Redes de poder globais e crise sistêmica em tempos de pandemia

17 de junho de 2020

A pandemia de COVID-19 aprofundou a desigualdade econômica mundial, tendência essencial para compreender a crise sistêmica na qual nos encontramos. Antes do isolamento, a desigualdade já estava a tal ponto que 1% dos humanos acumulavam mais riqueza que os outros 99%. Agora, a Organização Mundial do Trabalho estima que metade da população mundial poderá ficar desempregada e o Banco Mundial diz que até 60 milhões de pessoas podem ser empurradas para situação de pobreza. Esse retrato têm um reflexo dramático no Brasil que, segundo dados do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2019, apesar de ser o oitavo PIB mundial, ocupa o posto de segundo lugar como país com a maior concentração de riqueza. Assim, o cenário mostra que desigualdade não é apenas um problema econômico, mas é também um problema político e ideológico. Na próxima edição do Terra em Transe contaremos com a presença do professor de economia da PUC-SP Ladislau Dowbor para conversamos sobre o panorama socioeconômico atual, sobre a capacidade de grupos de interesses corporativos de sustentar um projeto político para o país e das conexões internacionais que podemos traçar a partir da financeirização econômica e da acentuação do projeto neoliberal.

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