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Está em cartaz no palco principal do Tuca a peça “Morte e Vida Severina”, obra de João Cabral de Melo Neto, com direção geral de Elias Andreato, músicas de Chico Buarque de Hollanda e direção musical de Marco França.
A temporada se dará no TUCA, que há 56 anos recebeu a primeira montagem de um dos mais importantes textos do cenário nacional.
A obra de João Cabral de Melo Neto faz um relato sobre a vida e trajetória árida do povo do sertão nordestino, desconhecidas por uma grande maioria.
A saga nordestina se desenha, revelando a alma de um povo que caminha forte em sua fé, através da música composta por Chico Buarque e que ganha arranjos especiais de Marco França.
Morte e Vida Severina é um auto de natal pernambucano, produzido em 1954/5 e publicado em 1965, ano em que estreou, inaugurando o Teatro TUCA no dia 11 de setembro de 1965. Trata-se da obra mais popular de João Cabral, seja por ter sido muito encenada, por ter sido musicada por Chico Buarque de Holanda ou pela própria abordagem do autor.
A peça narra o sofrimento enfrentado por Severino, aqui representado por Dudu Galvão, ator natural do Rio Grande do Norte, apresentando um poema dramático que relata a dura trajetória de um migrante sertanejo (retirante) em busca de uma vida mais fácil e favorável na capital pernambucana. Uma história atual e pertinente, pois mesmo com a transposição do Rio São Francisco muitas famílias ainda são castigadas pela seca.
Essa montagem de Elias Andreato une a aridez do sertão com os arranjos especiais de Marco França, criando um espetáculo emocionante em sua essência. Para isso conta com a colaboração dos criativos de cenários, do artista Elifas Andreato, figurinos de Fábio Namatame, desenho de luz de Elias Andreato e Junior Docini, desenho de som Marcelo Claret, direção de movimento de Roberto Alencar.
Com produção da Morente Forte Produções Teatrais, Morte e Vida Severina é um sonho antigo das sócias Selma Morente e Célia Forte pela sua força e temática tão necessária e urgente. Essa produção emprega, diretamente, mais de 50 pessoas, entre artístico, produção e técnica, além de profissionais com suas empresas, o que soma mais de 150 pessoas
No palco 12 atores de diversas cidades do Brasil, em sua maioria do Nordeste e 5 músicas contam e cantam a saga de Severino que representa tantos Severinos e Severinas, em suas mortes e vidas. A trilha executada ao vivo pelos atores e músicos dá dinâmica ao jogo cênico. Andréa Bassitt, Badu Morais, Beatriz Amado, Dudu Galvão, Fernando Rubro, Gabriella Britto, Ivan Vellame, Jana Figarella, João Pedro Attuy, Jonathan Faria, Pablo Áscoli, Patricia Gasppar e Raphael Mota.
João Cabral, eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1969, cronologicamente, pertence à chamada Geração de 45 do Modernismo brasileiro. Essa geração contextualiza-se historicamente no fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Era Atômica. No Brasil, 1945 marca o fim da Ditadura de Vargas, iniciando o processo de uma redemocratização brasileira.
O musical tem duração de 90 minutos. Sesões às sextas e sábados, às 21h e domingo, às 19h.
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