PUC-SP na Mídia: Por que medalha de Nossa Senhora das Graças é "milagrosa"?
Participação do prof. Felipe Cosme Damião Sobrinho (Teologia)
Uma viagem histórica através da moda e seu papel na sociedade foi a proposta do evento “Mulher, Moda e Liberdade: Um olhar feminista do papel reivindicativo da roupa, que aconteceu online na noite da última terça-feira (28/11).
A atividade, promovida pelo Inanna - Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa sobre Sexualidades, Feminismos, Gênero e Diferenças (NIP-PUC-SP), teve como proposta uma reflexão sobre a importância de iniciativas de moda inclusiva na ressignificação do papel da mulher, em sua constante luta contra estruturas de poder patriarcal e heteronormativo, bem como as relações entre moda e feminismo.
Apresentado pela maquiadora e doutoranda em Psicologia Social Vanessa Rozan, o evento contou com a presença da coordenadora do Inanna, profa. Carla Cristina Garcia (Ciências Sociais), do stylist, figurinista, estilista, apresentador e diretor criativo Dudu Bertholini, a jornalista Renata Rossina e a estilista e pesquisadora Jamile Souza, mestre em Psicologia Social pela PUC-SP.
Berthollini iniciou o encontro falando sobre a moda como estratégia na luta pela emancipação feminina. “A moda é um grande sistema de renovação permanente, que traduz os nossos desejos coletivos. Ela está presente em tudo, não apenas nas roupas”.
A profa. Carla falou sobre o tema do encontro abordando o caminho que vem sendo abordado pela moda e a liberdade. “As mulheres eram e continuam sendo as grandes exploradas pelo capitalismo da indústria têxtil. A vida de uma costureira por produção continua a ser tão horrível como era a 50 anos atrás”.
Tendo como tema a vestimenta como ferramenta de controle ou perigo para o guarda-roupa feminino ao longo da história da indumentária, Renata falou de como as mulheres eram vítimas da moda antes das tendências. “Quando hoje, a gente fala sobre o feminismo é preciso olhar para o passado para entender como as mulheres evoluíram na moda, e utilizam o guarda-roupa para se expressar e de fato ocupar seus lugares na sociedade”.
Jamile encerrou a atividade falando sobre as maneiras de vestir das sáficas (termo guarda-chuva que engloba não apenas as lésbicas, mas também bissexuais e outras orientações sexuais que sentem atração por mulheres, independentemente de ser exclusiva ou não. Ela falou sobre como elas tem questionado padrões estéticos e criado suas maneiras própria de vestir na história. “Nossos corpos vestidos, quebrando explicitamente as expectativas de gênero para resistir, escapando das normas para se comunicar, ou mesmo se a possibilidade de apreensão completa de nossas identidades, são transgressões por si só.”.
Confira evento na íntegra: