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Mostra foi inaugurada no último sábado, 9/3, e terá duração de 12 meses
Na manhã desta quinta-feira, 14/3, os alunos do curso de Jornalismo visitaram a exposição Resistências na PUC-SP, no Memorial da Resistência. Ao todo, foram três turmas acompanhadas dos professores Fabio Cypriano, Angela di Sessa e Anna Feldmann.
A exposição integra o projeto Ocupações Memorial, que articula diálogos transdisciplinares sobre a memória dos períodos autoritários no país e suas reverberações no presente.
A PUC-SP se tornou um importante espaço de luta em defesa da democracia, durante o período da ditadura civil militar que se instaurou no Brasil, após um golpe de estado em primeiro de abril de 1964. A Universidade acolheu artistas, intelectuais, professores e alunos expulsos de outras instituições. A mostra está dividida em cinco eixos ao longo da exposição: Invasão da PUC-SP e a resistência à ditadura; Docentes, artistas e intelectuais acolhidos pela PUC-SP; Comissão da Verdade da PUC-SP Reitora Nadir Gouvêa Kfouri; Arte e resistência no TUCA; e A defesa radical da democracia.
“A visita dos estudantes e professores de jornalismo ao Memorial da Resistência traz aderência aos ideais democráticos que a PUC-SP sempre objetivou durante toda sua trajetória histórica. Nosso papel enquanto um centro teórico e prático das lutas sociais foi e continua sendo o diferencial da universidade. Relembrar é resistir. Relembrar é não deixar nunca mais o autoritarismo exercer o controle pleno da sociedade contemporânea”, afirmou a profa. Anna Feldmann.
Já a profa. Angela di Sessa reiterou que a visita proporcionou aos alunos imersão no contexto histórico do Brasil. “A visita dos novos alunos do curso de jornalismo à exposição "Resistências na PUC-SP" no Memorial da Resistência foi significativa por proporcionar uma imersão no contexto histórico da ditadura no Brasil através dos relatos do experiente fotojornalista Hélio Campos Mello. Destaca-se o compromisso da Universidade com a democracia, refletido em todas as suas atividades. Os alunos começam a ‘enxergar em grande angular’, a compreender melhor o contexto em que estão inseridos e reconhecer a importância histórica da PUC-SP, lastro que se integrará à sua identidade pessoal e profissional. Além disso, abriu uma oportunidade de acesso a um espaço cultural significativo como o Memorial da Resistência. A visita frisou um compromisso com a verdade e o conhecimento, especialmente para os alunos mais jovens, que não viveram esse período e estão expostos a fake news e desinformação cotidianamente. Frisou, portanto, as bases éticas nas quais se sustenta o bom jornalismo”, finaliza a docente.
Vitor Henrique Nhoatto Bagattini, estudante do segundo semestre de jornalismo, visitou a exposição.
“Foi uma experiência tocante e inspiradora. No ano em que se completa 60 anos do golpe, ter uma exposição sobre a PUC-SP e a sua marcante resistência, justamente no Memorial, que não deixa que esse momento terrível seja esquecido, é incrível, ainda mais para mim, aluno de jornalismo da Universidade. Lembrar a história é resistir, como está nas paredes do campus. Cada vez tenho mais orgulho de fazer parte da PUC-SP!”
A aluna Helena de Paula Barra, do primeiro semestre de jornalismo, contou que a visita ajudou a entender a importância da profissão escolhida.
“Sinto que a visita ao Memorial da Resistência teve grande importância para o entendimento dos alunos em relação à história da faculdade e o porquê da resistência e a luta pela democracia serem assuntos de tanta relevância dentro e fora da PUC-SP. Além da exibição sobre a resistência da Universidade, o memorial conta com um andar dedicado apenas para mulheres que fizeram história e lutaram na ditadura militar, e como muitas delas utilizavam de meios jornalísticos para espalhar seus ideais democráticos na época. Como estudante de jornalismo, a visita valeu muito a pena não só para entender um pouco mais sobre a história da Faculdade e as figuras que participaram da resistência, mas também para entender a importância que o jornalismo teve na luta pela democracia. Além de contar com diversos registro que tornam a experiência muito mais impactante”, ressaltou Helena.
A exposição terá duração de 12 meses e possui entrada gratuita. Adquira o ingresso no site do Memorial da Resistência clicando aqui.