Jornalismo realiza evento em memória dos 60 anos do Golpe Militar
O tema do encontro será "Torre das Donzelas Memórias das presas políticas no Presídio...
Legado de um dos fundadores da Universidade é tema de exposição e de palestras; abertura das atividades aconteceu em 21/8
André Franco Montoro (1916-1999) deixou marcas na PUC-SP que ajudou a fundar, ao lado do Cardeal Arcebispo Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, mas também no país, onde foi um dos pilares da redemocratização.
Aos 25 anos de sua morte, a Universidade mais uma vez celebra sua memória, com o Legado de Franco Montoro, evento que inclui uma exposição no hall da biblioteca do campus Monte Alegre e uma série de palestras no auditório 117-A (1º andar, prédio novo).
Toda a programação acontece de 21/8 a 21/9 (clique aqui para saber mais). A organização é da Coordenadoria Pastoral Universitária e da Faculdade de Direito. Ao final da reportagem, assista na íntegra à mesa de abertura.
A vida pública e a experiência acadêmica de Franco Montoro foram celebradas na mesa de abertura das atividades, ocorrida em 21/8. Pessoas que conviveram com Franco Montoro dentro e fora da Universidade, em sua vida pública e acadêmica, deram depoimentos e traçaram um perfil do político (foi ministro, governador, senador e deputado federal) e professor (foi docente na graduação e na pós-graduação).
“Estamos felizes em receber estudantes para comemorar a memória de Franco Montoro, um dos fundadores da nossa Universidade e um homem extraordinário”.
Prof. Domingos Zamagna, coordenador da mesa
“Democracia, direito, cidadania, justiça e direitos humanos são temas com os quais Franco Montoro sempre trabalhou. É muito importante celebrarmos seu legado”.
Profa. Angela Lessa, vice-reitora da PUC-SP
“Tudo que falarmos sobre Franco Montoro ainda será pouco para mostrar sua importância na educação. Alguns exemplos de suas ações inovadoras foram a municipalização da merenda escolar, o respeito às greves e às reivindicações, posturas com as quais foi conquistando o respeito e a admiração dos profissionais da rede pública e da educação em geral”.
Prof. Manoel Felismino
“Falar de Montoro é emocionante e nos ajuda a manter vivo todo seu legado. O lema do seu governo era “participação e organização” e não eram palavras vazias. Todos os seus projetos e ações estavam sempre na direção de concretizar este lema. Montoro descentralizou o governo, criou regiões administrativas, conselhos de prefeitos e de secretarias, que podiam decidir o que era prioridade. Ele materializou seu slogan na vida real e criou um dinamismo incrível para governar”.
Hélio Amorim, trabalhou com Franco Montoro
“Fui aluna de pós-graduação e assistente de Franco Montoro. Pude conhecer sua idoneidade, seu compromisso com a vida pública e acadêmica. Ele me transmitiu um testemunho de ética que nunca mais esqueci. É para sempre um exemplo de professor e de político”.
Profa. Maria Garcia
“Todo o trabalho acadêmico e público de Franco Montoro, de quem também fui aluno e assistente, teve inspiração na doutrina social da Igreja Católica. Ao lado de Ulisses Guimarães e de Mario Covas, Montoro foi figura essencial para a redemocratização do país”.
Prof. Lafayette Pozzoli
“Acompanhei com muita alegria a caminhada de Montoro, quando eu era aluno da graduação e da pós-graduação. O professor preparava suas aulas com afinco, como se fosse sempre a primeira vez. Ele foi uma pessoa que nos ensinou muito sobre o compromisso docente. O que estamos celebrando hoje é um pensamento vivo”.
Prof. Wagner Balera
“Montoro foi um pioneiro do desenvolvimento sustentável e criou a primeira secretaria do meio ambiente, quando foi governador de São Paulo e ninguém falava neste tema ainda. Ele também deve ser lembrado como alguém que derrotou a ditadura militar pela via da democracia. Montoro era uma liderança mundial na democracia cristã e sempre colocou o ser humano no centro de todas as questões”.
Eduardo Jorge, ex-deputado federal
“Montoro tinha um jeito de fazer política que dialogava com todas as matizes. Era uma pessoa digna que tratava as pessoas com dignidade”.
José Mario Brasiliense Carneiro, Fundação Konrad Adenauer