Direito: pelo segundo ano consecutivo curso tem estudante premiado no Congresso Nacional de Iniciação Científica
Prof. Alvaro de Azevedo Gonzaga foi o orientador dos alunos premiados
Livro está na categoria Ciência da Religião e Teologia
O livro Exu-Mulher e o matriarcado nagô, fruto da tese do Doutorado da ex-aluna Claudia Alexandre, foi o vencedor da primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico 2024 na categoria Ciência da Religião e Teologia.
A cerimônia foi realizada na última terça-feira (6/8), no Teatro Sérgio Cardoso e foi transmitida pelo Youtube da CBL.
A tese foi defendida em 2021 no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da PUC-SP. O exemplar foi divulgado pela editora Fundamentos de Axé.
Segundo Claudia, sua pesquisa sobre masculinização, demonização e tensões de gênero na formação dos candomblés yorubá-nagô já havia sido considerada a melhor tese defendida no Pós em Ciência da Religião, no ano de 2021, e indicada para o Prêmio Soter de Teses de 2022." O tema é inédito para o estudos afro-brasileiros e propõe um novo olhar para as consequências da invasão colonial patriarcal na região yorubá, no Continente África. Foi o que despertou interesse da Editora Aruanda, que já havia publicado a minha dissertação de mestrado 'Orixás no Terreiro Sagrado do Samba (Exu e Ogum no Candomblé da Vai-Vai)', defendia em 2017 e publicado em 2021, também na Ciência da Religião da PUC-SP.”.
A autora destacou a importância do prêmio para uma mulher negra. “Ter vencido todas as etapas deste prêmio, que representa a partir de agora o principal reconhecimento literário da categoria no Brasil, é uma alegria enorme. Além da emoção que ele proporciona, no meu caso, enquanto uma mulher negra que estuda sobre religiões e tradições afro-brasileiras tem um significado ainda maior, pois é a representação de uma resistência no campo acadêmico, no religioso e no das relações étnico-raciais no Brasil. Sou uma voz em um lugar de disputa atravessada pelo racismo estrutural, sistêmico e religioso. Estudar Exu-Mulher e o Matriarcado Nagô na Ciência da Religião tem a ver com as minhas vivências de terreiro, mas também com a importância da mudança de paradigmas da disciplina que deve urgentemente se voltar para as novas epistemologias que contemple saberes negros, indígenas, em especial de mulheres negras.
Confira abaixo a nota do Pós em Ciência da Religião: