PUC-SP sedia encontro de reitores de universidades comunitárias promovido pela ABRUC
A reitora Maria Amalia Andery recebeu o prêmio Mérito Educação Comunitária pela sua...
Atividade da graduação em Comunicação e Multimeios recebe Jorge Bodanzky para falar sobre "Iracema, uma transa amazônica"
O Cineclube Arlindo Machado (CAM), organizado pela graduação em Comunicação e Multimeios, inicia as atividades de 2024 com uma sessão especial de Iracema, uma transa amazônica, dia 19/3, às 19h, no Auditório Paulo Freire (andar superior do Tuca).
Após a exibição, haverá um bate-papo online com o diretor Jorge Bodanzky.
A atividade é aberta a toda a comunidade e acontece em parceria com a Mostra Ecofalante de Cinema. "Neste semestre, trabalharemos com filmes que discutem a resistência à ditadura militar no Brasil. Iracema é uma obra que expõe o projeto desenvolvimentista da ditadura militar nos anos 1970 na Amazônia, de forma realista e tensa", afirma a profa. Jane de Almeida, coordenadora do CAM.
Os diretores da obra, Orlando Senna e Jorge Bodanzky, iniciaram suas carreiras como jornalistas e migraram para o cinema, realizando filmes autorais e políticos.
Com a perspectiva de filmar a realidade da floresta grandiosa e abundante em pleno processo de destruição, os autores percorreram a transamazônica do progresso da ditadura militar.
O processo criativo do filme, traçado por um roteiro de intenções, estava aberto aos acontecimentos e, por isso, consegue capturar momentos que se tornaram emblemáticos do imaginário sobre o Brasil, suas ambições ufanistas, a partir da prostituta, Iracema, e do caminhoneiro, Tião Brasil Grande.
Iracema, uma transa amazônica foi realizado em 1974, e ficou proibido até 1980, quando foi liberado e recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Brasília. Hoje é considerado uma referência sobre a questão ambiental e suas relações com a política.
O Cineclube Arlindo Machado (CAM) é um espaço do Curso de Comunicação e Multimeios para debates sobre temas contemporâneos como diversidade, meio ambiente, políticas, mídias e tecnologias, por meio de programação e projeção de filmes.
Com participação ativa dos estudantes, o CAM promove encontros, palestras e discussões em conjunto com os outros cursos da PUC-SP e com a comunidade ao seu redor.
O nome do cineclube é uma homenagem ao professor Arlindo Machado, que atuou na PUC-SP durante toda a sua carreira. Machado é um dos principais especialistas em audiovisual no Brasil, com vários livros publicados a respeito de cinema, vídeo e novos formatos audiovisuais.
Iracema, uma transa amazônica Classificação indicativa: 16 anos Brasil, 1974, 95' Em 1970, em Belém do Pará, um motorista de caminhão sulista, durante as festas do Círio de Nazaré, conhece Iracema, uma jovem indígena prostituída. Dá-lhe uma carona, deixando-a num lugarejo no meio da estrada. A viagem, como todo o filme, serve como pretexto para que sejam mostrados problemas da região – desmatamento, más condições de trabalho e saúde, venda de camponeses – em confronto com a fantasiosa propaganda institucional. Direção: Jorge Bodanzky, Orlando Senna |