A Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias realizou nesta quarta-feira (31/7) a primeira reunião de discussão do Pacto pela Inclusão Social de Jovens Negras e Negros no Mercado de Trabalho. O encontro contou com a participação do assistente especializado da Pró-CRC professor Pedro Aguerre, da chefe de gabinete, professora Mariangela Belfiore Wanderley, do pró-reitor de Pós-Graduação, professor Márcio Alves da Fonseca, do Pró-Reitor de Educação Continuada, professor Silas Guerriero, além de representantes da Coordenadoria Geral de Estágios, da Assessoria de Comunicação Institucional e do setor de Marketing da Universidade.
A assinatura do pacto foi formalizada em novembro do ano passado, durante reunião do Fórum de Prevenção e Combate à Discriminação Racial no Trabalho, do qual fazem parte, além da PUC-SP, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Defensoria Pública, a Secretaria Estadual da Educação, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT 2ª Região), o projeto Educação e Cidadania de Afrodescendentes (Educafro), a União de Núcleos de Educação Popular para negras e negros (Uneafro), o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) e a IBM Brasil, entre outros.
Segundo o professor Pedro Aguerre, a primeira reunião sobre o documento foi bastante proveitosa. “Conseguimos identificar e pontuar as ações que já foram realizadas na PUC-SP, como, por exemplo, a concessão de cotas étnico-raciais para bolsas de estudo, campanhas publicitárias que visem demonstrar a diversidade de nossa Universidade, mas também ouvimos de cada gestor o que ainda é necessário neste sentido. A nossa estratégia é sensibilizar paulatinamente as diversas áreas, seja a reitoria e pró-reitorias, seja a Divisão de Recursos Humanos, que tem um papel muito importante na execução do pacto”.
Em abril deste ano, a Pró-CRC encaminhou aos setores o texto completo do Pacto pela Inclusão Social de Jovens Negras e Negros no Mercado de Trabalho, além de uma nota técnica sobre a importância e a pertinência de ações afirmativas na direção da equidade racial. “Percebemos que há muita coisa sendo feita em nossa comunidade, porém não está sistematizada. A PUC-SP já tem uma tradição histórica no que diz respeito ao acolhimento da população negra, por exemplo, nos programas de pós-graduação, que desde a década de 80 formaram uma parcela considerável dos docentes e acadêmicos negros que hoje atuam em diversas Universidades do Brasil”.
Com o apoio da DRH, a Pró-Reitoria pretende mapear o quadro de funcionários e fazer uma espécie de censo interno dos trabalhadores, incluindo a dimensão étnico racial. Outra medida efetiva em relação à aplicação do pacto na Universidade é a elaboração de um relatório que reúna as ações de todos os setores, incluindo as propostas do Grupo de Trabalho da Inclusão, também coordenado pela Pró-CRC. “É um pedido da própria Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP, para que a Universidade se empenhe nesta direção, por entender que é uma questão extremamente importante. Portanto, iremos realizar outras rodas de conversa para que, juntos, possamos identificar o que é possível acrescentar em prol da equidade racial em nossa instituição”, ressalta Aguerre.
Clique aqui e leia o Pacto pela Inclusão Social de Jovens Negras e Negros no Mercado de Trabalho na íntegra.