Especialização em Semiótica Psicanalítica promove reflexão e mudanças profissionais
Recente reformulação do curso busca atender aos novos desafios dos sintomas da cultura na geopolítica do mundo contemporâneo
Há 20 anos formando especialistas, o curso de especialização em Semiótica Psicanalítica - Clínica da Cultura, atualmente com inscrições abertas, acaba de passar por uma renovação, a fim de atender aos novos desafios dos sintomas da cultura na geopolítica do mundo contemporâneo. “As mudanças sociais, provocadas especialmente pelas aceleradas revoluções tecnológicas que estamos atravessando, exigem uma renovação do pensamento capaz de responder tanto ao sofrimento psíquico quanto aos sintomas culturais, na medida em que um age sobre o outro. Os sintomas falam nas linguagens da cultura de maneira enigmática, mas se deixam até certo ponto decifrar por meio de dispositivos semiótico-psicanalíticos de leitura e análise. O corpo docente equilibra psicanalistas com especialistas em semiótica para possibilitar esse cruzamento único”, explica a coordenadora do curso, profa. Lucia Santaella.
Dirigido a graduados em Psicologia, Ciências Sociais, Comunicação, Humanidades, Profissionais da Psicanálise e interessados na área da especialização, o curso fundamenta-se na confluência epistemológica entre a Semiótica aplicada e a Psicanálise em extensão. Já a Semiótica Psicanalítica, por sua vez, consiste no estudo das consequências psíquicas do intercurso sociocultural dos variados processos midiáticos, semiótico-comunicacionais e em redes monitoradas pela Inteligência Artificial.
Para a publicitária Dominique Lemes Chagas, que concluiu a especialização em 2020, o curso foi um marco na sua trajetória profissional. "Minha jornada no curso de semiótica psicanalítica foi extraordinariamente transformadora. A fusão entre teoria e prática, realçada por estudos de caso do cotidiano, impulsionou meu crescimento de maneira significativa. O contato com um corpo docente tão diversificado, crítico e perspicaz abriu novas perspectivas sobre os desafios contemporâneos, não apenas aprimorando minhas habilidades profissionais, mas também enriquecendo minha compreensão da vida e cultura. Foi uma experiência que marcou um ponto de virada tanto na minha carreira quanto na minha visão de mundo."
Segundo a publicitária, a experiência na especialização em Semiótica Psicanalítica foi tão positiva que, no ano seguinte (2021), ela deu início ao mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, que já concluiu, e está se preparando para o doutorado.
Já para outra ex-aluna da especialização, a pesquisadora e artista visual Maraisa Marques Moreira, a especialização foi responsável por sua mudança profissional. “O curso de Semiótica Psicanalítica trouxe uma mudança significativa na minha vida profissional e acadêmica. Fiz o curso durante os dois anos de pandemia e o conteúdo e as trocas que tivemos nesse período foram essesnciais para enfrentar um momento tão complicado. Com a experiência e o gabarito dos professores pude aprofundar meus conhecimentos em semiótica e ter uma visão mais profunda e abrangente da psicanálise. Além de, nos passar um guia para as leituras essenciais de Freud e Lacan, os professores sempre se mostraram dispostos e acessíveis para tirar todas as dúvidas. Foi com o toda essa bagagem que pude elaborar um projeto de pesquisa, mudar de profissão e entrar no mestrado em Comunicação e Semiótica da PUC-SP.”
Em modalidade online e síncrono, o curso tem aulas realizadas por professores em tempo real, por meio de plataformas digitais, que acontecem às terças e quintas-feiras das 19 às 22h. Entre seus diferenciais estão as aulas mescladas entre:
♦ expositiva dialogada, uma estratégia que se caracteriza pela exposição de conteúdos com a participação ativa dos estudantes, considerando o conhecimento prévio deles, sendo o professor o mediador para que os alunos questionem, interpretem e discutam o objeto de estudo;
♦ metodologias ativas de aprendizagem, como projetos de estudos de caso, desenvolvimento de pesquisa sala de aula invertida, que leva em conta a participação síncrona e assíncrona dos estudantes, por exemplo.