Cineclube: atividades de 2024 começam com exibição de filme e bate-papo com diretor

Atividade da graduação em Comunicação e Multimeios recebe Jorge Bodanzky para falar sobre "Iracema, uma transa amazônica"

por Redação | 08/03/2024

O Cineclube Arlindo Machado (CAM), organizado pela graduação em Comunicação e Multimeios, inicia as atividades de 2024 com uma sessão especial de Iracema, uma transa amazônica, dia 19/3, às 19h, no Auditório Paulo Freire (andar superior do Tuca).

Após a exibição, haverá um bate-papo online com o diretor Jorge Bodanzky. 

A atividade é aberta a toda a comunidade e acontece em parceria com a Mostra Ecofalante de Cinema. "Neste semestre, trabalharemos com filmes que discutem a resistência à ditadura militar no Brasil. Iracema é uma obra que expõe o projeto desenvolvimentista da ditadura militar nos anos 1970 na Amazônia, de forma realista e tensa", afirma a profa. Jane de Almeida, coordenadora do CAM.

 

Transamazônica

Os diretores da obra, Orlando Senna e Jorge Bodanzky, iniciaram suas carreiras como jornalistas e migraram para o cinema, realizando filmes autorais e políticos.

Com a perspectiva de filmar a realidade da floresta grandiosa e abundante em pleno processo de destruição, os autores percorreram a transamazônica do progresso da ditadura militar.

O processo criativo do filme, traçado por um roteiro de intenções, estava aberto aos acontecimentos e, por isso, consegue capturar momentos que se tornaram emblemáticos do imaginário sobre o Brasil, suas ambições ufanistas, a partir da prostituta, Iracema, e do caminhoneiro, Tião Brasil Grande.

Iracema, uma transa amazônica foi realizado em 1974, e ficou proibido até 1980, quando foi liberado e recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Brasília. Hoje é considerado uma referência sobre a questão ambiental e suas relações com a política.

 

CAM, filmes e debates

O Cineclube Arlindo Machado (CAM) é um espaço do Curso de Comunicação e Multimeios para debates sobre temas contemporâneos como diversidade, meio ambiente, políticas, mídias e tecnologias, por meio de programação e projeção de filmes.

Com participação ativa dos estudantes, o CAM promove encontros, palestras e discussões em conjunto com os outros cursos da PUC-SP e com a comunidade ao seu redor.

O nome do cineclube é uma homenagem ao professor Arlindo Machado, que atuou na PUC-SP durante toda a sua carreira. Machado é um dos principais especialistas em audiovisual no Brasil, com vários livros publicados a respeito de cinema, vídeo e novos formatos audiovisuais.

 


Iracema, uma transa amazônica

Classificação indicativa: 16 anos

Brasil, 1974, 95'
Colorido

Em 1970, em Belém do Pará, um motorista de caminhão sulista, durante as festas do Círio de Nazaré, conhece Iracema, uma jovem indígena prostituída. Dá-lhe uma carona, deixando-a num lugarejo no meio da estrada. A viagem, como todo o filme, serve como pretexto para que sejam mostrados problemas da região – desmatamento, más condições de trabalho e saúde, venda de camponeses – em confronto com a fantasiosa propaganda institucional.

Direção: Jorge Bodanzky, Orlando Senna
Produção: Wolf Gauer
Roteiro: Orlando Senna
Fotografia: Jorge Bodanzky

Saiba mais sobre o Cineclube Arlindo Machado


 

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