Estudante de Jornalismo da PUC-SP vence concurso da Revista Piauí
Artur Maciel Rodrigues concorreu com outros 451 estudantes de jornalismo de todo Brasil
Inscrições para Mestrado e Doutorado estão abertas até 30/10
Cinquenta anos de estudos em torno das áreas de Antropologia, Política e Sociologia, abordadas de maneira articulada e voltada tanto ao conhecimento teórico como aplicado. O Pós em Ciências Sociais da PUC-SP, que está com inscrições abertas até dia 30/10 (clique aqui), já formou mais de 4 mil pesquisadores desde a sua criação, em 1973.
“O corpo docente do Programa é experiente, diverso e trabalha as Ciências Sociais de forma ampla e interdisciplinar. Isso implica o estudo de temas distintos e até mesmo fronteiriços com outros campos de conhecimento, como comunicação, economia, direito, serviço social e administração, entre outros”, afirma o prof. Francisco César Pinto da Fonseca, que coordena o Pós em conjunto com a profa. Rosemary Segurado (vice-coordenadora).
“O Programa de Ciências Sociais valoriza e estuda a diversidade cultural, étnica e racial, as instituições democráticas em várias dimensões, a cidadania, a igualdade e os direitos humanos, assim como doutrinas políticas, sociológicas e antropológicas”, completa Fonseca.
Para isso, o Pós possui linhas pesquisa que abordam temas como o Estado e os Sistemas Sócio-Políticos e também a dinâmica urbana, o trabalho, a cultura e as políticas públicas. Além disso há diversos núcleos de estudos vinculados a pesquisas sobre arte, mídia e política, observatório das metrópoles, e estudos indígenas e de negritude, culturais e de juventude, entre outros, e a revista Ponto e Virgula.
A PUC-SP foi a primeira universidade do Brasil a criar uma pós-graduação na área de Ciências Sociais, em 1973, passando a oferecer também o doutorado, em 1983. Entre seus docentes de destaque, estão duas professoras eméritas que também são grandes referências em suas áreas: Carmem Junqueira e Josildeth Consorte.
Há cinco décadas, o Pós vem construindo uma história de inserção nacional e internacional. Durante a ditadura militar, acolheu intelectuais como Florestan Fernandes, Mauricio Tragtemberg e Octavio Ianni.
Também foi responsável por colaborar com a formação de diversos outros programas de pós-graduação em Ciências Sociais pelo país, por meio de projetos de Mestrado Interinstitucional (MINTERs) e Doutorado Interinstitucional (DINTERs).
Dina Alves
Antropóloga. Doutora em ciências sociais na área de Antropolgia. Estuda geografias prisionais, focado em raça e gênero.
"A minha formação acadêmica na pós-graduação foi uma quebra de paradigma em relação à minha identidade de raça e gênero. Na pós-graduação o abismo social em relação às mulheres negras é alarmante. Também foi importante pela pretensão de descolonizar áreas do conhecimento e suas complexidades referentes ao sistema de justiça. Minha formação no Pós em Ciências sociais e as múltiplas linguagens na antropologia me oferecem ferramentas para a leitura de uma sociedade hieraquizada e estruturada na violência colonial. Foi muito acertada minha escolha nesta área do conhecimento e com meus e minhas mestres que abriram caminhos".
Acácio Sidinei Almeida Santos
Tataraneto de Mulheres Africanas e Homens Africanos. Bisneto, neto e filho de Mulheres e Homens do Recôncavo da Bahia. Possui graduação e mestrado em Ciências Sociais (PUC-SP), doutorado em Sociologia (USP), Pós-doutorado (USP). Tem especialização em Saúde Global e Diplomacia da Saúde (Fiocruz). Foi professor da PUC-SP, atuando principalmente na Faculdade de Medicina e Enfermagem. Atualmente é docente da Universidade Federal do ABC, onde também foi Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas. É pesquisador associado ao Grupo de Antropologia da Comunicação da Université Félix Houphouët-Boigny (Côte d´Ivoire) e membro da Cátedra Sergio Vieira de Mello (CSVM/UFABC). Foi consultor da UNESCO em 2018 e 2023; professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Fundou e foi vice-coordenador da Casa das Áfricas entre os anos de 2003 e 2013.
“Entrei na PUC-SP em 1986 (ou terá sido 1987?), em meio às turbulências ligadas aos processos de redemocratização do Brasil e também às incertezas provocadas pelo HIV/AIDS. Cito os dois exemplos porque considero, hoje, que eles foram determinantes na trajetória que construí, sem que houvesse total consciência naquele momento do que significava saúde pública.. No curso de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais tive excelentes professoras e professores. A minha escolha, mais tarde, pela área da saúde é reflexo de um conjunto de fatores, todos eles ligados à PUC-SP e ao meu cotidiano de homem negro da zona leste de São Paulo. Hoje acredito que as ciências sociais (graduação e pós-graduação) precisam se voltar mais para a saúde coletiva. É importante que a matriz curricular da graduação ofereça disciplinas do campo das ciências da saúde para que as estudantes tenham, desde cedo, a oportunidade de conhecer, participar e atuar em uma área de extrema importância”.
Jorge Felix
Professor da USP, na disciplina de Economia no bacharelado e na pós-graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Professor da pós-graduação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Jornalista de formação, atualmente é comentarista de políticas públicas e longevidade no Bem Estar, na TV Globo. É co-fundador e presidente do conselho do site The Conversation Brasil. É autor do livros "Viver Muito" (2009), baseado em sua dissertação de mestrado, e "Economia da Longevidade" (2019), baseado em sua tese de doutorado. Atualmente é pesquisador de pós-doutorado na Unicamp (Núcleo de Estudos de Gênero Pagu).
“Fazer o mestrado e o doutorado na PUC-SP foi muito importante para a minha carreira profissional, como jornalista, e para a minha vida acadêmica. Devo imensamente a todos os professores, tanto do programa de Economia Política quanto de Ciências Sociais. No primeiro, elaborei a reflexão sobre Economia da Longevidade, em 2007, que hoje é amplamente difundida na sociedade, como "silver economy" ou "economia prateada". Isso saiu da PUC-SP. No doutorado, obtive um amadurecimento em relação aos meus estudos sobre a velhice, com um enriquecimento no que diz respeito à sociologia urbana, principalmente. Me despertou para, mais tarde, idealizar o documentário "Alzheimer na periferia", que ainda alcança grande repercussão na mídia. Aliás, foi por ter feito a pós-graduação na PUC-SP que recebi o convite para voltar à TV Globo, agora como comentarista. E pude fazer o concurso para USP e me tornar professor da EACH. Ainda hoje faço questão de manter um intercâmbio com meus professores, que agora são grandes amigos e até co-autores”.
Edital de inscrições do processo seletivo: clique aqui.
Programa de Pós-Graduação em Ciências Socias: clique aqui.