Vestibular de Verão 2022: carreira em ascensão, Psicologia da PUC-SP entre os melhores cursos do país

por Mara Fagundes | 25/10/2021

Considerado o melhor do país entre as universidades não-públicas e em quinto lugar na classificação geral, à frente até mesmo da USP (Ranking Universitário Folha/2019), o curso de Psicologia da PUC-SP oferece ao estudante uma formação equilibrada, que une teorias, técnicas, incentivo à pesquisa, prática profissional e debate crítico e reflexivo sobre o compromisso da ciência e da profissão. 

Com vasta área de atuação, em campos clínicos, educacionais, assistenciais, esportivos, jurídicos, empresariais, de saúde, de trânsito, de meio ambiente entre outros, trata-se de uma profissão em plena ascensão.

“Devido à pandemia da Covid-19, a Psicologia tem sido muito solicitada no campo da saúde mental, na área das avaliações, relações sociais, minorias e desigualdades. Houve uma procura maior pelo trabalho do psicólogo, vários grupos se organizaram para atendimento online, emergencial e gratuito.

Além disso, posso afirmar que mesmo diante deste contexto difícil que atravessamos, não houve desistência por parte dos alunos e a procura pelo curso se manteve, o que confirma sua excelência”, afirma o coordenador de Psicologia, professor Claudinei Affonso.

A graduação, que manteve as cinco estrelas no Guia da Faculdade 2021, conta com a Clínica Psicológica Ana Maria Poppovic, que oferece condições para estágios acadêmicos em atendimento à saúde mental da população, e com o Laboratório de Psicologia Experimental, utilizado para aulas práticas de Psicologia Comportamental, bem como para atividades de estudo e pesquisa voltadas ao desenvolvimento do conhecimento científico na área. 

Os alunos também podem optar por estágios supervisionados em instituições e serviços diversos com os quais o curso mantém parceria, como hospitais, escolas e comunidades.

 

Ex-alunos de Psicologia em destaque na profissão

Marcio Gagliato - formou-se em 2007, é Consultor Global junto à Organização das Nações Unidas (ONU), especialista em ajuda humanitária internacional

“O curso de Psicologia ofereceu um ambiente acadêmico plural importante. Ali naveguei uma série de áreas de conhecimento, frequentemente dialogando com a realidade cotidiana dos desafios e contradições das desigualdades ao nosso redor. Motivei e fui motivado na universidade a construir essas pontes de diálogo, me recordo um dos projetos “solidariedade: desejo ou culpa?” que organizamos, nós estudantes, com apoio dos docentes. Sementes foram ali plantadas, lembro de questões desse projeto que desde então continuam comigo até hoje, e se atualizam no exercício da minha profissão.

Na minha carreira, devo muito a tantos, entre estes, certamente a PUC-SP. Tanto nas suas excelências quanto nas contradições. Entrei na PUC-SP como um certo “menino do interior” (sou natural de Marilia/SP) e saí para enfrentar um mundo complexo. Tenho um carinho genuíno por todos os anos que ali passei, principalmente pelo corpo docente que mesmo naquela tenra idade, estabeleci verdadeiras relações de amizade que perduram até hoje, seja no cotidiano, ou na lembrança. A PUC-SP me deu condições de crescer muito e vejo como privilégio ter tido a oportunidade de circular em tais corredores (a propósito, meus dois lugares preferidos: o Pátio da Cruz e a Capela da PUC-SP). Claro, dependia muito de nós – discentes – aproveitarmos o que ela oferecia também, e considero que aproveitei. Vale lembrar duas experiências específicas que foram oferecidas e que praticamente me lançaram para uma trajetória profissional sólida. Foi o projeto de cooperação da PUC-SP com Timor-Leste, em 2004, onde por lá fiquei por seis meses, e um outro que foi um salto mais ambicioso ainda, o de ter recebido, via PUC-SP, uma bolsa em Direitos Humanos pela Universidade de Columbia (NY), que fui selecionado após uma banca de seleção com Oscar Vilhena e Flávia Piovesan, nomes que dispensam apresentações.

Toda minha trajetória profissional, desde que me formei, tem sido atuando no campo de ajuda humanitária internacional, em uma área hoje descrita internacionalmente como Saúde Mental e Apoio Psicossocial (SMAPS) em emergências humanitárias.

Passei muitos anos vivendo e atuando nos contextos de crise em mais de 15 países ao redor do mundo, alguns deles praticamente inacessíveis hoje em dia por conta dos conflitos internos, como Líbia, Síria ou ainda a Faixa de Gaza. Trabalhei com organizações internacionais, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, agências das Nações Unidas, com UNICEF e OIM, ou ainda a mais recente, na Organização Mundial da Saúde, em Genebra (no setor de Saúde Mental).

Hoje, atuo como Conselheiro Global na construção técnica de políticas e diretrizes internacionais sobre o setor SMAPS junto às Nações Unidas e acabo de receber um convite muito especial de me tornar agora, em 2021, um dos co-diretores do mais antigo curso global sobre esse setor (Mental Health in Complex Emergencies) na Universidade de Fordham, dos Estados Unidos, formando líderes internacionais para um mundo com desafios humanitários cada vez maiores e complexos”.

Gabriel Puopolo de Almeida - formou-se em 2004, é instrutor de Psicologia na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Academy

“Estudei Psicologia na PUC-SP entre os anos de 2000 e 2004. Muito mais do que o acesso às teorias, técnicas e instrumentos dessa área do conhecimento, encontrei ali um espaço que me ajudou a pensar como um psicólogo, me estimulando a expressar minhas opiniões de forma embasada, porém livre. A PUC-SP me ajudou a “conectar os pontos”, incentivando a unir o individual e o coletivo, o privado e o social. Me deu base para poder exercer a psicologia com autonomia, porém sem nunca perder o senso de responsabilidade, tanto para com a própria profissão como para com as comunidades com as quais vim a trabalhar. Mesmo depois de tantos anos, continuo notando a força do impacto dessa formação na minha atuação. Como clínico e como psicólogo do esporte, percebo o quanto a variedade de abordagens com as quais tive contato e a liberdade do pensar me auxilia a lidar com a diversidade da experiência humana, seja no consultório ou nos grupos com os quais trabalho.

Atualmente, sou instrutor de Psicologia na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Academy, psicólogo clínico (Psicanálise Reichiana), psicólogo do esporte (futebol), professor do Instituto Sedes Sapientiae e trainer do Instituto de Análise Bioenergética de São Paulo)”.

 

Ex-aluna fala sobre o curso e a experiência de intercâmbio na Finlândia 

Maria Beatriz Baggio Zanetti Nucci de Oliveira - formou-se em 2020

“Fiz meu intercâmbio no segundo semestre de 2019 e me formei em Psicologia no final de 2020. Fiz um ano a mais de faculdade e valeu muito a pena para ter a experiência do intercâmbio em Oulu, na Finlândia. Não estudei matérias diretamente relacionadas a Psicologia, porém consegui expandir meus estudos em Cultura e Antropologia, áreas que tem muita intersecção com o curso. As aulas me trouxeram a oportunidade de refletir acerca das aplicações da minha área em um outro país e o quanto nossa atuação é plural. Me ajudou a entender na prática como os costumes, hábitos e clima atuam e afetam diferentemente a saúde mental das pessoas em outros lugares do mundo, depois de  anos entrando em contato com todas as peculiaridades da atuação no Brasil. Só de entrar em contato com uma língua diferente, que tem 9 palavras diferentes para neve, por exemplo, já dá pra sentir na prática que a construção de repertórios é completamente distinta do Brasil. Além de ter me trazido uma perspectiva mais ampla sobre a aplicação da Psicologia, houve um crescimento pessoal único que levo não só para a minha vida, mas também para a minha atuação, pois foi com o intercâmbio que me apaixonei novamente pela Psicologia, e a PUC-SP foi importantíssima nesta experiência.

O curso de Psicologia da PUC-SP é completo no que diz respeito a fazer os alunos entrarem em contato com as diferentes abordagens da área, proporcionando diversas experiências e conteúdo para que, independente da abordagem escolhida para atuação, o estudante se transforme em um excelente profissional. Junto com isso, a graduação oferece diversas aulas que ajudam e impulsionam a construção de um pensamento e atuação críticos, colocando os estudantes para entrarem em contato na prática com o que vemos em sala de aula. Não vou mentir que é um curso puxado, que exige bastante tempo disponível para estudos e estágios, exigindo que os estudantes tomem muito cuidado consigo mesmo, até mesmo por conta dos conteúdos que entramos em contato. Porém, ainda assim é um curso que incentiva os estudantes a serem profissionais éticos, críticos e plurais”.

O curso na visão de uma aluna

Isabella Cordelino - aluna do oitavo semestre

“Eu acho um curso com uma excelente matriz curricular e corpo docente, um dos poucos de Psicologia que estimula o pensamento crítico. A escolha pela PUC-SP se deu pela ênfase em psicanálise e justamente pelo grande estímulo ao pensamento crítico, tanto na Psicologia enquanto ciência, quanto em questões políticas e sociais que, claro, tangenciam a prática profissional, mas que atingem a sociedade como um todo.

Ainda não trabalho, mas além dos professores incentivarem a busca por estágios e trabalhos voluntários, também divulgam vagas e sempre dão dicas sobre a inserção do aluno no mercado de trabalho. 

Ao longo da graduação temos disciplinas muito abrangentes, que acabam contribuindo com um panorama geral sobre a Psicologia, algo que não vemos em diversas outras faculdades”.

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