Jornal da PUC-SP

A Comissão Central Organizadora (CCO) promoveu, na manhã desta sexta-feira (21/8), o primeiro encontro virtual da chapa “PUC-SP somos todos” com a comunidade universitária. A reunião teve início com a exibição de um vídeo demonstrativo sobre como participar da votação nos dias 27 e 28/8. Na sequência, a profa. Maria Amalia Andery, que concorre à reeleição para reitora, e o prof. Pedro Paulo Manus, atual diretor da Faculdade de Direito e que pleiteia o cargo de vice-reitor, saudaram os participantes.

A rodada de perguntas teve início com um questionamento do prof. Hélio Deliberador (Depto. de Psicologia) em relação ao fato da chapa “PUC-SP somos todos” ser a única inscrita no processo. A profa. Amalia afirmou ter torcido para que houvesse outras. “Esse é um momento (da eleição) muito privilegiado de discussão da Universidade, sobre o que ela é, quais suas forças e os projetos que transitam e tramitam nela, e é sempre muito importante quando esse período é enriquecido por diferentes visões e propostas”, ressaltou. Ela acredita que a existência dessa única candidatura tenha se dado pois o mandato que está se encerrando sob seu comando foi muito produtivo e a gestão, compartilhada entre a equipe da Reitoria, os gestores das unidades e as bases da Universidade.

A funcionária Maura Sartori e o prof. Claudir Segura (Depto. de Arte) questionaram durante o debate sobre a questão da internacionalização. O candidato a vice-reitor Pedro Paulo afirmou que a internacionalização é a convivência da nossa Universidade com outras instituições. “É colocar cada vez mais a PUC-SP no concerto internacional da educação mundial”, lembrou ressaltou. A profa. Amalia afirmou também que a questão do intercâmbio sempre foi importante para a PUC-SP, mas lembrou que é um processo caro e que necessita de financiamento para poder ser estendido a estudantes cujas famílias não têm condições para seu custeio. “A internacionalização não pode se resumir a essa questão, pois abrange também a pesquisa, com a mobilidade de docentes e a internacionalização da produção qualificada da Universidade, com publicações de artigos em periódicos internacionais e a participação de membros da comunidade em associações e congressos fora do país”.

A inclusão de negros e índios foi tema da pergunta da estudante Fabiana Harumi (mestranda no Pós em Psicologia Experimental). A profa. Amalia iniciou sua resposta lembrando das políticas de inclusão implementadas durante sua gestão, em especial em 2017, quando foi implementada a primeira política de cotas para inclusão racial em sistema de pós-graduação stricto sensu de universidades privadas no Brasil. “A Capes tem cortado bolsas unilateralmente, desde 2019, e a Reitoria e a Fundasp tem socorrido os programas de Pós com bolsas emergenciais, mas no segundo semestre de 2020 isso não foi possível por ser um momento de absoluta exceção e insegurança financeira”. Amalia destacou que alguns estudantes, organizados no Coletivo Neusa Santos, que procuraram a reitoria nesse período tiveram a garantia de permanência na Universidade este ano. Ela se comprometeu a reivindicar junto ao governo federal, em parceria com docentes e alunos, a manutenção das bolsas de pós-graduação.

Durante o debate foi abordada também a questão de políticas esportivas na Universidade, Amalia afirmou que ela está sendo pensada e que já teve uma conversa sobre isso com estudantes e as atléticas fornecerão algumas informações para futuras implementações de bolsas.

O estudante Marco Aurélio Lima (mestrando em Direito) ressaltou a importância da consulta direta e do processo democrático da PUC-SP e questionou a demora nos editais de bolsas. Os candidatos falaram das dificuldades de financiamento, sobretudo por parte do governo federal, e afirmaram que já existe uma conversa com a Fundasp para criação de alternativas e a inclusão de bolsas de pós-graduação na discussão sobre filantropia.

Confira também a entrevista que os candidatos da “PUC-SP somos todos” concederam ao JPUC.

Assista abaixo o debate na íntegra: