Hospital Santa Lucinda: 1º transplante de rim preemptivo da região de Sorocaba
Médicos comemoram sucesso da cirurgia, realizada em 21/9.
Médicos do Hospital Santa Lucinda realizaram, no dia 21/9, o primeiro transplante de rim preemptivo da região de Sorocaba. O procedimento é realizado com doador vivo, antes de haver a necessidade de o paciente passar pelo procedimento de diálise para filtrar o sangue. Segundo o nefrologista Francisco Antonio Fernandes e o urologista Marcelo Gabaldo, médicos responsáveis pelo procedimento, a paciente recebeu o rim de sua irmã. “Na época em que o rim vai se deteriorando na sua função, estudamos, paralelamente, quem será o possível doador. Sendo viável a doação, ao invés de ir para o tratamento dialítico, o paciente passa pelo transplante renal”, explica o nefrologista. “Este é um paradigma quebrado para nós. Sempre transplantamos quem fazia diálise, mas, neste caso, ela não foi necessária, por isso é motivo de comemoração”.
Os especialistas observam que o transplante preemptivo não é um procedimento simples, porém, graças ao aprimoramento das técnicas cirúrgicas, ele já pode ser realizado com apenas três profissionais, entre cirurgiões e anestesistas. "A cirurgia foi um sucesso e a recuperação da paciente seguiu dentro do esperado", acrescenta o urologista Marcelo Gabaldo.
O processo da filtragem do sangue por hemodiálise é demorado, já que precisa ser realizado três vezes por semana, em sessões de quatro horas - na diálise peritoneal, o procedimento ocorre diariamente. Normalmente, a preparação do paciente para o transplante demora, no mínimo, um ano.“Conseguir eliminar a etapa da diálise através do transplante preemptivo é motivo de celebração. A qualidade de vida do paciente se torna imensamente melhor”, afirma o nefrologista Francisco Antonio Fernandes.
Semana do Doador de Órgãos
No Brasil, comemora-se em 27/9 o Dia Nacional do Doador de Órgãos. O país está na 27ª posição no ranking mundial de doações. O nefrologista ressalta a importância de concientizar a população. “Cerca de 30% dos potenciais doadores são perdidos, seja por desaviso dos familiares, ou por falta de recursos para captar o órgão”.