Artigo: "São Pedro: a cruz, os peixes, a gruta, as chaves e as sandálias de pescador"

Texto escrito pelo prof. Fernando Altemeyer Junior, assistente doutor da PUC-SP

por Fernando Altemeyer Jr | 28/06/2024

Simão Pedro. Em latim: Petrus. Italiano: Pietro. Espanhol: Pedro. Inglês: Peter. Alemão: Peter ou Petrus. Grego: Πέδρο, Russo: Педро Hebraico: פטרוס

Apóstolo de Jesus, mártir e bispo de Roma. Data de nascimento desconhecida. Memória litúrgica em 29 de junho. Morte no ano 64 ou 67 da era comum quando foi crucificado em Roma por ordem de César Nero. 
Simão Pedro: filho de Jonas, irmão de André. Originário de Betsaida (casa do peixe) na Galileia, é um homem casado que vive da pesca às margens do lago da Galileia ou Tiberíades. Larga tudo para seguir Jesus. Ele e seu irmão são os primeiros chamados por Jesus para o seguimento (protocletos) e anuncio do Reino de Deus que se aproxima (Mc 1,16-18). Ele encontra Jesus por primeira vez em Betania, às margens do Jordão (Jo 1,28). Provavelmente pertencia aos seguidores do Batista nas comunidades chamadas posteriormente de grupo essênio.

Recebe de Jesus um novo nome profético e programático: Cefa ou Képha (de Kefim: pedra ou rochedo de abrigo). Torna-se com os filhos de Zebedeu, Tiago e João e com o irmão André os quatro amigos próximos de Jesus. Se Jesus Cristo é a pedra angular da Igreja, Pedro foi escolhido com gruta ou caverna de refúgio dos cristãos. São João Crisóstomo o descreve como “corifeu do colégio apostólico”. Recebe a tarefa de ser o primaz entre os doze apóstolos ao manter e servir à unidade e confirmar na fé o colégio apostólico em tempo de dura perseguição. Pedro é o primeiro entre os pares. É testemunha privilegiada dos episódios evangélicos, presente na paixão do Mestre e na experiência querigmática do Jesus Ressuscitado. Pedro é uma testemunha essencial da fé pascal. Sua vida nos três anos públicos de Jesus entre 27 e 30 está totalmente sintonizada a de Jesus.

Depois do Pentecostes por volta de maio do ano 30 começa seu apostolado na Palestina e na Ásia Menor. Torna-se chefe da pequena comunidade jesuânica em Jerusalém e será preso por ordem de Herodes, e solto pela presença de um anjo. Tornar-se-á o primeiro bispo de Antioquia e depois irá para Roma por volta do ano 34, assumindo como primeiro bispo da cidade imperial até ser morto depois de 25 anos de pregação e ministério. Jesus irá lhe perguntar por três vezes se de fato Pedro o ama. Pedro irá renegar Jesus também por três vezes, até que o galo cante. Frágil e teimoso, corajoso e pleno de amor, Pedro dirige a igreja nascente. Tinha uma personalidade de destaque em seu grupo e foi feito coordenador do grupo de Jesus. Homem de adesão sincera, mas às vezes com coração “empedrado”. Será martirizado em Roma durante a perseguição do genocida imperador Nero, considerado a Besta Fera ou 666 no livro do Apocalipse. Foi sepultado na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Sua memória é a de um pescador disposto a atirar a rede quando Cristo ordenar, apesar dos ventos contrários. Sua festa é celebrada conexa ao apóstolo Paulo de Tarso, na mesma data 29 de junho, pois são os dois pilares apostólicos da Igreja peregrina na história. Assim escreve o historiador E. Hoornaert: “Desde as origens do cristianismo, peregrinos, iletrados em sua grande maioria, viajam a Roma a venerar os túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo. Mas não é só a Roma que concorrem peregrinos. Em Alexandria se procura a intercessão de Marcos Evangelista, em Antioquia se invoca o Confessor Inácio, em Éfeso se cultiva de João Apóstolo, em Jerusalém se venera Tiago Apóstolo, e, a partir do século IV, em Constantinopla se rememora André Apóstolo (http://eduardohoornaert.blogspot.com/.../a-invencao-do...)”.

Pedro é gruta ou caverna de refúgio: Há abundantes cavernas nas rochas calcárias da Palestina; o monte Carmelo e a vizinhança de Jerusalém, por exemplo, estavam minados de cavernas. São mencionadas nas Escrituras, às vezes em sentido figurativo. Algumas suficientemente grandes para conter centenas de pessoas e mesmo usadas como moradias permanentes, como vemos em Petra e na Capadócia, e muitas usadas como abrigos temporários diante de tempestades ou para refugio de salteadores, algumas feitas sepulcros, cisternas, estábulos e até armazéns de colheitas e água. Estas cavernas ou grutas ofereciam refúgio em tempos de perigo. A primeira menção há na saga de Ló e suas duas filhas morando numa caverna depois de saírem de Zoar por medo (Gn 19,30). Israelitas, fugindo dos filisteus nos dias do Rei Saul, se escondem em cavernas (1 Sm 13,6; 14,11).

É possível que tais experiências de Davi em grutas e cavernas o fizeram compor os Salmos 57 e 142. O profeta Elias fugiu da ira de Jezabel refugiando-se em uma caverna no monte Horebe, e ali recebeu as instruções divinas para voltar e ungir Hazael, bem como Jeú (1Rs 19,1-17). Junto de Eliseu teria sido o lugar de uma Escola de Profetas do Deus vivo e verdadeiro. O autor da epistola aos hebreus assim descreve que homens de fé “vagueavam . . . pelas cavernas, e pelas covas da terra (Heb 11,38). As catacumbas de Roma serviram de refúgio e lugar de reunião subterrânea para os perseguidos pelos imperadores romanos. Frequentemente, se sepultavam mortos em cavernas. No Monte Carmelo há mais de mil grutas. Em Macpela, no Hébron, Abraão comprou e usou uma gruta como sepultura, e nela foram sepultados Sara, Abraão, Isaque, Rebeca, Jacó e Leia (Gn 23,7-20), O túmulo memorial do maior amigo de Jesus, Lázaro, “era, de fato, uma caverna (Jo 11,38). As cavernas e grutas serviam de excelentes depósitos, especialmente em tempos de perigo. Assim, para proteger as safras contra os madianitas, nos dias de Gideão, “os filhos de Israel fizeram para si os depósitos subterrâneos que estavam nos montes, e as cavernas e os lugares de difícil acesso (JZ 6,2)”.

Os rolos e manuscritos do Mar Morto foram escondidos em cavernas perto de Qumran, ao Noroeste do Mar Morto, até serem redescobertos em 1947. Quando Jesus renomeia Simão (aquele que escuta e ouve) e o chama de Kefa está dizendo em língua aramaica algo mais que pedra ou penhasco. Kefa é uma gruta rochosa, um rochedo escavado e abobadado. Kefa é o lugar para refugio de pastores e peregrinos para enfrentar frio, tempestades e bandidos. A palavra Kefa (gruta) pode ser traduzida por Troglai Petron (cavidade nas rochas) ou Spelaia (cavernas). Pedras duras e maciças são ditas em hebraico Tsur e Sela. Kefa não é Tsur, nem Sela. Pedro é Gruta de abrigo que acolhe pessoas dentro dela. Vale lembrar que a palavra Kafas quer dizer reunir, juntar e concentrar. E a palavra Kafar é usada para dizer cobrir, encobrir e perdoar. Pedro é Kefa, a gruta onde todos podem se refugiar dos perigos e sofrimentos. É uma caverna onde se pode viver solidários e protegidos pela mão de Deus. Jesus paradoxalmente irá acusar os cambistas de tornar o templo “um covil de salteadores (Mt21,13)”. Pedro é o servidor do Povo de Deus em uma Igreja comunitária e colegiada. Não é imperador nem rei nem príncipe. É um apostolo de Jesus, o Nazareno Ressuscitado.

Símbolos petrinos:

Cruz invertida: Cruz é sinal de encruzilhada, aquela que divide tudo em quatro ponto cardeais. Penetração do céu vertical e da terra-horizontal. A haste vertical é o masculino e a horizontal, o feminino. Os dois eixos simbolizam os equinócios e solstícios. Cruz foi o instrumento de tortura dos romanos para infligir medo e temor pela crueldade da morte. Não foi usada durante quatro séculos pelos cristãos por ser símbolo escandaloso. Um símbolo secreto da cruz é a âncora. Só ao final do quinto século da era comum se tornou símbolo oficial da Igreja cristã. Ela substituiu o Chrisma PX que era usado na arte paleocristã. Com o passar dos séculos símbolo maior no alto das construções e no peito dos bispos. A cruz invertida de Pedro desnuda a fragilidade do Apostolo de forma radical. Vemos a coragem e a fragilidade paradoxalmente expostas na cruz fincada ao contrário. 
Peixes, redes e pesca: A carne dos peixes é considerada mais pura e saudável que carne bovina ou de aves. Cristo reparte pães e peixes como sinal eucarístico. Há também razões linguísticas: a palavra grega ICHTHYUS que se traduz por peixe e forma um acróstico que expressa Iesus Khristos Theou Yios Soter (Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador). Este ideograma era usado como senha secreta em formato de pedrinha para entrar nas reuniões dos cristãos perseguidos. Na maior parte das inscrições funerárias um peixe está presente. Os peixes representam os fieis pescados por Cristo e por seus apóstolos, como ouvimos nas palavras de Cristo a Pedro: Eu te farei um pescador de homens (Lc 5,10). A rede é símbolo de algo ou alguém enlaçado, coletado, apanhado e conectado. No Irã é comum encontrar representações onde o homem místico anda com uma rede para buscar Deus. Pedro é pescador dos fieis da igreja. Pedro nos faz dialogar com nosso subconsciente mais profundo simbolizado pela rede e pesca de nossos sonhos e desejos. 
Chaves: Sempre em sua tríplice função simbólica: poder e autoridade; imagem da vida nova que se abre atrás de uma porta; objeto doméstico que todos carregam diariamente conectando a pessoa ao lar e à família mesmo se trabalhando fora ou em viagem. Chaves da terra e chaves do Reino Celeste. As chaves irão tornar Pedro um porteiro celestial. 

Sandálias de pescador: As sandálias eram o calçado típico usado na Palestina, embora os pobres andassem descalços. O tipo mais simples de sandália tinha sola de couro bovino e uma tira de couro que passava entre o primeiro e o segundo dedos, sendo amarrada atrás do calcanhar. As solas eram de madeira ou de uma planta seca. No Egito, eram feitas de papiro. Os ricos usavam chinelos de couro. Era costume sempre tirar as sandálias antes de entrar nas casas ou nos lugares sagrados. A sandália direita era colocada e tirada antes da esquerda. Calçar sapatos significava que se estava pronto para uma viagem (Êxodo 12,11). Quando alguém vendia sua propriedade dava as sandálias para o comprador (Rute 4,7) (fonte: Sociedade Bíblica do Brasil).

Barca de Pedro: A barca é sempre a Igreja de Jesus. Essa imagem é conectada à narrativa evangélica de Jesus andando sobre as águas em noite tempestuosa, parecendo um fantasma de meter medo. Pedro pede que Jesus lhe permita também andar sobre as águas turbulentas. Pedro, entretanto, ao sair do barco afunda nas águas e será Jesus quem o salva do afogamento. É preciso ter fé e vencer o medo. O barco não pode ficar ancorado. Deve zarpar e confiar no sopro de Deus. Cristo será sempre o timoneiro e capitão do barco. O vento é o Espirito Santo e os cristãos são os marinheiros que confiam e trabalham para chegar ao porto seguro. Fora do barco só há salvação se houver confiança plena na graça de Deus. Fora do amor não há salvação. 

Bispo de Roma ou Papa: Papa vem do latim Papa, e do grego πάππας, Pappas, palavra carinhosa para papai. Na Igreja apostólica era aquele chamado a decidir quando se vivia uma dissensão ou conflito insolúvel entre as partes. Assim foi no Concílio de Jerusalém, ao aceitar os prosélitos não judeus e admitir nova forma de viver a fé cristã alargando o horizonte da cultura judaica para admitir novos modos de exprimir e celebrar entre gregos, romanos, e outros povos. 

Primum inter-pares: Toda pessoa que conecta, articula e une aos membros das Igrejas e comunidades. Tem o papel enzimático da coesão e da unidade plural. É o primeiro entre os iguais. 
Galo: é uma ave solar e no cristianismo é sempre símbolo de Ressurreição. A morte não tem a última palavra. Galos anunciam o alvorecer depois de noite escura e tenebrosa. O galo é exemplo de vigilância, já presente na simbologia pagã ancestral. Na época carolíngia os galos são colocados nos altos das torres e relógios das catedrais para observar os horizontes e espantar os demônios. No século XII e XII se torna a imagem do pregador incansável que desperta os cristãos adormecidos e cansados. O galo que canta quando Pedro renega Jesus (Jo 13,38) aparece na arte por volta do ano mil da era cristã. Antes Pedro vinha sempre com chaves. Agora também acompanhado de um galo para que a Igreja retomasse a luz de Deus em sua prática e modos de viver. 

Os Atos dos Apóstolos Pedro e Paulo: Livro central do Segundo Testamento, da tradição lucana, onde são compilados os episódios da vida de Pedro, em particular seu discurso fundante em Atos 2,14-37. Lemos as narrativas da cura de um doente no Tempo, a prisão, a morte de Ananias e Safira, a cura de doentes pela sombra projetada de Pedro, a cura de Enéas, a ressurreição de Tabita, o batismo de Cornélio e a libertação de Pedro da prisão por ação do Anjo do Senhor. Há texto apócrifo denominado Atos de Pedro do século terceiro, que narra a sua viagem marítima para Roma. Ao tentar fugir da prisão em Roma, ele encontra Cristo na Via Apia e ao colocar a pergunta ao Mestre: Quo vadis, Domine? (Para onde vais, Senhor?), recebera do Cristo a contundente resposta: “A Roma, para me fazer crucificar uma segunda vez”. 
As duas cartas do Apóstolo Pedro: derradeiros escritos do Segundo Testamento. São textos primorosos que falam às comunidades nascentes de segunda e terceira geração pós-pascal. Silvano teria sido o escriba que anotou o que Pedro ditava. As cartas falam de esperança e pedem um estilo de vida coerente com a mensagem de Jesus. Buscar o verdadeiro conhecimento. São cartas para despertar o ânimo sincero (2Pd 3,1). Cristãos testados à luz do sol. 

As representações artísticas e iconográficas: A mais antiga representação é um afresco na Capela Doura-Europos do século III. A partir do século quarto seu aspecto humano se mantem constante: homem alto, forte e idoso com uma barba grossa, cabeça de pelos raspados ou às vezes cabelos grisalhos, cacheados e curtos. Pedro será pintado com a rudeza de um camponês ou um pescador marcado pelo sol. No século V o grupo de Pedro e Paulo envolve ao Cristo nas obras de arte. Neste momento histórico Jesus entrega chaves ao apostolo pescador. , tema que persiste em toda Idade Média quer na arte ocidental quer na bizantina. Na arte romana, Pedro sempre está ao lado esquerdo de Cristo, desde o século V até o XIII. Ao final do século onze surgem representações de Pedro e Paulo juntos. No século XIII é visto sentado em um trono, vestido como bispo ou pontífice. O pintor Rafael consagra a Pedro inúmeras obras primas: a pesca milagrosa, a morte de Ananias, entre tantas incluídas as obras na Capela Sixtina. Michelangelo produz um afresco na Capela Paulina do Vaticano, 1540. Michelangelo Merisi, chamado Caravaggio representa Pedro crucificado, na Igreja de Santa Maria del Popolo, Em Roma, 1601, de forma impactante. Ao ve-la sentimos a dor pungente em nosso corpo. Somos companheiros de Pedro em sua entrega de amor. 

São Pedro nas festas juninas no Brasil 

O terceiro santo do mês de junho é Pedro, ou Kéfas, apóstolo de Jesus. No Brasil onde perto de metade da população vive no litoral é inevitável que a devoção popular católica gire em torno de um pescador. Pedro é aquele que está disposto a atirar a rede quando Cristo ordenar, apesar de ventos contrários e do medo pessoal. Sua festa é celebrada junto com o apóstolo Paulo em 29 de junho. O povo o considera patrono das casas e das chaves. Tempo de hastear o mastro petrino e finalizar o mês de junho com procissões e festas nas ruas das cidades interioranas e para os que vivem na zona litorânea, é dia de navegar com barcos adornados em procissões marítimas com muitas bandeirolas e alegria. Pedro é protetor dos pescadores nas tempestades e sempre é a garantia da pesca abundante para alimentar as famílias caiçaras. 

Sucessores de Pedro do ano 30 até o ano 2024:

209 papas italianos (um destes foi papa por 3 vezes). Houve 106 romanos de nascimento. 
Houve 57 não italianos assim distribuídos:
16 papas franceses, 
13 papas gregos.
6 papas alemães
6 papas sírios
3 papas espanhóis.
3 papas da África do Norte
2 palestinos
2 da Dalmácia – atual Croácia.
1 albaneses
1 português
1 polonês
1 argentino
1 holandês
1 inglês
Houve 37 anti-papas. 

Cidades brasileiras com São Pedro por patrono:
1. São Pedro (RN)
2. São Pedro (SP)
3. São Pedro da Água Branca (MA)
4. São Pedro da Aldeia (RJ)
5. São Pedro da Cipa (MT)
6. São Pedro da Serra (RS)
7. São Pedro das Missões (RS)
8. São Pedro da União (MG)
9. São Pedro do Butiá (RS)
10. São Pedro do Iguaçu (PR)
11. São Pedro do Ivaí (PR)
12. São Pedro do Paraná (PR)
13. São Pedro do Piauí (PI)
14. São Pedro dos Crentes (MA)
15. São Pedro dos Ferros (MG)
16. São Pedro do Suaçuí (MG)
17. São Pedro do Sul (RS)
18. São Pedro do Turvo (SP)

Dioceses católicas brasileiras que possuem São Pedro como patrono:
Cachoeiro de Itapemirim; Rio Grande e Teixeira de Freitas-Caravelas.

Oração a São Pedro Apóstolo: 
Senhor nosso Deus,
que, na festa do apóstolo são Pedro,
nos fortaleceis com o Corpo e o Sangue de Cristo,
fazei que a participação neste mistério redentor
seja para nós sacramento de unidade e de paz.
Por Cristo nosso Senhor..

Francisco, sucessor de Pedro, bispo de Roma e papa católico:

A diocese de Roma possui 849 quilômetros quadrados de superfície, e 3.174.440 habitantes sendo 2.603.000 católicos, ou seja, 82% da população. A cidade foi fundada em 752 antes de Cristo e está dividida em 10 subcomunas. Perto de 9,5% dos habitantes de Roma são romenos, poloneses, ucranianos e albaneses. Há também 4,8% não europeus tais como filipinos (26.933), Bangladesh (12.154), peruanos (10.530) e chineses (10.283). A circunscrição eclesiástica onde está o Vaticano é a arquidiocese de Roma cujo bispo é o papa Francisco (o argentino Jorge Mario Bergoglio). A organização pastoral é coordenada por nove bispos na ativa e seis eméritos. A diocese está organizada em 334 paróquias. São ministros do povo de Deus: 3.702 sacerdotes (1.524 padres do clero secular e 2.178 membros do clero religioso ou regular), 133 diáconos permanentes, 3.870 irmãos consagrados, 22.770 religiosas consagradas. Muçulmanos somam 3,7%, judeus 0,5%, irmãos protestantes são 1% e os sem religião atingem a cifra de 13,8%. A presença católica começa por volta do ano 60 da era cristã com a chegada da diáspora judaico-cristã de Pedro e Paulo apóstolos, pilares da Igreja de Roma. Patronos de Roma e do Vaticano: São Pedro, São Paulo e Santa Maria. 

Bispos atuantes na diocese de Roma conformando o colégio episcopal romano ao redor do sucessor de Pedro:
1. Jorge Mario Bergoglio, S.J., Papa (87,52 anos), bispo de Roma. Nascido em Buenos Aires, Argentina.
2. Vacante: Vigário Geral de Roma. 
3. Baldassare Reina, Vice-gerente (53,58), titular de Aquae in Mauretania.
4. Benoni Ambärus, Bispo Auxiliar (49,76), titular de Truentum. 
5. Michele Di Tolva, bispo auxiliar (61,10), titular
6. Dario Gervasi, Bispo auxiliar (56,13), titular de Subaugusta. 
7. Paolo Ricciardi, Bispo auxiliar (56,28), titular de Gabii.
8. Daniele Salera, Bispo auxiliar (53,92), titular de Tituli in Proconsulari.

Artigo escrito pelo prof. Fernando Altemeyer Junior, assistente doutor da PUC-SP.

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