PUC-SP sedia encontro de reitores de universidades comunitárias promovido pela ABRUC
A reitora Maria Amalia Andery recebeu o prêmio Mérito Educação Comunitária pela sua...
Texto de Jorge Claudio Ribeiro Jr
"Nos anos 1990, publiquei por minha editora, a Olho d’Água, as obras “Professora Sim, Tia Não: Cartas a Quem Ousa Ensinar” e “À Sombra Desta Mangueira”. Numa Bienal do Livro, organizei tarde de autógrafos com alguns autores. Mas minha editora era pequena e o estande idem. Então eu embarcava em sofisticado corpo-a-corpo com os visitantes.
Dirigia-me sobretudo às professoras, atordoadas com tanta agitação. Todas portavam crachá laranja. Disfarçadamente, eu lia a identificação daquela que passava ali perto e lhe dizia: “Professora Fulana, você está a meio metro de Paulo Freire e não vai fazer nada?!”. Tomada de surpresa (“como você sabe meu nome?”), a escolhida e as colegas perguntavam onde estava seu herói. Eu apontava. Elas o cumprimentavam, sorriam-se, batiam um papinho, tiravam um retrato, compravam os livros, ganhavam uma dedicatória. Faziam o mesmo com Lidia Aratangy, autora de “Doces Venenos”. Para minha alegria, às vezes se formava uma fila."
Jorge Claudio Ribeiro Jr, ex-docente