Estudante de Medicina estreia como piloto de motovelocidade
Henrique Gandini, aluno do quarto ano de Medicina, participará de maior campeonato das Américas

Henrique Gandini, aluno do quarto ano de Medicina, no campus Sorocaba, faz sua estreia como piloto profissional de moto, participando dia 6/7, em Londrina, no Superbike Brasil. O torneio é o maior campeonato de motovelocidade das Américas. Gandini correrá na categoria de acesso, no Autódromo Ayrton Senna.
Ao J.PUC, o estudante contou como concilia a rotina do curso de Medicina e dos treinos de velocidade. Confira a entrevista a seguir:
J.PUC – Como teve início a sua carreira no esporte?
Henrique Gandini – Sempre tive muita admiração por motos, pelo universo das corridas e também uma atração natural pela adrenalina. Comecei no motociclismo como entusiasta, participando de grupos de passeio, encontros e viagens. Com o passar do tempo, fui me aproximando da motovelocidade, buscando aperfeiçoamento, conhecimento técnico e experiências em pista. Em 2025, me certifiquei como piloto profissional de motovelocidade em circuito fechado, o que me abriu as portas para iniciar a carreira profissional.
J.PUC – E a ideia de cursar medicina, como surgiu? Por que escolheu a PUC-SP?
Henrique Gandini – A medicina sempre esteve presente na minha vida, principalmente pela influência da minha família e do meu pai, que atua na área de oftalmologia. Desde cedo, tive muito interesse pela área da saúde, tanto pela vontade de ajudar as pessoas quanto pelo fascínio pelo funcionamento do corpo humano e pela prática médica. A escolha pela PUC-SP se deu pela tradição da Instituição, pela qualidade do ensino, pela história consolidada da Faculdade de Medicina e, também, pela proximidade com minha cidade, Itu, o que foi um fator importante na decisão.
J.PUC – De que forma consegue conciliar a faculdade e sua prática esportiva?
Henrique Gandini – Concilio as duas atividades com bastante disciplina, organização e planejamento. Estruturei minha rotina a partir de um calendário bem definido e de uma planilha de horas, onde distribuo meus compromissos acadêmicos — como aulas, internato, plantões e estudos — e, ao mesmo tempo, organizo os treinos físicos, treinos de pista e também o estudo de estratégias de corrida. Naturalmente, a maior parte dos treinos de pista e competições ocorre nos horários livres, especialmente nos finais de semana e feriados. Apesar de ser uma rotina exigente, tanto a formação médica, que envolve a responsabilidade de lidar diretamente com vidas, quanto a prática da motovelocidade, que é um esporte de alto risco, são compromissos que levo extremamente a sério e que fazem parte de quem eu sou.
J.PUC – Você pretende continuar unindo medicina e esporte na sua vida de alguma forma?
Henrique Gandini – Minha prioridade absoluta, sem dúvidas, é minha formação médica. Porém, a ideia é continuar conciliando a carreira médica com o esporte profissional, tanto quanto for possível. Inclusive, existe a possibilidade de, no futuro, direcionar parte da minha atuação médica para a área da medicina esportiva, que sempre me chamou muito a atenção, justamente por estar diretamente ligada ao meu estilo de vida e às minhas experiências dentro do esporte.