TV PUC entrevista comunidade puquiana sobre a política de ação afirmativa para docentes negros
Coletivo Saravá, formado por estudantes negros, divulgou dados sobre a porcentagem de professores pretos e pardos na Universidade
A TV PUC entrevistou professores, representantes da Reitoria e discentes negros sobre a política afirmativa, aprovada em 26/4, pelo Conselho Universitário da PUC-SP. O objetivo da nova ação é ter ao menos 37% de pessoas negras no quadro de docentes. Clique aqui para ler a matéria e ver a repercussão na imprensa.
"Do que a gente pesquisou e observou, nenhuma política é tão intensa, tão contundente quanto a nossa, e há pouquíssimas universidades privadas que têm uma política de ações afirmativas para a contratação de docentes [negros]. Então acho que a PUC-SP é um pouco pioneira em relação a essa ideia", comenta Mônica de Melo, pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias da Universidade. O prof. de História e assessor da ProCRC, Amailton Azevedo afirma que a política é um ajuste de contas com a história do Brasil.
O levantamento feito pelo Coletivo Saravá, grupo de discentes negros da PUC-SP, revelou que em 2022, apenas 1% do corpo docente era composto por negros e pardos. Roger Barbosa, aluno de Psicologia, afirma que a ação deve ser comemorada, mas é apenas uma retratação histórica. "Como falamos de educação racializada sem falar de professores negros? É muito diferente um grupo de alunos brancos ouvir uma pessoa branca falando, e um grupo de alunos brancos ouvir uma pessoa preta falando, seja sobre racismo ou não", comenta o discente.