Cracolândia: atos contra o uso da violência

O evento na noite de 29/5 reuniu centenas de pessoas e outros membros da comunidade continuam se manifestando.

por Redação | 30/05/2017

Centenas de pessoas estiveram presentes ao debate "Intervenção e violência do Estado na cracolândia: a serviço de quem?", promovido pelo Fórum de Formação em Saúde da PUC-SP. A reitora Maria Amalia Andery marcou presença reiterando sua preocupação e recusa veemente em aceitar políticas repressivas, higienistas e atentadoras aos direitos humanos, que caracterizam as ações do poder público na região da cidade de São Paulo conhecida como cracolândia.

Leia abaixo as manifestações de repúdio de membros da comunidade em relação aos atos violentos do Estado na cracolância:

" A PUC-SP tem antigos e conhecidos compromissos, renovados nesta Reitoria, de defender e contribuir para a construção de uma sociedade democrática e justa, com respeito à liberdade e às conquistas humanas, que ofereça mais oportunidades para todos.

Incluem-se aqui aqueles que hoje são destituídos de oportunidades, aqueles que foram excluídos e desamparados de direitos, muitas vezes dos básicos direitos de serem tratados com respeito e dignidade, de serem acolhidos.

Por essas razões, vemos com enorme preocupação e recusamos veementemente as políticas repressivas e atentadoras aos direitos humanos, que caracterizam as ações do poder público da cidade de São Paulo nesta última semana, na área chamada cracolândia.

Sabemos bem que as pessoas atingidas, moradores com e sem endereço, precisam de ações e políticas estabelecidas pelo poder público para que tenham a oportunidade de uma vida digna e cidadã, mas sabemos também que tal oportunidade só será construída com programas que partam do pressuposto de que cada ser humano, e muito especialmente aqueles que estão em situação de vulnerabilidade, deve ser respeitado e louvado, não acossado e novamente excluído." - A Reitoria

Leia nota dos docentes da equipe de Psicopatologia: Carta de Repudio a ação violenta na região da Cracolândia

Leia nota da professora Rosalina Santa Cruz (Serviço Social) 

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