Jornal da PUC-SP

A Agência de Jornalismo Mauricio Tragtenberg (Agemt) foi fundada há aproximadamente 15 anos. A iniciativa surgiu após a exigência do Ministério da Educação (MEC) para que houvesse um espaço voltado ao exercício da prática jornalística na Universidade.

Todo o conteúdo da agência é desenvolvido por alunos voluntários. De acordo com o prof. Cristiano Franco Burmester (Jornalismo), um dos coordenadores do projeto, os discentes recebem certificados que comprovam as horas trabalhadas para crédito que podem ser usados com atividades complementares, estágio não remunerado ou práticas profissionais - que também são exigências do MEC para o curso de Jornalismo. Cristiano também comenta que, apesar do projeto ser voltado para comunicação, alunos de outros cursos também podem participar.

“Prioritariamente a agência é um espaço para a atuação dos alunos de jornalismo, mas estamos abertos para discentes de outros cursos que tenham interesse em colaborar produzindo matérias sobre diferentes temáticas”, comenta. Os alunos precisam ter cursado uma disciplina em redação ou gêneros jornalísticos. O modelo de estágio não remunerado é voltado apenas para estudantes de Jornalismo que estão no 7º ou 8º período.

Luan Leão, aluno do 6º semestre de Jornalismo, entrou na agência quando estava no 2º semestre do curso. "A Agemt me ganhou pela possibilidade de produção mais intensa do dia a dia, tem espaço para matérias especiais, mas também cabe o diário. Passei de editor de economia, internacional, esportes, e agora estou como editor-assistente. O projeto me permitiu um portfólio em diversas áreas, e uma experiência um pouco mais de 'redação'. O espaço é bom porque aprendemos com a prática, então, não é só sobre o conteúdo, mas também o formato, as escolhas", comenta.

De acordo com o prof. Aldo Quiroga (Jornalismo), também coordenador do projeto, o objetivo da Agemt como um dos veículos laboratoriais do curso de Jornalismo da PUC-SP é dar aos estudantes a vivência de uma agência de notícias online. “Fazemos reuniões de pauta, incentivamos a diversidade de fontes e a resposta rápida aos fatos que interessam à agência. Quem participa faz pautas, reportagens, entrevistas, fotografias e também edição do material. Além das habilidades próprias do fazer jornalístico, um ambiente solidário permite a interação entre estudantes de diferentes semestres no simulacro de uma redação real”, afirma.

Cristiano reitera que a seriedade do trabalho dos discentes já permitiu a cobertura de eventos importantes, como debates para eleições presidenciais, sessões na Câmara dos Vereadores e Assembleia Legislativa, eventos esportivos da NBA e de futebol, São Paulo Fashion Week, Bienal do Livro, entre outros. “A Agemt permite aos alunos uma experiência de fazer jornalístico com autonomia e comprometimento. Alunas e alunos se organizam em grupos de trabalho - editorias - e produzem conteúdo sobre o cotidiano da sociedade. Não é difícil observar como o prazer pelo fazer que o grupo adquire tem reflexo no debate acadêmico e na inserção no mercado de trabalho”, finaliza.