Pós em Psicologia Social aposta na pluralidade teórica e inserção na realidade brasileira

Programa está com inscrições abertas para Mestrado e Doutorado

por Thaís Polato | 19/10/2023
Acervo ACI

Criado nos anos 70, o Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da PUC-SP fundou uma nova vertente na área, que se irradiou por outras instituições de ensino superior do Brasil, tanto na pós quanto na graduação.

“A proposta rompeu fronteiras e também ganhou apoio de professores de universidades da América Latina que enfrentavam as mesmas circunstâncias acadêmicas e políticas em seus países e comungavam do mesmo afã de construção de conhecimento teórico e empírico comprometido com a realidade latino-americana, evitando assim ser apenas reprodutores de enfoques importados de outras realidades sociais”, afirma a profa. Cecilia Pescatore Alves, que coordena o Programa em conjunto com a profa. Maria da Graça Marchina Gonçalves (Vice-Coordenadora).

Atualmente com inscrições abertas para Mestrado e Doutorado (clique aqui para saber mais), o Pós é avaliado pela Capes com o conceito 5 (sendo 7 a nota máxima).

 

Novos olhares científicos

O objetivo do Programa é desenvolver uma Psicologia Social teoricamente plural, centrada na realidade brasileira e, ao mesmo tempo, participante do debate internacional. Os estudos se dão em duas linhas de pesquisa: “Estudo crítico-epistemológico das categorias analíticas da Psicologia Social” e “Aportes da Psicologia Social à compreensão de problemas sociais”.

Segundo a coordenadora, ao longo dos anos, houve mudanças teóricas e temáticas que levaram o Pós a ampliar seus enfoques, na medida em que houve uma diversificação no desenvolvimento da área de Psicologia Social no mundo. “São novas circunstâncias que exigem novos olhares científicos e temos nos empenhado em atualizar e reconstruir o projeto acadêmico do Programa à luz dos novos tempos, ajustando sua estrutura de disciplinas, os núcleos e suas linhas de pesquisa a um eixo de atuação que não oblitera a perspectiva crítica da Psicologia Social, mas que insiste em sua consolidação, na direção da interdisciplinaridade, da pluralidade teórica e contextualizado pela discussão da realidade brasileira”, afirma a profa. Cecilia.

 

Pluralidade social e educacional

Desde a criação do Programa, houve a política de incentivar a diversidade regional e a experiência educacional dos ingressantes no Programa. “Garantindo a diversidade na composição do corpo discente, por meio de reserva de cotas, por exemplo, acreditamos na produção do conhecimento e da atuação do egresso compatível com a pluralidade social presente em nossa sociedade”, defende a coordenadora.

Segundo a profa. Cecilia, a formação dos discentes ocorre em três planos complementares: pesquisa, docência e extensão. “O princípio que rege a organização curricular é a conciliação da formação geral dos docentes em psicologia social com a formação específica do pesquisador, oferecendo ao pós-graduando um processo de treinamento acadêmico que é, ao mesmo tempo, amplo (horizontal) com respeito ao campo teórico-metodológico da Psicologia Social e específico (vertical) em relação à elaboração teórica e analítica de pesquisas temáticas para as dissertações e teses”, afirma.

 


Ex-alunos contam sua experiência na PUC-SP

 

Betânia Diniz Gonçalves
Mestrado e doutorado em Psicologia. Professora e diretora da Faculdade de Psicologia da PUC Minas.

"A experiência de cursar o doutorado na PUC-SP foi muito interessante para a minha formação profissional. Pude manter contato com profissionais de vários estados do Brasil e me enriqueceu muito. Acho que foi uma experiência tão legal que me abriu portas e fez também com que eu indicasse outras professoras para irem cursar o doutorado na PUC-SP".

 

 

Catarina Decome Poker
Doutora pelo programa de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano no Instituto de Psicologia (USP). Mestre em Psicologia Social pela PUC-SP. Tem se dedicado às pesquisas que buscam entender a participação do público infantojuvenil em diversos setores da sociedade como: na educação, no lazer, na política e em suas trajetórias de vida; seus estudos também são voltados para a relação sujeito-instituição-sociedade, identidade, sociologia da infância, interseccionalidade, gênero e sexualidade. Psicóloga escolar e professora responsável pela cadeira de psicologia escolar e do desenvolvimento humano no curso de psicologia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo.

“O curso de pós-graduação em Psicologia Social me possibilitou a ter contato com um arcabouço teórico, cultural muito importante para a minha formação como acadêmica e pessoa. Além disso, pude contar com o apoio e sensibilidade de alguns(mas) professores(as) do corpo docente para lidar com os meus projetos no campo acadêmico. Não obstante, pude fazer uma rede de contatos com meus(minhas) pares – o que é fundamental para quem escolhe trilhar a vida acadêmica.

Poder ter aula com professores(as) que são uma autoridade no campo da Psicologia Social foi algo que de fato impulsionou minha perspectiva de carreira acadêmica – tanto pela possibilidade de promover uma crítica social na minha atuação atual como professora e pesquisadora, quanto pela experiência de ter o saber transmitido por pessoas que fazem parte da história de uma profissão. Além disso, pude me colocar rapidamente no mercado da docência; e, ter outras oportunidades profissionais a partir dessa experiência”.

 

Eliete Edwiges Barbosa
Professora no curso “Cultura, educação e relações étnico-raciais” (USP). Pesquisadora pela Universidade de Concordia/Montreal. Atuou como tutora presencial na Universidade de Santo Amaro no curso de Serviço Social (Unisa/SP). Mestre e Doutora em Psicologia Social pela PUC-SP. Autora do livro Negras Lideranças (Ed. Dandara)

“O curso me possibilitou ter novos referenciais e perspectivas analíticas sobre temas como movimentos sociais, políticas públicas, comportamentos sócio políticos. A partir disto, me permitiu aprofundar estudos sobre o racismo e relações de classes sociais que permeiam a sociedade brasileira. Minhas pesquisas no mestrado e doutorado abordaram relações raciais e de gênero na perspectiva de classes sociais, tratando do protagonismo das mulheres negras nos movimentos sociais”.

 

 

 


Inscreva-se

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