Semana de 22 de agosto celebra aniversário da PUC-SP

CA de Direito promoveu palestra: PUC-SP 76 anos de história, com a presença da reitora Maria Amalia Andery

por Cláudio Oliveira | 24/08/2021

Com a mesa composta pela reitora prof. Maria Amalia Andery, o diretor da Faculdade de Direito prof. Vidal Serrano e a ex-aluna de Direito, Michele Alves, que teve seu discurso de formatura viralizado em 2018, ao destacar as dificuldades de alunos bolsistas, o evento "PUC-SP: 76 anos de história", promovido pelo CA 22 de Agosto, aconteceu no dia 23/8, às 9h30, no auditório 239 (campus Monte Alegre), abrindo a tradicional Semana de 22 de Agosto do Direito.

A reitora iniciou contando um pouco da própria história na Universidade. “A PUC-SP é o lugar onde me formei como pessoa adulta, fiz a graduação e ao terminar meu mestrado (em outra instituição), fui convidada a dar aulas na aqui, por isso fiz meu doutorado na Instituição também. Gosto de dizer que era uma menina de 10 anos de idade quando vim dar aulas na PUC (brincou), desde então, posso dizer que, praticamente, meu único empregador foi esta Universidade”. Mara Amalia destacou também valores que a Universidade cultivou ao longo da história, como progressismo e humanismo.

O prof. Vidal trouxe algumas passagens vividas como aluno da PUC-SP: “Entrei em 1984 e me formei em 1988 e para mim foi um momento de celebração. Fiz os cinco anos à noite e participei das tertúlias acadêmicas. Inclusive participei de uma invasão à Reitoria, passamos uma noite acampados e no dia seguinte a coisa se resolveu. Participei intensamente da política da PUC-SP, em 1985 me candidatei a presidente do CA e perdi a eleição. Naquele ano ganhou uma chapa mais à direita. Foi um aprendizado muito grande fazer política na PUC-SP, tanto que depois disputei mais umas 20 eleições e não perdi mais nenhuma”, lembrou o diretor da Faculdade de Direito.

Michele Alves, hoje mestranda em administração pública na FGV, também deu destaque aos anos de graduação vividos na PUC-Sp. “Vivi alguns conflitos políticos na PUC-SP, por exemplo uma troca de reitores onde o escolhido foi o menos votado de uma listra tríplice, isso ocasionou uma invasão à Reitoria, na mesma época houve o falecimento de um Papa e a nomeação de outro. Em 2014 tivemos uma eleição muito polarizada ente Dilma (Rousseff) e Aécio (Neves), a gente via um lado majoritário aqui, mas havia também o outro lado, por isso tivemos várias discussões, várias manifestações públicas dentro da Universidade, defendendo ambos os lados, foi um momento decisivo. Também estava aqui em 2015 quando a Dilma sofreu o golpe e a PUC-SP foi essencial para eu entender o que estava acontecendo no país, os professores falavam com muita propriedade o que estava acontecendo no Brasil, tivemos muitas palestras e debates sobre do tema. Meus cinco anos de graduação foram permeados por muita intensidade e discussões políticas, sou muita grata à PUC-SP por esses momentos”.

Sobre o evento, a reitora Maria Amalia fez o seguinte comentário. “É sempre bom estar num evento com estudantes, gosto de estar entre os jovens. Falar sobre a PUC-SP é uma maravilha. As universidades, em geral, são instituições necessárias, são fundamentais, fazem enorme diferença em qualquer sociedade e falar de nossa Universidade é falar da crença que isso também vale para nós, comunidade puquiana, por isso, o evento foi uma beleza e gostei muito de estar aqui”.

Michele também falou ao J.PUC sobre o encontro: “Foi tudo muito bom e muito bom também a disponibilidade da reitora e da coordenadora do curso de Direito para participar do evento. Acho que é um bom momento para a gente pensar na história da PUC-SP e também para a gente pensar no que nós queremos para seguir em frente.”

André Mazaro, aluno do sexto semestre de Direito, diretor do CA 22 de Agosto, nos falou sobre a organização: “O evento foi organizado a partir de três perspectivas, primeiro atrair estudantes e conversar com eles, porque a gente enxerga muitas vezes uma distância entre o estudante e as atividades do centro acadêmico. Além disso a gente também quer politizar os estudantes, através da discussão corriqueira cotidiana, trazendo temas políticos. Sempre tentando trazer a questão da igualdade social e da democracia. Outro motivo é comemorar o aniversário da PUC-SP, com um evento cultural que promove uma aproximação entre professores e estudantes.” Mazaro disse que os objetivos do evento foram atingidos.

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