Estudante de Jornalismo da PUC-SP vence concurso da Revista Piauí
Artur Maciel Rodrigues concorreu com outros 451 estudantes de jornalismo de todo Brasil
Iniciado em maio deste ano na UTI Neonatal do Hospital Santa Lucinda (campus Sorocaba), o projeto Polvo do Amor - também conhecido como projeto Octo - é uma iniciativa criada para garantir mais conforto e melhorar o desenvolvimento de bebês prematuros. O movimento começou em 2013, na Dinamarca, e consiste na confecção de polvos de crochê que, em contato com o recém-nascido, tranquiliza-o na ausência da mãe, pois o pequeno pode abraçar seu "novo amigo" e se sentir acolhido.
Os polvos de crochê são colocados dentro da incubadora, junto aos bebês prematuros. Supõe-se que os tentáculos do polvo remetam ao útero materno porque se assemelham ao cordão umbilical. Os bonecos são feitos de fio 100% algodão. "O uso do polvo de crochê acalma os pequenos, ajudando a normalizar a respiração e os batimentos cardíacos", disse Adriana Ayres de Oliveira França, coordenadora de Enfermagem da UTI Neonatal do Hospital Santa Lucinda.
Segundo Adriana, ainda não há estudos científicos sobre o uso dos polvinhos para os prematuros. Contudo, eles têm sido usados como brinquedos desde 2013 na Dinamarca e em alguns países da Europa sem nenhum relato de infecções ou danos à saúde dos bebês. "Pelo contrário, efeitos positivos são observados sempre que um novo amiguinho é posicionado dentro da incubadora. Vale lembrar que o uso dos polvos de crochê não diminui nem exclui a importância de práticas já consagradas como método canguru, aleitamento materno e a presença dos pais na UTI."
Ainda de acordo com Adriana, que é enfermeira neonatologista, durante os dois meses de utilização do polvo no Hospital Santa Lucinda foi possível observar que eles auxiliam no conforto do bebê, deixando-os menos agitados. "Também constatamos que as mães ficaram muito satisfeitas com a iniciativa. Em nosso serviço foi estabelecida uma rotina de higienização semanal dos polvos - a família leva para casa aos sábados para realizar a lavagem e depois ele é esterilizado na Central de Materiais e Esterilização (CME). Após a alta hospitalar, o brinquedo pode ser levado junto com a criança", explica.