Na manhã de 28/5, alunos da 17ª turma de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) se reuniram no campus Sorocaba para comemorar o jubileu de ouro de sua formatura, realizada em 1972. Mais de 50 jubilandos e 60 acompanhantes prestigiaram o evento.
O neurologista Jobair Ubiratan Aurélio da Silva foi um dos principais organizadores da cerimônia. “Iniciamos um grupo de WhatsApp para divulgar as ideias. Todos começaram a aderir e dar palpites”, comenta.
Ele ressalta o sucesso de seus colegas: “Um se tornou diretor da Faculdade de Medicina da USP, por exemplo. Vários atuaram como secretários da Saúde, inclusive aqui, em Sorocaba. Foi uma turma muito bem-sucedida”.
A abertura foi conduzida pelo cirurgião plástico Henri Friedhofer, que chamou ao palco o diretor da FCMS, Godofredo Campos Borges; o diretor-adjunto, Ulisses Del Nero; e o psiquiatra Hélio Elkis.
“É muito oportuno, neste momento, mentalizarmos as memórias dos nossos antepassados – dos nossos pais ou familiares que nos possibilitaram cursar esta faculdade. Tenho certeza de que eles, e também nossos colegas que já partiram, estão nesta sala, conosco.”
Mais adiante, uma vela foi acesa enquanto os presentes fizeram um minuto de silêncio.
Turma predominantemente masculina
Em sua fala, o professor-doutor Godofredo pontuou: “Vocês deixaram um legado para Sorocaba”. Algo que chamou a atenção de todos foi a composição da turma. Na cerimônia, havia, majoritariamente, ex-alunos homens. “Na turma de hoje, quase 80% dos alunos são mulheres. Até o perfil do médico mudou [de lá para cá]”, comparou o diretor da FCMS. Ele aproveitou a oportunidade para relembrar a homenagem feita pelo Cremesp à professora-doutora Diana Tannos, realizada alguns dias antes.
Aulas aguardadas com grande ansiedade
O psiquiatra Hélio relembra alguns momentos marcantes de sua jornada acadêmica. “Os professores vinham todos de São Paulo e se hospedavam no Hospital Santa Lucinda. As aulas eram aguardadas com grande ansiedade. Não existia nem a [Rodovia] Castello Branco, então, o acesso a Sorocaba era por uma estrada muito sinuosa. Não havia livros acessíveis em português e as apostilas eram rodadas em mimeógrafo. Não poderíamos imaginar a revolução que viria alguns anos após nossa formatura: tomografia, ressonância, computadores, internet, entre outros.”
Encerramento
Ao final da cerimônia, os jubilandos e convidados receberam presentes diversos. Também foi realizado o descerramento da placa comemorativa aos 50 anos da turma de 1972. A comissão organizadora, então, visitou a faculdade, posou para fotos e finalizou o encontro com um almoço de confraternização.