Por que assistimos a filmes de terror?

Cineclube Arlindo Machado promove encontro sobre o tema

por Redação | 23/08/2024

Prepare sua lista de filmes de terror, preferidos ou odiados, porque dia 27/8, às 19h, o Cineclube Arlindo Machado (CAM / PUC-SP) realiza um evento aberto para discutir o tema, no campus Monte Alegre.

“A ideia é falarmos sobre o potencial assustador e interpretativo dos filmes. Esperamos ter uma noite divertida e esclarecedora sobre os sustos e os encantos do gênero terror”, afirma a coordenadora do CAM, profa. Jane de Almeida (Comunicação e Multimeios).

A partir de questões como “por que assistimos a filmes de terror?”, “o que os torna tão atraentes?”, “quais os sentidos do filmes de terror?” os participantes definirão a programação semestral do CAM, que pretende apresentar filmes da época silenciosa com músicas ao vivo e também uma sessão de filmes ao ar livre.

O encontro Filmes de Terror: pesquisa e debate será realizado no auditório Paulo VI (Biblioteca, térreo, Prédio Novo). Não é necessário fazer inscrição.

 

Freud explica...

Texto: profa. Jane de Almeida

O gênero do terror é permeado por monstros como o Drácula e Frankenstein e por zumbis, bonecos e manequins, além de locais ermos e trilhas sonoras compostas para provocar tensão e susto.

Muitas análises relacionam os filmes com os conceitos freudianos do “estranho” e do “familiar”, outros são associados ao colonialismo e à imigração, além das religiões e espiritualidades consideradas suspeitas.  Há uma grande variação de filmes, temas e análises.

Cada época e região produz seu próprio terror, como o cinema expressionista alemão que no início do século XX criava uma atmosfera macabra como no filme O Golem (1915).  Na década de 1920, filmes como O Gabinete do Dr. Caligari (1920) e Nosferatu (1922) fizeram sucesso ao redor do mundo.

Nos Estados Unidos, Dr. Jekyll e Mr. Hyde (1920) se tornou um clássico do cinema mudo.  Mais tarde, nos anos 1950, pode-se notar a influência da ficção científica no gênero, com monstros de outros planetas (The Thing, 1951) e mutações de animais (Them!, 1954). Os estúdios japoneses lançaram filmes de monstros, como Godzilla e Rodan.

Com o tempo, o gênero do terror começa a incluir os filmes sobre o sobrenatural, como O Exorcista (1973) e O Iluminado (1980). Mais tarde, os filmes "psico-slasher", como Halloween (1978) e Alien (1979) capturam um público enorme. 

No Brasil, nos anos 1960, José Mojica Marins (Zé do Caixão) inicia a sua série de filmes do gênero. Maurice Capovilla, por sua vez, explora as espiritualidades africanas em Noites de Iemanjá (1974) e Walter Hugo Khouri, os conflitos da adolescência em O Anjo da Noite (1974). Outros diretores importantes como Júlio Bressane, João Batista de Andrade, André Klotzel, Andrucha Washington arriscaram a fazer algum filme do gênero. Já Ivan Cardoso e Jean Garret, um português radicado no Brasil, acabaram por se tornarem especialistas em filmes de terror.

 

 

 

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