Cineclube exibe "Domingo no Golpe", sobre o 8 de janeiro
Documentário foi inteiramente produzido com imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto
Documentário inteiramente produzido com imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto, Domingo no Golpe é a próxima exibição do Cineclube Arlindo Machado (CAM), dia 16/5, às 19h, dentro da série Encontros de Arquivos.
Desta vez, o evento acontece em parceria do curso de Comunicação e Multimeios – responsável pelo CAM – com o curso de Arte, Crítica e Curadoria.
Domingo no Golpe, de Giselle Beiguelman e Lucas Bambozzi, é um documentário inteiramente produzido com imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto. O filme tem como fio condutor arquivos de câmeras de segurança que evocam a força e a fragilidade da democracia, ao mostrar uma capital distante da imponência modernista de Oscar Niemeyer e dominada pela banalidade dos subsolos e corredores das repartições públicas.
As imagens do documentário foram disponibilizadas à imprensa pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), em abril de 2023. A narração foi criada a partir de trechos do relatório final da CPMI dos Atos de 8 de janeiro, divulgado em 17 de outubro de 2023, lido pela senadora Eliziane Gama (relatora).
Após a exibição, haverá um bate-papo com os autores do documentário e a profa. Priscila Arantes, diretora-adjunta da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes (Faficla).
♦ Giselle Beiguelman é artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP). Pesquisa arte e ativismo na cidade em rede e as estéticas da memória na contemporaneidade. É autora de Políticas da imagem: Vigilância e resistência na dadosfera (UBU Editora, 2021), Memória da amnésia: políticas do esquecimento (Edições SESC, 2019), entre outros. Suas obras artísticas integram acervos de museus no Brasil e no exterior, como ZKM (Alemanha), Jewish Museum Berlin, MAC-USP e Pinacoteca de São Paulo.
♦ Lucas Bambozzi é cineasta, artista visual e pesquisador em novas mídias brasileiro e foi foi artista residente no CAiiA-STAR Centre/i-DAT (Planetary Collegium). Trabalha com vídeo, instalação, performances audiovisuais e projetos interativos que exploram questões do universo dos dispositivos de registro e manipulação de imagem, com questões sobre a biopolítica e a vigilância. Foi curador do Festival Vivo Arte.mov, entre 2010 e 2013, com edições em São Paulo, Belo Horizonte, Belém e Salvador. Sua obra Lavra (2017) foi o filme de abertura do Cineclube Arlindo Machado.
♦ Priscila Arantes é crítica, curadora e pesquisadora no campo da arte, curadoria, museu e estética contemporânea. Com pós-doutorado pela Penn State University (EUA) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é professora do curso de Arte, Crítica e Curadoria e atualmente é diretora adjunta da Faculdade de Filosofia, Letras, Comunicação e Artes da PUC-SP. Foi diretora e curadora do Paço das Artes e diretora adjunta do Museu da Imagem e Som (MIS).
CAM, filmes e debates
O Cineclube Arlindo Machado (CAM) é um espaço do Curso de Comunicação e Multimeios para debates sobre temas contemporâneos como diversidade, meio ambiente, políticas, mídias e tecnologias, por meio de programação e projeção de filmes.
Com participação ativa dos estudantes, o CAM promove encontros, palestras e discussões em conjunto com os outros cursos da PUC-SP e com a comunidade ao seu redor.
O nome do cineclube é uma homenagem ao professor Arlindo Machado, que atuou na PUC-SP durante toda a sua carreira. Machado é um dos principais especialistas em audiovisual no Brasil, com vários livros publicados a respeito de cinema, vídeo e novos formatos audiovisuais. Saiba mais sobre o CAM.
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