Jornalismo realiza evento em memória dos 60 anos do Golpe Militar
O tema do encontro será "Torre das Donzelas Memórias das presas políticas no Presídio...
Encontro fez parte da programação de recepção de alunos do vestibular de inverno
“Em nosso cotidiano acabamos dando mais atenção à saúde do corpo, esquecendo da saúde mental. Nossa intenção aqui neste encontro é tratar de aspectos que relacionam saúde mental com questões raciais, ou seja, uma abordagem bastante específica. Para a PUC-SP é muito importante a convivência com a diversidade.”
Com essas palavras a pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias, profa. Mônica de Melo, deu início ao evento Saúde mental, raça e cultura: fortalecendo diálogos para atenção e cuidado no ensino superior, que reuniu professores, coletivos de estudantes, representantes de áreas e funcionários da PUC-SP, como parte dos eventos de recepção de alunos para o 2º semestre de 2024.
Na sequência a profa. Reimi Solange (FACHS) falou sobre os temas saúde mental, raça e cultura “Quando pensamos em saúde mental devemos pensar também como são construídos os contextos de adoecimento. Em nosso caso, o ambiente acadêmico tradicionalmente não é um provedor cuidados de saúde, especificamente. Portanto, estamos aqui propondo uma espécie de convocação, de corresponsabilidades, para lidar com esse problema e as pessoas que estão aqui, representando seus setores e coletivos, são as mais indicadas para esse trabalho” afirmou a docente.
O prof. Pedro Aguerre, assistente especializado da Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias, lembrou que discutir estes temas é uma demanda trazida pelos coletivos de estudantes negros, indígenas, cotistas e bolsistas e que a Universidade os tem como uma de suas prioridades, ou seja, tornar a convivência entre estudantes, professores e funcionários mais efetiva e saudável, considerando as diversidades presentes na universidade. “ É a reivindicação, a conscientização e a presença viva das pessoas que constroem e modificam o espaço universitário” ressaltou o docente.
Os representantes dos coletivos, bem como as áreas acadêmicas e administrativas presentes, fizeram seus relatos acerca de fatos que permeiam o cotidiano dos estudantes e como estes são impactados pelo racismo e outras formas de discriminações, assim como as contribuições que os setores podem trazer para dirimir as adversidades.
Ao término do encontro, a profa. Reimi falou sobre a importância do evento e o que deve ficar aos participantes. “O que fica é a possibilidade de materializar uma aliança cooperativa que a gente tenta estabelecer em nosso cotidiano, porém nossas atribulações nem sempre permitem os encontros físicos. Foi muito alentador poder ouvir vários segmentos e pessoas que têm ações e trabalhos diferenciados, mas todos voltados ao mesmo objetivo, que é promover equidade, saúde mental, respeito às diferenças e tornar o ambiente acadêmico mais inclusivo”, concluiu a docente.