela estivesse", Susimar Regina Scaramal, mãe de uma das ingressantes.

Em 12 de fevereiro (sábado), os pais dos novos alunos da 72ª Turma de Medicina foram recepcionados pela direção e coordenação da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS), juntamente a dirigentes e membros da Athletica, Centro Acadêmico Vital Brazil, Coletivo Rafias, Doutores da Fé, Empresa Júnior, IFMSA Brazil, PUCalhaços e Sociedade Universitária Médica de Estímulo à Pesquisa (Sumep), que são entidades dos estudantes voltadas para ações extra-acadêmicas.

Por conta de compromissos já assumidos, a reitora da PUC-SP, professora Maria Amalia Andery, não pôde estar presente. Porém, ela gravou uma mensagem em vídeo, saudando os presentes e abordando a importância do convívio em sociedade.

“Nós dependemos uns dos outros. Dependemos da empatia e desenvolvemo-nos em contato com os outros. Universidades são coletivos por definição; são espaços de sociabilidade e socialização do conhecimento, das ideias e valores; espaços de crescimento individual”, destacou. Sobre a situação atípica dos últimos dois anos, decorrente da pandemia, a reitora afirmou: “Estamos contentes por planejar um semestre presencial e de reencontro”.

A coordenação da recepção foi feita pela psicóloga da FCMS, Shelley Arruda Pinhal de Camargo. Para atender às normas de prevenção à Covid-19, os convidados foram divididos em três grupos. Em todos, a programação foi idêntica.

O primeiro a se dirigir a cada um desses públicos foi o diretor-adjunto da FCMS, professor Ulisses Del Nero, que representou o diretor, professor Godofredo Borges (impedido de comparecer por conta de um problema de saúde na sua família, ocorrido naquela madrugada).

Ulisses explicou sobre a estrutura da Universidade e do campus Sorocaba, as parcerias institucionais e a metodologia de ensino. Outros detalhes foram transmitidos durante as falas da coordenadora do curso, professora Maria Valéria Pavan; da coordenadora do primeiro eixo (equivalente ao primeiro ano), professora Suzana Guimarães; e da vice-coordenadora do curso, professora Juliana Fermozzelli.

Pais comentam sobre a recepção oferecida

O médico Semaan Camis Neto e sua esposa estiveram presentes, acompanhando a filha, Laura Brito Oliveira Camis, aprovada no vestibular.

Graduado pela Universidade São Francisco e com residência medica em Ortopedia e Traumatologia pela PUC-SP, Semaan salientou a instituição e o evento. “Fomos muito bem recebidos e nos sentimos abraçados. Esta instituição tem uma história secular. A escolha da minha filha foi embasada na tradição que a universidade possui na graduação de ótimos profissionais e, ao mesmo tempo, na inovação do curso no sistema PBL”.

Susimar Regina Scaramal (ou apenas Susi, como prefere ser chamada) é assistente social e reside em Hortolândia (SP). Sua filha, Júlia Scaramal Mello, também foi aprovada para o curso de Medicina. “Ela vem se preparando para entrar em Medicina há três anos e conta que sonha com esse momento desde o fim do Ensino Fundamental”, revelou.

“No início, Júlia imaginou que seria fácil e que passaria de primeira. Contudo, não foi o caso. Depois, fomos entendendo que havia uma preparação cognitiva. Era necessário adquirir sabedoria para viver as adversidades, aprender a ter paciência, se olhar, se cuidar, saber esperar e se esforçar ao máximo. Talvez, nos momentos de cansaço e desespero, também reafirmar a missão e o propósito. Vimos que as dificuldades iam trabalhando a menina e a tornando mulher, com maturidade para reafirmar que o caminho escolhido era esse mesmo: Medicina”, explicou Susi.

De acordo com a mãe de Júlia, “ao nos depararmos com todas as surpresas agradáveis – como passar no vestibular e ver todas as portas abertas com fluidez –, percebemos que era a faculdade perfeita”. Ela prosseguiu: “Na recepção aos pais, ouvimos sobre primar pela saúde física dos alunos e, creia, eles realmente passam por um estresse enorme e singular. Cuidar da saúde, incentivando ao esporte, ao lado espiritual e à empatia, me deu a certeza de que minha filha está no lugar onde eu gostaria que ela estivesse”.

“Além disso, soube que a metodologia é integrada às necessidades do próprio aluno, com tutoria, com o fato de poder vivenciar a prática e, sobretudo, poder exercer uma medicina humanizada. Eu não poderia querer algo melhor para a minha filha. É a faculdade perfeita. Se demorou [para ela ingressar], foi o tempo necessário para que ela estivesse pronta. Será, com certeza, uma excelente profissional, pois estará amparada por uma grande faculdade. Deus cuidou dos detalhes”, finalizou.

Mais atividades

Além da recepção aos pais, uma série de atividades ocorreu ao longo da semana. Devido às restrições sanitárias em vigor, algumas – já tradicionais – não aconteceram, como o café da manhã solidário na Paróquia São Lucas, ao lado da FCMS, que costuma ser oferecido às pessoas em situação de vulnerabilidade. Por outro lado, a doação de sangue ao Hemonúcleo local foi realizada e contribuiu para normalizar os estoques sanguíneos do órgão contanto, inclusive com o apoio de algumas mães de novos alunos.