Jornal da PUC-SP

Por Bruno Marcelo da Silva, estudante de Publicidade e Propaganda

Os alunos de Comunicação Social: Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) entrevistaram o professor e doutor em Educação Mário Sérgio Cortella, para o projeto multi curricular. O grupo está desenvolvendo uma revista digital e interativa (STUDYLINE) que aborda os cotidianos e estereótipos da educação remota e seus desdobramentos.

A revista foi encabeçada pelos universitários Bianca Tardini, Bruno Marcelo, Júlia Lima, Mariana Petrochi, Thales Ferreira e Pedro Cézar e tem orientação dos professores Douglas Canjani e Patricia Kiss pela disciplina (MLCC), além dos demais professores do curso. Ao fechar o tema o grupo conta que imediatamente pensou no Cortella. Conseguindo a entrevista, os alunos propuseram um bate-papo sobre o assunto onde abordaram principalmente os desdobramentos sociais que o ensino remoto ocasionou, visto que o filósofo tem um amplo domínio e repertório a respeito para agregar ao projeto.

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo adota em sua metodologia unidades curriculares ao invés de matérias, dessa forma consegue interligá-las e  proporcionar um aprendizado mais integrado. O projeto inter curricular engloba todas as unidades curriculares do semestre, cada uma contribuindo com uma parte; já o semestre tem como tema os estereótipos e cotidianos aplicados nas unidades de publicidade e propaganda.

No bate-papo foi conversado sobre a dificuldade de manter a atenção dos alunos em aula; como os mesmos vem lidando com a situação; o novo meio de convívio social que foi criado; as dificuldades enfrentadas; a readaptação com um nivelamento e o retorno ao ensino presencial que como dito pelo mesmo "É preciso um projeto para o recolhimento". De acordo com o professor, o ensino remoto ainda precisa se adaptar para ser presente. "Alguns colegas meus disseram em vários momentos 'Professor aprendemos duas coisas com a pandemia e o ensino remoto: a primeira é que a gente mais idoso não é tão ruim para aprender a lidar com tecnologia e a segunda é que crianças e jovens não são tão bons para o uso de tecnologia", comentou Cortella sobre conversa com amigos que estão vivenciando o ensino remoto.

Para o grupo de alunos do 1º semestre, um dos maiores desafios foi elaborar perguntas à altura de Cortella e conseguir prender a atenção do mesmo, sem perguntas clichês. Além de todo o nervosismo envolvido por entrevistarem um dos maiores nomes da educação brasileira e para o controle certeiro do bate-papo, levando em direção às perguntas pautadas previamente.

Os mesmos ressaltam a extrema importância de terem conseguido a entrevista com o ex-integrante do corpo docente e aluno da PUC-SP "Sabíamos que Cortella trataria o tema de uma maneira dinâmica e sem clichês, prendendo a atenção do ouvinte do começo ao fim. Agregar o conhecimento crítico-social do professor ao nosso projeto foi um feito inédito, com isso iremos conseguir trabalhar conteúdos de maneira mais precisa e com olhar apurado sobre o tema".
Dado o sucesso da entrevista o grupo planeja seguir inovando e buscando fazer o que é considerável impossível para alguns. Segundo os mesmos, o projeto é um espelho de como pretendem ser vistos no mercado de trabalho "Pensamos sempre fora da caixinha e buscamos entregar além do esperado, esse é apenas o nosso começo", finaliza o grupo que se denomina como Patotinha.

Assista a seguir ao bate-papo.: