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Recentemente, o jornal The New York Times publicou um artigo ponderando sobre o medicamento Loniten, receitado e comercializado em forma de comprimidos para o tratamento da alopecia [perda dos cabelos], mesmo sendo contraindicado pela agência reguladora dos Estados Unidos, a FDA. No Brasil, o produto tem sido livremente receitado, apesar de também contraindicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A base da controvérsia está relacionada ao fato de o princípio ativo do Loniten, o Minoxidil, ser indicado para o tratamento da hipertensão arterial e, desta forma, poder causar efeitos adversos importantes no paciente.
Neste mês, a Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri) manifestou-se contrária ao uso do medicamento Loniten em comprimidos para tratamento de alopecia androgenética (isto é, decorrente de carga genética herdada) ou areata (a perda de pelos em regiões ovais do couro cabeludo, ou em outras partes do corpo, como cílios, sobrancelhas e barba).
Segundo o professor-mestre Cassiano Tamura Vieira Gomes, dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e chefe do serviço de dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP, o tratamento das alopecias é de longo prazo e pode durar alguns anos. “Por isso, deve-se ter muito critério na escolha dos medicamentos que serão indicados para cada paciente.”
Sobre o Minoxidil ministrado por via oral, ele diz se tratar de uma opção, “mas não a primeira”, uma vez que existem outras alternativas. “A indicação deve ser individualizada, ou seja, cada caso é um caso”, reforça.
No último dia 10 de setembro, a SBD emitiu uma nota pública [reproduzida no próximo parágrafo], direcionada à população, fazendo observações sobre a segurança e a eficácia do Minoxidil oral no tratamento das alopecias. A entidade informa que o medicamento pode ser receitado para pacientes selecionados com alopecia e que o uso deve ser criterioso, isolado ou associado a outras abordagens e sempre com indicação médica.
Nota da SBD
“Avaliação clínica e cardiológica do paciente pode ser necessária previamente ao seu uso. No cumprimento de seu papel, o médico dermatologista fará a indicação, a prescrição e o acompanhamento do tratamento”, informa a nota, assim como que “o medicamento Loniten não está disponível comercialmente no Brasil, sendo que a manipulação do Minoxidil oral é controlada por receituário médico”.