Residências Médicas da PUC-SP estão entre as mais tradicionais do país
Os 24 programas de Residência Médica oferecidos pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP estão entre os mais respeitados e tradicionais do Brasil. Eles abrangem tanto as principais áreas (Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia Obstétrica, Pediatria e Medicina Preventiva e Social) quanto aquelas mais específicas, chamadas de especialidades.
A PUC-SP etá com inscrições abertas para médicos formados que tenham interesse em se candidatar às vagas da Residência Médica. As informações podem ser obtidas neste link.
Desafios na formação médica e a importância da Residência
A desproporção entre a formação de médicos em grande quantidade e o baixo número de Residências Médicas é um desafio na saúde brasileira, tanto pública quanto privada. “Os recém-formados não saem prontos da universidade”, afirma o coordenador-geral da Residência Médica da PUC-SP, professor-doutor Marcelo Gil Cliquet.
“A Residência Médica é fundamental para as escolas de Medicina. Nossa instituição oferece 24 programas dessa natureza, nos quais os médicos adquirem completa qualificação para exercer a Medicina em suas distintas especialidades”, complementa.
Histórico e evolução
A trajetória das Residências Médicas da PUC-SP teve início no final dos anos 70, com a oferta de vagas para as principais áreas, e evoluiu com o tempo. A mais recente especialidade incorporada foi a de Dermatologia, em 2018.
Conforme relata Cliquet, a denominação “residência” provém do tempo em que os médicos moravam nos hospitais para aprender, desempenhando um trabalho contínuo sob a tutela dos profissionais mais experientes.
Nesse contexto, a Residência Médica representa um treinamento em serviço. “O médico inicia uma formação em uma determinada área e, sob orientação, atende pacientes internados e ambulatoriais, além de realizar procedimentos cirúrgicos e outros”, detalha Cliquet.
Parcerias hospitalares e infraestrutura
Cliquet ressalta que a metodologia se baseia em 10% de conteúdos teóricos e 90% em atividades práticas. “Os residentes recebem suporte teórico sobre os temas pertinentes à área escolhida. Na nossa instituição, as atividades teóricas acontecem no campus e as práticas, no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (do governo estadual), no Hospital Leonor Mendes de Barros (também estadual) e no Hospital-Escola Santa Lucinda (mantido pela Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP).”
A infraestrutura dos ambulatórios no campus é digna de nota, assim como a atuação dos residentes nos hospitais parceiros, em setores como Enfermaria, UTI, Pronto-Socorro, Centro Cirúrgico e Sala de Procedimentos. “Na área de Hematologia, por exemplo, temos um Centro de Quimioterapia e um espaço dedicado a procedimentos relacionados à exames da medula óssea e convênio com a Unimed de Sorocaba para a realização de transplantes de células tronco hematopoiéticas (medula óssea)”, acrescenta Cliquet.
Corpo docente e recursos bibliográficos
Outros dois pilares são o corpo docente e a biblioteca. “Todos os professores são vinculados à FCMS, possuindo títulos de mestre, doutor e especialista em suas áreas. Também temos profissionais que atuam nos hospitais parceiros e colaboram, juntamente aos preceptores, no acompanhamento dos nossos residentes”, observa. A biblioteca do campus da PUC-SP em Sorocaba merece menção, com um acervo robusto e atualizado, tanto físico quanto digital.
Duração e requisitos dos programas
A duração de cada programa é variável. A Residência em Clínica Médica dura dois anos e, em Cirurgia Geral, três anos.
“Contudo, se o médico optar pela Cirurgia Plástica, deverá cumprir mais três anos dessa especialidade, além dos três de Cirurgia Geral”, explica Cliquet. Para Hematologia, é necessário ter concluído a Clínica Médica.
Já a Residência em Ortopedia concede o título de especialista diretamente. Porém, se o profissional desejar especializar-se em cirurgia da mão, por exemplo, precisará ter cursado a residência de Ortopedia ou Cirurgia Plástica previamente.
A Residência Médica confere um título de especialista na área. “Se o profissional se tornar um especialista, por exemplo, em Nefrologia, poderá registrar seu título no Conselho Regional de Medicina e atuar como nefrologista em qualquer parte do país.”