Seminário da II Semana da Consciência Negra da PUC-SP tem inscrições prorrogadas até 15/11

Evento acontece entre os dias 23 e 25/11

por Redação | 10/11/2022

Por Profa. Mônica de Melo, Prof. Pedro Aguerre, prof. Amaílton Azevedo e Cecília Andrade (Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP) 

Aproxima-se a II Semana da Consciência Negra da PUC-SP e o IV Seminário Mulheres Negras e o Ubuntu que terão como tema unificado: “10 anos da lei de cotas: caminhos para o enegrecimento da PUC-SP" será realizado nos dias 23 e 25/11. 

O evento inicia com lançamento de livros e uma Conferência de Abertura no dia 23/11 às 18h com a ex-ministra chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Governo Lula, Prof Dra Matilde Ribeiro.   

No segundo dia será realizado Seminário Acadêmico com o mesmo tema. Com inscrições abertas para submissão de trabalhos desde o dia 10/10/2022, o prazo para submissão de resumos foi estendido para o dia 15/11/2022, a tempo de os postulantes serem informados da aprovação para participação no Seminário. Os resumos podem incluir pesquisas de TCCs, monografias, ICs, entre outros), dentro de 9 eixos temáticos. A seguir, é possível consultar os temas, ementas e coordenação de cada GT. As coordenações dos GTs foram construídosde forma abrangente e participativa pelo grupo de trabalho que promove o Evento, com a coordenação geral do Professor, Amailton Magno Azevedo, assessor da Procrc.. Os coordenadores de GTs englobam estudantes, funcionários e docentes da PUC-SP e convidados externos que atuam nesses campos de pesquisa, em sua imensa maioria negras e  negros.  

GT  Raça, gênero e sexualidade - Fabio Mariano, Viny Rodrigues e Lucas Dantas  

O Grupo de trabalho Raça, Gênero e Sexualidade tem por objetivo receber trabalhos que tragam para discussão a produção teórico-discursiva nos campos da questão racial, de gênero e de sexualidade a partir dos marcadores de diferenças que se interseccionam e repercutem em temas centrais como feminismos, masculinidades, corpos e tantos outros que permeiam as disputas em torno do tema deste GT. 
 

GT Justiça, juventude e encarceramento - Vinícius Silva e Gabriel Monteiro (a confirmar) 

O encarceramento em massa no Brasil tem cor. O Brasil é o terceiro país no mundo que mais encarcera pessoas. Majoritariamente jovens negros encarcerados por um Sistema de Justiça Branco. Refletir sobre essa forma de controle social, repensar o sistema de justiça criminal, a criminalização das drogas e da pobreza, se faz fundamental no combate ao racismo brasileiro em suas formas contemporâneas.   
 

GT Políticas afirmativas no ensino superior: docência e discência - Pedro Aguerre e Carla Cristina Teodoro 

Nas últimas décadas a atuação dos movimentos negros e o avanço da luta antirracista permitiram a construção de importantes políticas públicas de inclusão educacional, especialmente no ensino médio e superior. As ações afirmativas se constituíram como elemento fundamental da construção democrática, a partir da Constituição brasileira, do Estatuto da igualdade racial e da chamada Lei de Cotas, que passa a ser novamente discutida após 10 anos de vigência. A falta de acesso e a evasão na educação superior possuem várias facetas e determinações estruturais. Assim, a efetivação da política de permanência necessita estar articulada a outras ações para potencializar o acesso e permanência da população negra. Torna-se fundamental, portanto, assumir uma agenda de ações não só para o acesso e permanência, mas também a presença negra nos espaços da docência e nas agendas de pesquisa, que caminhem na direção da desconstrução do racismo estrutural. Assim, este GT discutirá caminhos para ampliação do acesso, permanência e representatividade negra no ensino superior público, privado e filantrópico, de desconstrução do racismo e superação da exclusão, discutindo a situação atual e as políticas públicas e institucionais necessárias para garantir a igualdade de oportunidades como princípio de justiça social. 
 

GT  Comunidades tradicionais e religiosidades – Rodney William e Bebel Nepomuceno  

Esse GT pretende receber trabalhos que abordem a presença negra nas religiões de matriz africana, neopentecostais e católicas. Também destaca-se as expressões culturais das comunidades tradicionais em torno do quilombismo urbano e rural. 
 

GT  Epistemologia decoloniais: racismo e antirracismo – Maria Constanza e Maria Antonieta 

Sob múltiplas formas, a violência tem sido um fator determinante do ponto de vista político e social em sociedades cuja independência foi associada à supressão da violência do colonialismo. No entanto, em consequência, raramente, a construção de Estados políticos independentes dispensou a violência antes responsabilidade atribuída ao colonizador; desde o processo de colonização, a dinâmica violenta de modelação das entidades políticas, esteve presente não só na África, mas em todos os outros países afetados pela mesma perversidade.  O encerramento formal da colonização entre os séculos XVIII e XIX na América não resultou, nos séculos seguintes, na interrupção da lógica de matriz colonial de poder, pelo contrário, essa lógica da civilização ocidental perpetuou-se com a formação da globalização no século XX. Mas, simultaneamente a essa expansão, também se formaram elementos para o questionamento da relação entre colonialidade e modernidade, à medida que as promessas de liberdade da modernidade fracassavam ao mesmo tempo que aumentava a instrumentalização da razão solapando o conhecimento dos povos originários, como expressam os objetivos da decolonialidade visando a destruição da colonialidade global do poder. O colonialismo Africano e sua transição para o escravismo nas Américas, em especial no Brasil como fonte de poder econômico, e o pós “abolicionismo”, marcado pela falta de políticas de inclusão ao contrário, acirrado pelo racismo, e com grandes lutas dos Movimentos Negros desde a década 20, sustendo o combate ao racismo, tendo ainda que se contrapor aos movimentos eugenista e o mito da democracia racial. Hoje a luta de combate ao racismo, pela igualdade de oportunidades e as políticas de enfrentamento antirracistas. 
 

GT  Cooperação, projetos e agendas da África e das diásporas africanas - Acácio de Almeida e Lucinea dos Santos 

O GT espera reunir pesquisadoras(es) interessadas(os) em apresentar pesquisas sobre temas relacionados às agendas de governança global, estudos africanos, pensamento africano contemporâneo, pan-africanismo, saúde global, cooperação sul-sul e triangular, regionalismo na África, lei 10639/03, história da África, literaturas africanas, diásporas africanas, migração africana, patrimônio cultural entre outros.

GT  Música, arte e literatura - Amailton Magno Azevedo e Fabiana Cozza     

O grupo de trabalho Música, Artes e Literatura pretende propor diálogos em torno do problema da entrada negra na modernidade. Os estudos nesse campo sugerem a emergência da vanguarda negra ancorada em saberes ancestrais. Dotada de um estilo próprio, que é o de sempre dialogar com o passado e o de reunir raízes múltiplas, as artes negras revelam uma capacidade instigante de reimaginar o mundo. Um olhar mais atento sobre elas depara-se com utopias deslocadas de perspectivas derrotistas, decadentes e distópicas. Atribui-se ao fazer artístico e intelectual negros parte das respostas à destruição física e mental, e, ainda a expansão de visões de mundo em escala global. As artes negras se transformaram em poderosas formas de veiculação de memórias e crítica à branquitude. 
 

GT Escravidão e pós abolição - William Lucindo e Coletivo Saravá (Amanda Reis) 

Este Grupo de Trabalho, busca contribuir para os debates da história social da escravidão e do pós-abolição. O seu propósito é reunir pesquisadoras(es) acadêmicas(os) e professoras(es) de ensino básico dispostos a refletir, ampliar, aprofundar e compartilhar suas experiências de pesquisa e de ensino acerca dos momentos finais da escravidão e no pós-Abolição, com destaque para os processos de emancipação, as lutas por liberdade e debates da constituição da cidadania, antes e após à assinatura da Lei Áurea. Espera-se debates que valorizem o papel desempenhado por pessoas escravizadas, libertas e livres “de cor” nesse cenário por meio de suas trajetórias individuais e/ou coletivas. Também é nosso objetivo aprofundar as discussões sobre os significados da liberdade, abolicionismos e lutas por direitos e conquista de lugares sociais diversos antes e depois de 13 de maio de 1888. Interessa-nos refletir acerca das construções identitárias em jogo no referido período, bem como suas implicações políticas, conteúdos culturais e transformações ao longo dos séculos XIX e XX. 

GT  Tecnologias no Combate à Discriminação Racial –Jefferson O. Silva 

Este Grupo de Trabalho tem por objetivo receber trabalhos que tragam para discussão a produção nos campos étnico-raciais no cenário da tecnologia e cultura digital. 

Dessa forma, para submeter trabalhos e participar do Seminário, as/os pesquisadores podem se inscrever em um desses GTs, por meio de ferramenta do Even 3. Veja o tutorial abaixo:  

Como acessar o even3? 

  1. Entre no link: https://eventos.pucsp.br/10anosdaleidecotasnobrasil/

  1. Clique na parte de área temática, no botão “submeter trabalho”; 

  1. Faça o seu login na página do even3; 

  1. Ao chegar no setor de “submissões”, clique em “submeter”, para enviar seu resumo; 

  1. Em modalidade selecione '’‘sumos científicos”, para identificar a sua submissão; 

  1. Dessa forma, preencha com seus dados e aperte em “submeter” e pronto! Você acaba de inscrever seu trabalho! 
     

Qualquer dúvida, mande e-mail para semanadaconsciencianegra2022@gmail.com, que os auxiliaremos no processo de submissão. Já temos diversos trabalhos inscritos. Ressaltamos lembrar que as inscrições foram prorrogadas para 15/11. Inscrevam-se! 

Mais informações: https://j.pucsp.br/noticia/puc-sp-promove-o-seminario-10-anos-da-lei-de-cotas-no-brasil-caminhos-para-o-enegrecimento-da-puc-sp 

 

 

 

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