Docentes destinam honorários pagos pelo SUS para assistência e pesquisa

Iniciativa realizada no campus Sorocaba

por Redação | 19/02/2019

O grupo de docentes e preceptores da disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS), campus Sorocaba, voluntariamente decidiu doar os honorários pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pelos procedimentos cirúrgicos que realizam no Hospital Santa Lucinda (HSL). As verbas serão destinadas, exclusivamente, à assistência e ao ensino dessa especialidade.

O grupo, coordenado pelos professores José Jarjura Jorge Junior e Godofredo Campos Borges, também é responsável pelo Serviço de Otorrinolaringologia do HSL, que é utilizado pelos alunos do curso de medicina e pela residência médica da FCMS. São realizados em média mil atendimentos clínicos e 60 cirurgias por mês.

De acordo com o professor Jarjura, coordenador da disciplina no curso de Medicina, os recursos custearão atividades acadêmicas e, principalmente, a aquisição de equipamentos utilizados nos exames clínicos e nas cirurgias – o instrumental cirúrgico da otorrinolaringologia é totalmente diferente daqueles usados nas demais cirurgias, pois são menores e mais delicados.

Para citar apenas dois exemplos dessas necessidades, os otoscópios são os equipamentos que mais se desgastam pelo uso diário. “São mais de cinquenta atendimentos diários”, conta o professor Jarjura. “Cada aparelho desses custa em torno de um mil reais e, justamente pela utilização intensa, eles têm vida útil média de dois anos”. Já os nasofaringoscópios, também bastante utilizados, mas menos que os otoscópios, duram cerca de cinco anos e podem custar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, se forem do modelo fixo. Porém, as versões flexíveis chegam a R$ 25 mil. Isso sem considerar a torre equipada que acopla monitor de vídeo e fonte de luz. “Esse conjunto pode chegar a 60 mil reais”, explica.

Apesar do serviço de Otorrinolaringologia ser um dos mais bem avaliados pelos pacientes que utilizam o HSL – particulares, de planos de saúde e SUS –, a meta desses oito médicos é ampliar a qualidade. “Com equipamentos novos e atualizados, conseguiremos melhorar ainda mais o ensino dos alunos e as atividades dos residentes da FCMS. Isto conduzirá, por consequência natural, ao aprimoramento do atendimento que oferecemos à população”, finaliza o professor Jarjura.

 

REPERCUSSÃO NA MÍDIA

Veja abaixo, reportagem do SBT sobre o tema

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