PUC-SP sedia encontro de reitores de universidades comunitárias promovido pela ABRUC
A reitora Maria Amalia Andery recebeu o prêmio Mérito Educação Comunitária pela sua...
Artigo do prof. Fernando Altemeyer (Ciência da Religião)
Sabemos o horizonte de sentido do pontificado reformador, seus limites e suas potencialidades. Em 19/03/2024 o papa Francisco completa onze anos como o 266º bispo de Roma. Seu foco foi e é cuidar dos migrantes e refugiados, atuar e defender as periferias do mundo, fazer ecoar a voz do papa em favor da sinodalidade, na Casa Comum na labuta pela fraternidade universal. Um novo modo de agir na Igreja como bispo e pastor universal. Suas palavras são esculpidas por experiências existenciais: misericórdia, missão, alegria, reforma, fraternidade universal, cuidado com o planeta, colegialidade e diálogo. A motivação é a missão, Igreja em saída, o cuidado pastoral dos empobrecidos e o rompimento claro do clericalismo que fez da Igreja uma instituição autocentrada e distante do Evangelho de Jesus. Francisco afirma a tempo e contratempo que é chegada a hora histórica da Igreja em saída, de seguir as intuições e textos do Concílio Vaticano II.
Ele começou a delinear o novo rosto episcopal e ministerial incluindo todo o Povo de Deus. Já escolheu 1978 bispos até 10/03/2024, atentos aos pobres tendo como lugar teológico privilegiado o Corpo de Cristo na história. Evita o clero carreirista e autocentrado. Busca presbíteros pastores que tenham amor profundo ao Povo de Deus. Pede que os bispos e padres fujam da corrupção e do mercantilismo ideológico. É excelente leitor da literatura moderna, com destaque para Fiodor Dostoievski. Estes quase onze anos permitem avaliar as tensões das forças integristas e caluniadoras, dentro e fora da Igreja, produzidas por grupos supremacistas norte-americanos, os negacionistas europeus e vozes clericalizadas da ultradireita da América Latina e África. Assistimos ao vergonhoso processo penal de um cardeal corrupto italiano condenado a cinco anos de prisão por desvios de milhares de euros dos cofres da Santa Sé.
O papa foi ordenado presbítero faz 54,24 anos, sagrado bispo a 31,7 anos, criado cardeal há 23 anos exercendo o ministério petrino em 11 anos. Os anos 2020 e 2021 foram marcados pela pandemia de COVID-19 tendo Francisco se tornado um farol do planeta enfermo. Em 2021 realizou um sinal abraâmico, ao visitar o Iraque e encontrar-se com líder xiita. Francisco tem 87 anos de idade. Fez cirurgia para corrigir uma diverticulite. Tem problemas de bronquite e uma artrose no joelho. Em novembro de 2022 visitou ao Reino do Bahrein. Pretende visitar a Bélgica.
A marca dos próximos anos será aprofundar e frutificar a comunhão e a participação ampla nas igrejas focada no Sínodo de 2024 e na celebração de Ano Santo em 2025. Francisco insiste na Fraternidade universal e clama contra todas as guerras pedindo pela paz e acolhida dos milhões de refugiados. Esteve no Sudão do Sul e República Democrática do Congo clamando em favor da paz, da justiça e do perdão. Quer visitar Argentina, sua pátria de nascença. Propôs uma agenda de paz para parar imediatamente as guerras na Síria, Ucrânia e o bombardeio do exército de Israel contra civis palestinos na Faixa de Gaza.
Circunscrições católicas no mundo: 11 patriarcados (sete na Ásia, três na Europa e um na África), 641 arquidioceses, 2.133 dioceses e eparquias, 38 prelazias territoriais, onze abadias nullius, 84 exarcados orientais, 9 ordinariatos de ritos orientais, 36 ordinariatos militares, 82 vicariatos apostólicos, 39 prefeituras apostólicas, oito administrações apostólicas, oito missões independentes sui iuris, três ordinariatos pessoais, uma administração de rito extraordinário latino e a rede de 132.642 centros missionários e 222.896 paróquias. O total de circunscrições eclesiásticas católicas é 3.190 unidades.
Entidades filantrópicas, ensino e saúde da Igreja Católica (dados Fides 2021 e Anuário Pontifício 2023): 74.368 creches frequentadas por 7.510.632 crianças; 100.939 escolas de ensino fundamental para 34.614.488 alunos; 49.868 escolas de ensino médio para 19.485.023 alunos e 2.483.406 alunos do ensino médio ou técnico; e 3.925.325 estudantes em Universidades e Faculdades Católicas. Ainda contamos com 5.405 hospitais de confissão católica, 14.415 dispensários, 15.276 lares para idosos, 9.703 orfanatos, 10.567 jardins de infância, 11.596 enfermarias, 547 centros de acolhida e tratamento para hansenianos, 10.604 consultórios de orientação e aconselhamento familiar, 3.287 centros de educação ou reeducação social e 115.352 institutos beneficentes e assistenciais.
Número de fieis congregados pela Igreja Católica nos ritos latinos e ritos orientais e número de clérigos: A população mundial, em 10/03/2024 é estimada em 8 bilhões e 96 milhões, devido ao incremento de quase 90 milhões de pessoas em relação ao ano anterior +1,6%). O aumento global refere-se a todos os continentes: maior na Ásia (quase 40 milhões) e África (quase 38 milhões), seguidos pelas Américas (8.560.000), Europa (2.657.000) e Oceania (628.000). O número de católicos subiu para 1.375.852.000 pessoas com aumento de 16 milhões de fieis em relação ao ano anterior, representando 17,67% dos habitantes do planeta.
O aumento ocorreu em quatro continentes, exceto na Oceania. Os ministérios e serviços na Igreja Católica no mundo: 3.170.643 catequistas e 410.449 missionários leigos. Em 2021, as pessoas na vida consagrada somam 49.774 irmãos religiosos, e 608.958 religiosas com votos perpétuos. O episcopado católico é composto por 5.653 bispos (em 10/03/2024), sendo diocesanos ou seculares 4.353 dos bispos e 1.300 bispos oriundos de ordens e congregações religiosas. Os padres somam 407.872 presbíteros sendo 279.610 diocesanos e 128.262 do clero religioso com diminuição substancial na Europa, seguida da América e da Oceania, aumentando na África e Ásia. Há 49.176 diáconos casados permanentes (aumentos nas Américas e Oceania). Existem 109895 seminaristas maiores e 95.714 seminaristas menores (aumentos na África e Oceania). Entre os bispos vivos existem 239 cardeais sendo 129 eleitores com menos de 80 anos (em 10/03/2024). Os cardeais não votantes são 110 com mais de oitenta anos. Patriarcas do Oriente e Ocidente somam doze (ativos e eméritos). Os abades territoriais nullius são dezenove. Os arcebispos são 1.130. Os bispos diocesanos (incluídos os prelados e bispos auxiliares) somam 4.328. Nove monsenhores desistiram da ordenação episcopal. Administradores apostólicos somam 33. Prefeitos apostólicos são onze. Superiores sui Iuris 13. Atuam na Cúria Romana 23 monsenhores sem possuir a sagração episcopal. Os bispos considerados cismáticos são nove. Os bispos que abandonaram o ministério episcopal ou foram laicizados são onze vivos. Os ordinários de rito anglicano são atualmente quatro. Os novos batizados são treze milhões a cada ano.
Programa reformador do bispo de Roma: O Papa Francisco assume o Evangelho no formato do diálogo poliédrico: “Exige-se a toda a Igreja uma conversão missionária: é preciso não se contentar com um anúncio puramente teórico e desligado dos problemas reais das pessoas (AL 201)”. Francisco quer a ação permanente de Igreja em saída: “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação (EG 27)”. A Encíclica Social intitulada Fratelli Tutti coloca nos números finais os desafios para os crentes e fieis das religiões: “n. 278. Chamada a encarnar-se em todas as situações e presente através dos séculos em todo o lugar da terra – isto mesmo significa «católica» –, a Igreja pode, a partir da sua experiência de graça e pecado, compreender a beleza do convite ao amor universal.
Com efeito, «tudo o que é humano nos diz respeito (...); onde quer que as assembleias dos povos se reúnam para determinar os direitos e os deveres do homem, sentimo-nos honrados, quando no-lo permitem, tomando lugar nelas». Para muitos cristãos, este caminho de fraternidade tem também uma Mãe, chamada Maria. Ela recebeu junto da Cruz esta maternidade universal (cf. Jo 19, 26) e cuida não só de Jesus, mas também do «resto da sua descendência» (Ap 12, 17). Com o poder do Ressuscitado, Ela quer dar à luz um mundo novo, onde todos sejamos irmãos, onde haja lugar para cada descartado das nossas sociedades, onde resplandeçam a justiça e a paz. N. 279. Como cristãos, pedimos que, nos países onde somos minoria, nos seja garantida a liberdade, tal como nós a favorecemos para aqueles que não são cristãos onde eles são minoria. Existe um direito humano fundamental que não deve ser esquecido no caminho da fraternidade e da paz: é a liberdade religiosa para os crentes de todas as religiões.
Esta liberdade manifesta que podemos «encontrar um bom acordo entre culturas e religiões diferentes; testemunha que as coisas que temos em comum são tantas e tão importantes que é possível individuar uma estrada de convivência serena, ordenada e pacífica, na aceitação das diferenças e na alegria de sermos irmãos porque filhos de um único Deus”. Publicada em 19 de março de 2022 a Constituição Apostólica “Praedicate Evangelium”, com a reforma da Cúria Romana priorizando a Evangelização. São esperadas mudanças na formação dos clérigos e dos seminários maiores. O tema da sinodalidade apresenta horizontes de mudanças profundas na comunhão das igrejas. A Igreja na Alemanha sugere padres casados, diaconisas e ampla participação do povo de Deus nas decisões eclesiais. Uma nova relação entre homens e mulheres na Igreja precisa superar a misoginia e o patriarcalismo estruturais. Reforma interior pela santidade na coerência do Evangelho e reforma exterior na vivencia de Igreja ministerial e participativa onde absolutamente ninguém é excluído. Reforma da alma e do corpo.
Inscrições no Martiriologium Romanum: Papa Francisco reconheceu publicamente 911 santos (em 16 cerimônias) e 1.460 beatos, inscritos no Martyriologium Romanum (até março de 2023). Há canonização de religiosa argentina prevista para breve. O papa Bento XVI inscreveu 45 santos (em 10 cerimonias) e 869 beatos. O Papa São João Paulo II havia incluído na lista canônica 483 santos (em 50 cerimônias) e 1.341 beatos. O papa São Paulo VI canonizou 86 santos (21 cerimônias). O papa São João XXIII canonizou dez santos (em sete cerimônias) e inscreveu quatro beatos no livro da Igreja Católica. O papa Pio XII canonizou 34 santos (em 20 cerimônias).
O papa Pio XI canonizou 36 santos em 17 cerimonias. O papa Bento XVI canonizou 3 santos em duas cerimonias. O papa Pio X canonizou 32 santos em duas cerimonias. O papa Leão XIII canonizou 149 santos em 4 cerimônias. O papa Pio IX canonizou 63 santos em duas cerimônias. Papa Francisco canonizou o papa Paulo VI e o bispo mártir salvadorenho dom Oscar Romero em outubro de 2018. Também canonizações de mártires da América Latina, África e Ásia perseguidos nas cinco últimas décadas do século XX por ditaduras de direita e de esquerda. Proclamou em 2019 a beatificação do bispo argentino dom Enrique Angel Angelelli, assassinado pela ditadura em 1977.
O Brasil celebrou a canonização de irmã Dulce Lopes Pontes em 13 de outubro de 2019, durante o Sínodo da Amazônia. O decreto da Congregação para as Causas dos Santos assinado pelo Papa em 25 de novembro de 2021 autorizou o reconhecimento das virtudes heroicas de seis novos Servos de Deus. Além de ser reconhecidas as virtudes heroicas da brasileira Odette Vidal, fiel leiga; nascida em 18 de fevereiro de 1931 no Rio de Janeiro e falecida em 25 de novembro de 1939, foram também reconhecidas as virtudes heroicas dos Servos de Deus: Padre Tonino Bello, Bispo de Molfetta; nascido em 18 de março de 1935 em Alessano (Itália) e falecido em 20 de abril de 1993 em Molfetta (Itália); João de Jesus Maria (nome de nascimento: João de San Pedro e Ustarroz), sacerdote professo da Ordem dos Carmelitas Descalços; nascido em 27 de janeiro de 1564 em Calahorra (Espanha) e falecido em 28 de maio de 1615 em Monte Compatri (Itália); Giorgio Guzzetta, Sacerdote da Confederação do Oratório de São Felipe Neri; nascido em 23 de abril de 1682 em Piana dei Greci (hoje Piana degli Albanesi, Itália) e falecido em 21 de novembro de 1756 em Partinico (Itália); Natalina Bonardi (nome de nascimento: Maria), fundadora da Congregação das Irmãs de Santa Maria de Loreto; nascida em 4 de dezembro de 1864 em Cuneo (Itália) e falecida em 25 de julho de 1945 em Vercelli (Itália); Maria Dositea Bottani (nome de nascimento: Maria Domenica), Superiora Geral da Congregação das Irmãs Ursulinas da Imaculada Virgem Maria de Gandino; nascida em 31 de maio de 1896 em Pianca (Itália) e falecida em 2 de setembro de 1970 em Bérgamo (Itália). Também serão declarados Santos pelo reconhecimento do milagre atribuído à sua intercessão: beato Tito Brandsma (nome de nascimento: Anno Sjoerd), sacerdote professo da Ordem dos Carmelitas, e também jornalista, nascido em 23 de fevereiro de 1881 em Bolsward (Holanda) e morto em ódio à fé em 26 de julho de 1942 em Dachau (Alemanha); beata Maria de Jesus (nome de nascimento Carolina Santocanale), fundadora da Congregação das Irmãs Capuchinhas da Imaculada de Lourdes; nascida em 2 de outubro de 1852 em Palermo (Itália) e falecida em 27 de janeiro de 1923 em Cinisi (Itália); Serão beatificados por reconhecimento do martírio os Servos de Deus: Henry Planchat, sacerdote professo do Instituto dos Religiosos de São Vicente de Paulo, Ladislau Radigue e três companheiros, sacerdotes professos da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, e da Perpétua Adoração do Santíssimo Sacramento; mortos em ódio à fé em 26 de maio de 1871 em Paris (França). Canonização de Charles de Foucauld e seis beatos em Roma em 15 de maio de 2022 (fonte: https://www.causesanti.va/it/celebrazioni.html). A beatificação do Servo de Deus, o Papa João Paulo I ocorreu na Basílica de São Pedro em 04 de setembro de 2022 às 10h30. Foi incluído o brasileiro Franz de Castro Holwarth, advogado da APAC, na lista dos veneráveis em 17 de dezembro de 2022. O Brasil conta com 37 santos canonizados, 54 beatos reconhecidos, 27 veneráveis e 100 Servos de Deus. Há 134 processos em curso na Congregação para os santos, no Vaticano. Nem todos são brasileiros natos, mas atuaram pastoralmente no Brasil. Esperamos para breve as beatificações de dom Helder e de dom Luciano Mendes de Almeida.
♦ 32 viagens internas na Itália do papa Francisco até 10/03/2024:
♦ Três visitas em 2013: Lampedusa em 08 de julho; Cagliari em 22 de setembro e Assis em 04 de outubro;
♦ Quatro visitas em 2014: Campobasso e Isernia em 05 de julho; Caserta em 26 de julho; Cassiano all´Ionio em 21 de junho e Redipuglia em 13 de setembro;
♦ Três visitas em 2015: Prato e Firenze em 10 de novembro, Turim, 21 e 22 de junho e Pompeia e Nápoles em 21 de março;
♦ Duas visitas em 2016: Assis em 04 de agosto e Assis em 20 de setembro;
♦ Cinco visitas em 2017: Milão 25 de março, Carpi 02 de abril, Genova 27 de maio, Bozzolo e Barbiana 20 de junho; Cesena e Bolonha 01 de outubro;
Cinco visitas em 2018: Pietrelcina, diocese de Benevento, e San Giovanni Rotondo, diocese de Manfredonia-Vieste-San Giovanni Rotondo, para celebrar os 50 anos da morte de São Pío de Pietrelcina, em 17 de março; Região de Puglia, em Alessano-Lecce, na diocese de Santa Maria de Leuca, e Molfetta, para celebrar os 25 anos da morte de Dom Tonino Bello,em 20 de abril; Nomaldelfia, na Toscana, para encontrar a comunidade fundada por padre Zeno Saltini e Loppiano (Florença) na cidade internacional do Movimento dos Focolares em 10 de maio; Bari em 07 de julho; diocese de Piazza Armerina e Palermo para celebrar o 25° Aniversário de Morte do Beato Pino Puglisi, em 15 de setembro;
Cinco visitas em 2019: Santuário de Loreto em 25 de março, quando assinou o documento pós-sinodal para a juventude: Cristo vive!; Camerino, 16 de junho; Nápoles, em 20 de junho; Albano em 21/09/2019; e Greccio em 01 de dezembro, onde assinou a carta apostólica Admirabile signum, sobre o valor do presépio.
Duas visitas em 2020: Bari por ocasião do Encontro de Reflexão e espiritualidade: Mediterrâneo, fronteira de paz, em 23 de fevereiro. Havia sido programada a visita em 24 de maio para Acerra, mas foi postergada pela pandemia do COVID-19. Visita realizada para Assis em 03 de outubro, para assinar a Encíclica Fratelli Tutti.
Nenhuma visita interna em 2021 por conta da pandemia de COVID19. A visita para Florença (Firenze) para o encontro entre os bispos e os/as prefeitos/as da Bacia do Mediterrâneo foi desmarcada pelo papa por problemas graves de dor na articulação dos joelhos.
Realiza três visitas pastorais em 2022. Em 28/08/2022 visita pastoral à cidade italiana de L'Aquila para a celebração do perdão Celestino: o Papa saúda as famílias das vítimas do terremoto de 2009 e celebra missa na Basílica de Santa Maria de Collemaggio, com o rito de abertura da Porta Santa.
Visita em Assis em 24/09/2022, para participar do evento: Economia de Francisco, e Matera, domingo, 25/09/2022, no encerramento do Congresso Eucarístico Nacional.
O papa Francisco visitou Asti, Itália, em 19/11/2022 quando da celebração de 90 anos da prima Daniela di Tiglione. Nenhuma visita em 2023 e 2024 dentro da Itália.
Programada visita para Verona em maio 2024.
44 viagens internacionais até 10/03/2024: Francisco esteve em 60 países: Começou pelo Brasil de 22 a 29/07/2013; Jerusalém-Israel, Palestina-Cisjordânia e Amã na Jordânia (24 a 26/05/2014), Coreia do Sul (13 a 18/08/2014), Albânia (21/09/2014), França (Estrasburgo, Parlamento Europeu, em 25/11/2014), Turquia (28 a 30/11/2014), Sri Lanka e Filipinas (12 a 19/01/2015), Bósnia-Herzegovina, Sarajevo em 06/06/2015, Equador, Bolívia e Paraguai (05 a 13/07/2015), Cuba e Estados Unidos e sede da ONU (19 a 28/09/2015), Quênia, Uganda e República Centro Africana (25 a 30/11/2015), México (12 a 18/02/2016), Lesbos, na Grécia em 16/04/2016, Armênia em 24-26/06/2016, Polônia, durante a JMJ de 27 a 31/07/2016, Geórgia e Azerbaijão de 30/09 a 2/10/2016, Suécia de 31/10 a 01/11/2016, Egito, 28-29 abril de 2017, Fátima, em Portugal, 12-13 de maio de 2017, Colômbia, 06 a 11 de setembro de 2017; Bangladesh e Myanmar, 27/11a 02/12/2017; Chile e Peru, 15 a 21/01/2018; Conselho Mundial de Igrejas em Genebra, Suíça em 21 de junho de 2018; Irlanda, ao Encontro Mundial das Famílias, 25 a 26 de agosto de 2018; Lituânia, Estônia e Letônia, 22 a 25/09/2018; Panamá de 23 a 28 de janeiro de 2019 para a XXXIV Jornada Mundial da Juventude; Emirados Árabes Unidos, 3 a 5 de fevereiro de 2018; Marrocos 30 e 31 de março de 2019; Bulgária e Macedônia do Norte, de 05 a 07/05/2019; Romênia 31/05 a 02/06/2019; Moçambique, Madagascar e Ilhas Mauricio entre 04 e 10 de setembro de 2019; Tailândia e Japão entre 20 a 26 de novembro de 2019. Nenhuma visita em 2020 por conta da Pandemia do COVID-19. Visita ao Iraque de 5 a 8 de março 2021 (a primeira de um papa à terra de Abraão!). Em 12 de setembro de 2021 visita a Budapeste, Hungria para presidir a missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional e por extensão visita para a Eslováquia de 12 a 15 de setembro. De 2 a 6 de dezembro de 2021, viagem para Chipre e Grécia (é a segunda vez do papa em Lesbos), para visibilizar o tema da migração (35ª. Viagem). Entre 2 e 3 de abril de 2022, visita a Malta passando por La Valletta, Rabat, Floriana e ilha de Gozo. Visita ao Canadá entre 24 e 30 de julho de 2022 (37ª. Viagem). Realiza a 38ª viagem para o Cazaquistão em 13/09/2022. Viagem 39ª ao Bahrein de 3 a 6 de novembro de 2022. Realizada a 40ª Viagem internacional para República Democrática do Congo de 31/01 a 03/02/2023 e ao Sudão do Sul de 3 a 5 de fevereiro de 2023. Realizou a 41ª Viagem Apostólica à Hungria de 28 a 30 de abril de 2023. Viagem número 42ª para Lisboa, Cascais, Fátima, em Portugal de 2 a 6 de agosto por ocasião da XXXVII Jornada Mundial da Juventude (com 1,5 milhão de participantes na missa conclusiva) e visita ao Santuário de Fátima. Viagem 43ª realizada entre 31/08 e 04/09/2023 a Mongólia. Em 22 e 23 de setembro 44ª viagem para Marselha, França, na conclusão dos “Rencontres Méditerranéennes”. Para 2024 há visita agendada para Bélgica, e duas pendentes sem agenda: Polinésia e Argentina. Estas viagens foram postergadas: Líbano; Santiago de Compostela; Kosovo, Indonésia, Timor Leste, Coreia do Norte, Montenegro. Está marcada a J.M.J. para 2027 em Seoul, Coreia. Viagem para Moscou paralisada pela guerra imposta por Vladimir Putin com o apoio do patriarca ortodoxo russo Kyril, contra a soberania e a liberdade do povo da Ucrânia. Viagem para Beijing (Pequim), China no horizonte. Há convite para a COP30. Saiba mais.
Discursos, homilias e textos até 17/12/2023: Ele pronunciou 2.074 discursos e 490 homilias. Escreveu CINCO exortações apostólicas: Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho) publicada em 24/11/2013; Amoris Laetitia (A alegria do amor) em 08/04/2016; Gaudete et Exsultate em 19/03/2018 sobre a Santidade; Christus Vivit, para a Juventude, em 25/03/2019; Querida Amazônia em 12/02/2020 e C´est la confiance, em 15/10/2023. Assinou 39 constituições apostólicas, 271 cartas, uma bula sobre o ano jubilar de 2015, 95 cartas apostólicas, 522 mensagens pontifícias, 70 motu próprios. Convocou nove consistórios para criação de 142 cardeais. Acolheu milhares de peregrinos em 465 audiências gerais, presidiu 790 celebrações na Casa Santa Marta com as respectivas meditações cotidianas publicadas – suspensas a partir de 2020 por conta da pandemia de COVID19, ofertou 18 bênçãos Urbi et Orbi e rezou 609 Ângelus e Regina Caeli das janelas do Vaticano. Realizou o Ano da Misericórdia em 2016. Escreveu TRÊS encíclicas: Lumen Fidei, publicada em 29/06/2013; Laudato Si’, em 18/06/2015 e, Fratelli Tutti em 03/10/2020. Presidiu cinco sínodos da Igreja universal, celebrados no Vaticano (Família 2014; Família 2015; Jovens, fé e discernimento vocacional em 2018; Pan-Amazônia em 2019 e sobre a Sinodalidade em 2023 e outro em outubro de 2024). Realizou um ano dedicado à Vida Consagrada (2015-2016) e, em 2020 dedicou o ano todo a São José publicando o documento Patris Corde. Os anos 2021-2022 foram dedicados à família em sintonia com a Exortação Amoris Laetitia. Em outubro de 2024 teremos a etapa derradeira da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos "Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão", em Roma, em processo histórico e espiritual inédito. Este é o trigésimo encontro sinodal desde o primeiro, convocado em 1967, pelo papa São Paulo VI. Lançamento de motu próprio sobre a liturgia: Traditionis Custodes, em 2021 estabelecendo as diretrizes para quem rejeita o Concílio Vaticano Segundo e se escuda no rito do integrismo litúrgico. Convocou o Ano Santo para 2025, terceiro do novo milênio. Publicou a Constituição Apostólica “Praedicate evangelium” com a reforma da Cúria Romana. Seu foco atual é enfrentar as guerras espalhadas pelo mundo, produzidas pela indústria de armas e governos totalitários, com ênfase nos sofrimentos dos povos ucraniano e palestino sem olvidar os povos africanos.
Ecumenismo e diálogo inter-religioso: Francisco realizou gestos de grande amor ecumênico junto aos irmãos luteranos, na celebração dos 500 anos da Reforma. Também junto aos ortodoxos russos e ao patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, chamado por ele carinhosamente de “meu irmão André”. Manteve encontros frequentes com o primaz da Igreja Anglicana, Justin Welby. O papa Francisco propôs três chaves para avançar no caminho comum dos cristãos e aprofundar o ecumenismo: oração, testemunho e missão. Houve encontros fecundos com os irmãos menonitas, os pentecostais, os metodistas, os batistas, os reformados. Particularmente fecundo foi o encontro realizado no Vaticano com a atual moderadora do Comitê central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Agnes Abuom, e o secretário geral do mesmo organismo ecumênico, Rev. Olav Fykse, na manhã de 24/08/2017 em que fez uma oração comum pela unidade, pela paz e reconciliação das igrejas e dos povos. As pontes junto aos judeus, islâmicos, hindus e budistas têm sido edificadas com esmero e sabedoria. Francisco sabe que não haverá paz mundial sem paz entre as religiões. Visita como peregrino ao CMI celebrou os 70 anos da entidade ecumênica mundial. Importante encontro inter-religioso em Abu Dhabi, com os irmãos muçulmanos em fevereiro de 2019. As visitas ao Reino de Marrocos em março de 2019, ao Iraque em 2021 e ao Bahrein em 2022, estabeleceram salto qualitativo nas relações entre cristãos e islâmicos. Encontro com o patriarca Ortodoxo da Romênia em junho de 2019. Entrega de algumas relíquias dos ossos do Apóstolo Pedro para o patriarcado ecumênico de Constantinopla em 29 de junho de 2019, como um gesto extraordinário de comunhão entre as Igrejas Católicas e os patriarcados Ortodoxos. Assinatura de documentos inéditos com budistas na visita a Tailândia. Urge uma atualização dos bispos e clero para estar à altura de um mundo plural e multirreligioso. Retomar a Encíclica Ecclesiam Suam, do papa São Paulo VI é muito salutar. As Igrejas cristãs no Brasil deram um salto gigantesco na pregação e oração pela unidade, com a celebração quaresmal em 2021, da Campanha da Fraternidade Ecumênica, coordenada pelo CONIC. Encontro com o líder xiita em 06/03/2021 no Iraque, onde também aconteceu simbólico encontro inter-religioso em Ur, terra do patriarca Abraão. Tem atuando firmemente junto aos líderes cristãos e das religiões em favor da paz para a Ucrânia, invadida pelo imperialismo russo e sofrendo a interferência dos interesses imperialistas da OTAN, europeus e norte-americanos e o silêncio cúmplice da China imperialista. Fundamental a declaração assinada no Cazaquistão por líderes das religiões e o papa Francisco em 2022. A fraternidade universal impede proselitismo e quaisquer gestos ou palavras de intolerância. Verdadeira mensagem de paz e Evangelho de comunhão. Todos e todas filhos e filhas de Abraão.
Medidas inovadoras na Cúria Romana para fortalecer a comunhão universal dos bispos (colegialidade e sinodalidade) e a unidade ao bispo de Roma: Francisco alterou inúmeros procedimentos jurídicos ligados à questão da pedofilia entre os clérigos católicos; propôs novas funções dos serviços da Cúria Romana reagrupando dicastérios e alterando os seus diretores ampliando a presença de leigos e mulheres; limitou o número de títulos honoríficos na instituição católica; criou a comissão de controle do Instituto para as Obras de Religião (IOR) e balancetes transparentes das contas da Santa Sé; criou 121 novos cardeais (atuais 81 eleitores); publicou quatro estatutos alterando o formato dos secretariados romanos. Em função de sua firme decisão de reformar a Igreja tem sofrido pressão imensa dos quadros eclesiásticos da Cúria e de alguns episcopados que lhe oferecem resistência e em alguns casos até oposição, entre eles cardeais e alguns poucos bispos dos Estados Unidos da América, na Polônia, Espanha, um cardeal da China, bispos do Cazaquistão e a parcela dos bispos integristas em muitos países capitaneados por dois cardeais aposentados, Burke e Müller. O gesto mais significativo se concentrou na política de tolerância zero com os presbíteros e religiosos acusados de pedofilia em todo o planeta, em especial, nos Estados Unidos, Europa e Austrália e na expulsão do colégio de cardeais do norte-americano Theodore Edgar McCarrick. Caso recente de acobertamento de pedófilos por bispos chilenos resultou no pedido de demissão coletivo de todo o episcopado na ativa (34 bispos). Vários deles aposentados compulsoriamente. Acontecerá em 2021 a mudança de vários cardeais da Cúria. Espera-se uma reconfiguração profunda da Cúria para se tornar um serviço direto à Evangelização do planeta apoiando as igrejas locais. Processo penal para averiguar crimes de corrupção financeira em curso envolvendo alguns membros da Cúria e diretamente o cardeal Becciu. Novamente novo escândalo de pedofilia na Igreja da França com 216 mil vítimas de predadores sexuais do clero e leigos católicos, denunciadas pelo relatório Sauvé. São revelados casos estarrecedores na Nova Zelândia e na Espanha, a exigir comissões de investigação. Haverá a nomeação de um numero expressivo de cardeais para comandar os dicastérios. Proposta de Sinodo em 2023 e novo Ano Santo em 2025. Em 14 de fevereiro de 2022 lançou o Motu proprio "Fidem servare" onde o Papa Francisco modifica a estrutura interna da Congregação para a Doutrina da Fé com um Motu proprio, separando claramente as competências doutrinárias e disciplinares, com o estabelecimento de duas seções distintas e designando um secretário para cada uma. Portanto, o cardeal prefeito do Dicastério tem dois vices. Acaba de publicar em 19 de março de 2022 a Constituição Apostólica “Praedicate evangelium” com a reforma da Cúria Romana, dando prioridade total à Evangelização. Francisco explicita no documento qual é a função da Cúria Romana: “8. A Cúria Romana está ao serviço do Papa que, como sucessor de Pedro, é o princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade dos Bispos e da multidão dos fiéis. Em virtude deste vínculo, o trabalho da Cúria Romana está também em relação orgânica com o Colégio Episcopal e com os Bispos individualmente, e também com as Conferências Episcopais e suas Uniões regionais e continentais, e as estruturas hierárquicas orientais, que são de grande utilidade pastoral e exprimem a comunhão afetiva e efetiva entre os Bispos. A Cúria Romana não se coloca entre o Papa e os Bispos, mas coloca-se ao serviço de ambos na forma que é própria da natureza de cada um”.
Expectativas de paz e fraternidade do papa Francisco: Entre 21 a 24/02/2019 aconteceu um inédito encontro de 114 presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo, junto aos chefes dos dicastérios romanos, chefes das Igrejas de ritos Orientais, membros da Secretária de Estado, Superiores gerais de religiosos, no Vaticano, para propor e articular novas medidas contra a pedofilia e o acobertamento de crimes pelo clero católico e seus hierarcas. Em outubro de 2019 o Sínodo Extraordinário para a Amazônia, em Roma. A Reforma da estrutura burocrática da Cúria Romana desenhada pelo grupo de trabalho de cardeais deve ser promulgada. A questão das diaconisas e dos padres casados no rito latino recebeu uma ducha de água fria. Ainda será preciso rever os seminários de formação de novos padres para favorecer a ordenação de presbíteros missionários rompendo o clericalismo e o carreirismo predominantes. Os escândalos ainda estão presentes em muitos países. Em sentido esperançoso Francisco revisou o cânon que impedia mulheres de exercer os ministérios instituídos de leitor e acólito nas igrejas. A Alemanha avançou ainda mais escolhendo para secretária da Conferencia Episcopal uma mulher. Espera-se ampla mudança de quadros e funções em todos os dicastérios romanos em 2021, depois do escândalo financeiro do cardeal italiano Becciu (em processo judicial no Vaticano). Emergiram questões recalcadas nos últimos sessenta anos pós-conciliares: mulheres nos ministérios, homens casados como presbíteros no rito latino, maior liberdade na pesquisa teológica, aprofundamento das questões ligadas à sexualidade humana, bioética e o pós-humano, abertura para o pensamento complexo, a ampla questão ecológica, revisão do processo da escolha de bispos para o rito latino, aprofundamento do diálogo inter-religioso e, sobretudo o multilateralismo como característica diplomática do papa Francisco na construção do poliedro. Tem agido para proclamar o Evangelho da misericórdia que supere a rigidez e o clericalismo que matam e destroem a comunhão fraterna entre os batizados. Muitos burocratas tenderam criar uma inimizade e confronto entre Bento XVI, bispo emérito e o papa Francisco, com discursos e livros falaciosos.
Francisco e o Episcopado Brasileiro: Até 10/03/2023 dos atuais 482 bispos vivos no Brasil, contamos 316 na ativa e 166 eméritos. O papa Francisco já indicou 165 bispos ativos para a Igreja do Brasil, ou seja, 52,21% dos bispos católicos brasileiros na ativa. Já há dois eméritos de Francisco. Total de indicados pelo papa foram 167 bispos, com média de 15 por ano. Para o mundo católico o papa Francisco nomeou 1978 bispos até 10/03/2024 na média de 1479 por ano. Há 5653 bispos vivos neste momento.
Colégio de cardeais atualizado em 10/03/2024 - Os atuais cardeais eleitores são 129 de 67 países. Idade média dos eleitores é 71,5 anos. Os cardeais não eleitores são 110 com mais de oitenta anos. Total de 239 cardeais vivos de 91 países. O cardeal norte-americano McCarrick foi excluído do Colégio de cardeais e do ministério presbiteral, laicizado pelo papa Francisco por escândalos de pedofilia em 16/01/2019 e um italiano Becciu punido com 5 anos de prisão por corrupção ativa e escândalos financeiros.
Segundo a indicação dos diferentes papas quando da elevação ao cardinalato temos a atual composição no colégio de cardeais:
Papa São João Paulo II - 08 eleitores + 36 não eleitores = 44 cardeais vivos. Em todo o pontificado o papa polonês criou 231 cardeais. Faleceram 186 cardeais e um deles foi destituído e laicizado por crimes cometidos. Os eleitores nomeados por João Paulo são 6,2% de eventual conclave.
Papa Bento XVI – 27 eleitores + 37 não eleitores = 64 cardeais vivos. Em todo o pontificado o papa alemão criou 90 cardeais. Faleceram 26 cardeais. Os eleitores nomeados por Bento são 20,93% de eventual conclave.
Papa Francisco – 94 eleitores + 37 não eleitores = 131 cardeais vivos. Até o momento Francisco criou 142 cardeais em nove consistórios. Faleceram ONZE cardeais criados por Francisco. Um foi afastado dos eleitores por corrupção financeira (italiano Becciu). Os eleitores nomeados por Francisco são 72,87% de eventual conclave.
Do total de 239 cardeais vivos temos 58 purpurados oriundos de ordens religiosas ou Congregações (31 são cardeais eleitores e 27 não eleitores). Dentre os eleitores: cinco Salesianos de dom Bosco, cinco Jesuítas, sete franciscanos, dois dominicanos, um espiritano, um carmelita, um lazarista, um do instituto secular Pio X, um agostiniano, um redentorista, um do Instituto Voluntas Dei, um de Santo Sulpício, um comboniano, um da ordem cisterciense, um do Sagrado Coração, um Legionário de Cristo e um missionário da Consolata.
Há 12 cardeais bispos sendo cinco eleitores e sete não eleitores, 192 cardeais presbíteros sendo 104 eleitores e 88 não eleitores e 35 cardeais diáconos sendo 20 eleitores e 15 não eleitores. Total de 129 eleitores + 110 não eleitores = 239 cardeais vivos.
Resumo da ação do papa Francisco em quase onze anos de pontificado: Estes onze anos foram excelente fonte de oxigênio para os cristãos, abertura aos demais crentes e ponte de diálogo até mesmo junto aos ateus que buscam a verdade e a justiça. Francisco não vem para repetir fórmulas e brandir um bastão da lei, mas propôs a suavidade da misericórdia de Deus e o Evangelho vivo de Jesus, o Nazareno, filho de Maria Santíssima. Seu horizonte diário é a Igreja em saída. Quer o novo, em estilo missionário, nas fronteiras, como pastor de esperanças e alegrias, falando aos jovens, migrantes e refugiados com compromisso de cuidar do planeta Terra, a Casa Comum. Bebe das águas cristalinas do Evangelho no estilo de Francisco de Assis. Aguarda-se a aprovação de ministérios femininos, de modo urgente, as diaconisas. Recentemente foi organizado o ministério dos/as catequistas em todas as dioceses do mundo e inúmeros ministérios laicais instituídos. Propõe como modus operandi aos bispos: a misericórdia e não mais o bastão da rigidez e do poder clerical. Tem sofrido forte oposição do clero católico em muitos países. A radicalidade de sua mensagem reside na prática ao lado dos empobrecidos que clamam a Deus e pedem amor aos que tem fé. Em nome de Deus, grita Francisco: Paz e bem! Basta da guerra contra o povo ucraniano. Basta de todas as guerras no planeta e contra a vida! Francisco toca a carne de Cristo em cada ser humano que pede amor, justiça e compaixão. Francisco quer que amemos a criação e todos os seres. Propõe o Evangelho da leveza e da esperança, na Igreja missionária ao lado dos migrantes e refugiados. Fala do Evangelho de Jesus com serenidade e coragem! Francisco assim disse ao povo da República Democrática do Congo em 01/02/2023: “Assim diz um provérbio: Quando comes a tâmara, vês a palmeira, mas quem a plantou, há muito tempo que voltou à terra. Por outras palavras, para se obter os frutos esperados, é preciso trabalhar com o mesmo espírito dos plantadores de palmeiras, pensando nas gerações futuras e não nos resultados imediatos. Semear o bem faz-nos bem: liberta da lógica estreita do ganho pessoal e dá de prenda a cada dia o seu porquê; traz à vida o respiro da gratuidade e torna-nos mais semelhantes a Deus, semeador paciente que irradia esperança sem nunca se cansar”.
Balancete com os dados disponíveis no site www.vatican.va.