PUC-SP sedia encontro de reitores de universidades comunitárias promovido pela ABRUC
A reitora Maria Amalia Andery recebeu o prêmio Mérito Educação Comunitária pela sua...
Célia Regina Zapparolli realizou sua pesquisa sob a orientação da prof. Rosane Mantilla de Souza (Psicologia Clínica)
Dia 14/12, a dissertação de mestrado Agir contra si: a acrasia na mediação de conflitos nos contextos de narrativas, violências e crimes no âmbito intrafamiliar foi premiada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – Prêmio Juíza Viviane do Amaral. A pesquisa é de autoria da doutoranda do Pós em Psicologia Clínica, Célia Regina Zapparolli, realizada sob a orientação da prof. Rosane Mantilla de Souza, com bolsa parcial Capes.
Célia Regina Zapparolli é advogada, mediadora, formou-se em direito na PUC-SP em 1989, foi consultora BID, PNUD-ONU. Hoje também Conselheira Estadual da OAB-SP Gestão 2022-24.
A pesquisa e respectiva dissertação tratam de tema debatido desde a Grécia Clássica, que agora é reexaminado à luz da psicologia clínica. E explica porque tantas mulheres simplesmente dispensam medidas protetivas e proteção, mesmo sem necessitar materialmente dos companheiros, companheiras, parentes, colocando-se em risco de vida, ao baixarem a guarda, retomarem as relações e/ou o convívio com seus perpetradores. Não se trata de erro, desconhecimento, mas de uma decisão-ação deliberada contra si, em fissura decisória, expondo a vítima a riscos mentais e físicos, à ambivalências, em repetições. O que implica prevenção e cuidados em saúde mental e física, além do alerta no campo do direito por se tratar de um agir não livre.
A pesquisa e a dissertação, além do prêmio, também embasaram ação do Ministério Público do Trabalho no TRT-2, ao resgate liminar de mulher, traficada quando criança e em condição análoga a escrava doméstica, que por maiores que fossem os esforços, retornava ao cativeiro, em atos de acrasia, por ganhos secundários afetivos inconscientes, dada a ambiguidade da relação de julgo por aquela que era a única família que afetivamente tinha.
Na mesma ocasião, foi premiado ainda o Projeto Íntegra- mediação: crime, gênero e família, também de autoria de Célia, com mais de 50.000 horas de atendimentos gratuitos a mulheres e famílias em situação de violência.